sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

"Jovens turcos"

Bento XVI acabou hoje a sua viagem à Turquia.
Houve polémica antes. O "durante" foi uma viagem mais ou menos normal de um Papa a um país com uma cultura diferente, caracterizado por ser um país-fronteira de civilizações.
Se Ratzinger era contrário à adesão da Turquia à UE, já Bento XVI é favorável. Quer seja por uma questão de "posição institucional" (o Vaticano nunca se opôs), quer seja para não levantar novas ondas de contestação. (Eu sou parcial nesta situação, porque sou claramente favorável à adesão da Turquia).
O homem é acusado de ser mais reaccionário que João Paulo II, mas os sinais que tem dado (debates sobre o celibato dos padres, sobre o uso do preservativo, a sua primeira encíclica sobre o eros...) parecem vir em sentido contrário. Bento XVI vai surpreender mais do que se estava à espera: dêem-lhe tempo. É apenas menos sensível à questão mediática que o seu antecessor, menos one man show, mas firme nas suas posições. Quer qualidade em vez de quantidade. Mas isso não o impede de juntar multidões, como fez, por exemplo, nas Jornadas da Juventude, que decorreram na Alemanha.
Um improvável revolucionário?

Ai, a menina...

da Intimissimi..!
Infelizmente não encontrei a foto para postar aqui.
O ano passado a menina surpreendeu. Este ano manteve o encanto.

Assim, o Natal é muito mais acolhedor... ops!

sábado, 18 de novembro de 2006

Semanada

Vi isto no MAXIKEIRO , e tive de copiar... A semanada. Sem mais nada.

Para um preso, menos 7 dias
Para um doente, mais 7 dias
Para os felizes, 7 motivos
Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos, 7 jantares
Para os pobres, 7 fomes
Para a esperança, 7 novas manhãs
Para a insônia, 7 longas noites
Para os sozinhos, 7 chances
Para os ausentes, 7 culpas
Para um cachorro, 49 dias
Para uma mosca, 7 gerações
Para os empresários, 25% do mês
Para os economistas, 0,019 do ano
Para o pessimista, 7 riscos
Para o optimista, 7 oportunidades
Para a terra, 7 voltas
Para o jogador, 7 partidas
Para cumprir o prazo, pouco
Para criar o mundo, o suficiente
Para uma gripe, a curaP
ara uma rosa, o amor
Para a história, nada
Para a vida... tudo!

Depende de tiii! O que é a semana para ti???

Pois é...

Isto tem sido mais demorado do que eu estava à espera, mas também já me "desviciei" um pouco da net...
Entretanto, o que é que tem acontecido de importante?
Hummm.... não me lembro de nada, para além da estreia de uma data de filmes que parecem interessantes...
Por outro lado, também não tenho andado com espírito criativo para alimentar o GONIO.
O meu avô faleceu há 2 semanas, tenho andado cheio de trabalho, cansado, e a vida não me anda a correr lá muito bem. Mas isso também não é para aparecer nas socialites magazines. A não ser que alguma se disponibilize a pagar-me alguns €milhõezitos....
Entretanto... aguardem.
E se quiserem saber o que ando a fazer, perguntem. É que o telemóvel ainda não se avariou... eheheheheheh
Noutra oportunidade faço a minha wish list natalícia...

sábado, 23 de setembro de 2006

Diário da minha ausência

"TODAS AS NOTÍCIAS SOBRE A MINHA MORTE FORAM MANIFESTAMENTE PREMATURAS"
Não, o GONIO não morreu. Apenas tenho estado ausente devido a problemas no PC. Porcarias tecnológicas.... Mas espero voltar nos próximos dias.
Agradeço as visitas de todos - já reparei que os números não têm parado de subir.
Estes dias sem ligação ao mundo têm sido complicados. Logo agora que até tem havido tanta coisa para comentar: o nascimento do SOL (que na primeira edição foi um mensário, tantas eram as notícias que trazia); as reacções pelo discurso de Bento XVI (a reacção da rua árabe apenas prova que ele tinha razão...); a chegada do Outono, com um Setembro agradável, fresco....
Volto em breve....

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Amanhã...

