segunda-feira, 17 de abril de 2006

EQUADOR: amor fatal

No EQUADOR (de Miguel Sousa Tavares), às tantas, conta-se a história de David Jameson, uma espécie de embaixador-espião britânico destacado para S. Tomé e Príncipe, onde vai ver se havia trabalho escravo. No fundo, é este facto que justifica a história do livro (pelo menos da metade que li até agora...).
Como dizia... às tantas relata-se o “amor à primeira vista” que Jameson tem ao encontrar Ann, a futura mulher, num convívio qualquer. E, quando a vai levar a casa...
“Quando ele a levava a casa, num ricksjhaw coberto puxado por um sikh, a quem ele tinha dado uma discreta ordem para não se apressar, e, de repente, lhe segurou a mão, mergulhou fundo nos olhos dela e lhe disse: “podemos seguir as convenções e ficar por aqui, agora, ou podemos começar já e não perder tempo. De uma maneira ou de outra, você é a mulher da minha vida e nunca mais me vou embora da sua vida. A escolha é sua e é de adiar ou não o que é inevitável”, ela percebeu que ele tinha razão, que era inútil estar a adiar o que já não tinha mais solução nem fim à vista. Assim, ela rendeu-se, entregou nessa noite quente e húmida de Delhi tudo o que tinha acumulado em vão de ensinamentos e cautelas, de reservas e planos de futuro.”

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