....o SOL irá nascer para todos. Semanalmente.
PS: juntamente com o melhor filme sobre droga - TRAFFIC - está previsto oferecerem o semanário EXPRESSO.

Pablo Neruda

Descobri no meu mail um texto atribuído a PABLO NERUDA.
Recebi-o nos idos de 2002, não sei se é mesmo deste poeta ou não... mas cá fica:
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções - justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estado esplêndido e felicidade."

A falsa polémica

As comunidades muçulmanas acordaram hoje para uma intervenção feita por Bento XVI na passada terça-feira... na qual condena a utilização da religião como motor de violência.

Basta ver o que disse o Papa para se perceber que os extremistas islâmicos - tal como fizeram com os cartoons de há uns meses... - estão a manipular a informação para justificar uma jihad e um choque de civilizações.
Bento XVI utiliza uma "citação do imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1350-1425), quando este terá falado com um sábio persa muçulmano, algures entre 1394 e 1402.
O imperador terá pedido ao sábio persa: “Mostra-me o que Maomé trouxe de novo. Só encontrarás coisas más e desumanas, como o direito a defender pela espada a fé que ele persegue”. Depois, o imperador explica porque é absurdo difundir a fé pela violência. “Uma tal violência é contrária à natureza de Deus e à natureza da alma. Deus não ama o sangue e agir de maneira irracional é contrário à natureza de Deus. A fé é o fruto da alma e não do corpo. Aquele que quiser conduzir outros na fé deve ser capaz de falar bem e pensar de forma justa e não pela violência e ameaça”. (PÚBLICO)
Se o Ocidente respondesse com esta intolerância de cada vez que um fanático muçulmano dissesse umas barbaridades que realmente atacam este lado....
Quem é que está a perseguir quem?
Subscrevo inteiramente o que diz A Blasfémia a propósito disto, e cito:
Assassinam, ameaçam, lançam fatwas, amaldiçoam, tentam sequestrar a Europa e a América pelo medo, exploram cinicamente as deficiências intelectuais e de carácter da esquerda folclórica e revivalista do Maio de 68, tentam conformar a nossa forma de existir - mas onde e quando é que isto vai parar?"
Se não fosse poder ser considerado igual aos fundamentalistas, apetce mesmo dizer: vão para o raio que os parta!

9/11: ponto sem retorno

No DN desta sexta-feira, Maria José Nogueira Pinto escreve sobre o "nine-eleven: um ponto sem retorno".

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Adeus Luxor

O Instituto Nacional de Aviação Civil retirou hoje a licença de operação à Air Luxor. Uma decisão que também já foi seguida pelas autoridades aeronáuticas da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe e que surge na sequência dos sucessivos adiamentos e cancelamentos de voos da companhia aérea, nos últimos dias.

A Air Luxor tinha mudado o seu nome para HiFly no início deste ano.
(esta foto é no Aeroporto da Madeira, para quem não sabe...)

Música: Tom Jobim


Hoje deu-me para ir buscar uma das melhores colectâneas de música que tenho: Todos os Amores de Tom Jobim.
São 4 CDs, com um total de 56 canções nas quais se ouve o prodígio de Tom Jobim. Traz também as letras e algumas fotografias. E tem interpretações absolutamente deliciosas, como as Águas de Março, entre Elis Regina e o próprio Jobim.
Comprei esta colectânea há três anos, custou-me os olhos da cara, mas é EXCELENTE!

Parabéns, TVI!

Nunca pensei dizer isto, mas desta vez a TVI merece.
Hoje, José Eduardo Moniz e Miguel Sousa Tavares assinaram um documento no sentido de a TVI fazer uma série a partir do livro EQUADOR, de Sousa Tavares.
Se forem fiéis ao livro, será certamente uma excelente série. Aguardo ansiosamente para ver, daqui a um ano.
Bónus: uma das cláusulas do acordo prevê a participação de José Eduardo Moniz e de Miguel Sousa Tavares como figurantes na série.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Cantinho do poeta - 11

Um bonito poema de Fernando Pessoa através do seu heterónimo Álvaro de Campos:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Nao seriam cartas de amor se nao fossem
Ridículas.


Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).




Só para chatear... se vivesse agora, Fernando Pessoa escreveria qualquer coisa como:

"Todos os sms/mails de amor são
Ridículos.
Nao seriam sms/mails de amor se nao fossem
Ridículos."?

Geração recibos verdes


Pois é, há uns tempos falava-se na "geração 1000€", agora é a "geração recibos verdes".
A ler aqui.
É a geração sem esperança nem futuro aquela na qual uns idealistas depositam esperanças.

Isto é educação?

Segundo notícia da SIC, em Sernancelhe fecharam algumas escolas, que depois concentraram em três. Destas, só uma tem cantina.
E os alunos têm de levar pratos, talheres e copos para poderem comer numa dessas escolas sem cantina. E comem onde? Nas mesas de trabalho, ou seja, nas salças de aula.
O presidente da Câmara lá do sítio acha isto perfeitamente normal. E diz mais: que é normal isto acontecer em países mais avançados...
Pois eu costumo ver tamanha indigência em algumas zonas de África, em que as aulas são dadas em barracões a cair, com chão de terra batida, com alunos sentados em caixotes ou outra coisa qualquer...
Se isto é educação....

terça-feira, 12 de setembro de 2006

'Bora pedir perdão?

Excelente, o post de Francisco José Viegas n'A Origem das Espécies. Sem dúvida, a ler!
Às tantas, os americanos já se começaram a precaver... Ou pensam que a exploração do espaço é para quê? Para mudar de planeta, pois claro!

Prós & Contras: duas visões de um mundo

O tema de ontem do Prós & Contras foi o Terrorismo Global.
O debate centrou-se em duas posições bem vincadas: de um lado, o anti-americanismo/anti-bushismo de Mário Soares; do outro, um certo realismo pessimista de Pacheco Pereira.
Como se percebe, comungo mais dos argumentos de Pacheco Pereira.
Soares exaltou-se uma série de vezes e punha sobre a mesa uma data de argumentos confusos e sem sentido, bem regados de anti-americanismo bacoco.
Por mais parolo que o Presidente Bush por vezes possa parece, ele percebeu o que está em jogo nesta guerra que não encaixa nas definições típicas. Nem quando foi também atacada a Europa deu sinais de perceber muito bem o que estava em causa. Os terroristas aproveitam-se das nossas conquistas civilizacionais para nos atacar e subverter o nosso modo de vida.
O Dr. Soares também defendeu - mais uma vez - negociações com tudo e todos. Mas não explica o que se iria negociar - negociações necessariamente políticas - com a Al Qaeda. Dar-lhe um território/país algures no Mundo? Vergarmo-nos às suas ideias apocalípticas? E com o Irão, também defende mais negociações... O Irão, que não tem cumprido uma única data nas actuais negociações, desrespeitendo a ONU e afins, está a ganhar tempo para a construção de armas nucleares. O que fará Soares quando o Irão meter uma ogiva nuclear encima de outro país (por exemplo, Israel, que eles querem banir do mapa)? Vai rezar a Alá, certamente, pois não haverá mais nada a fazer.
Pacheco Pereira, reconhecendo erros da guerra contra o terrorismo ou a intervenção no Iraque, identifica os problemas com que o mundo se defronta, e desmonta uma série de argumentos que têm sido usados pela outra parte, manifestamente idealistas e sem ligação com a realidade. Estamos numa guerra de tipo novo, e que há que enfrentar de forma consistente. Este terrorismo de tipo apocalíptico só pretende destruir o nosso modo de vida, através da destruição mais cruel e do medo. Portanto, se em 11 de Setembro lançaram dois aviões contras as Twin Towers foi porque não tinham armas biológicas, químicas ou nucleares: se tivessem não teriam qualquer problemas em matar 300 mil pessoas em vez de 3 mil.
Pacheco Pereira entende também que não há choque de civilizações (na expressão de Huntington).
Gostei do debate, que expôs claramente as duas visões que dividem os analistas do mundo actual.
Pena o programa ter-se prolongado até às 01h15. Obviamente que começou quase meia hora depois... E a Fátima Campos Ferreira mantém a filosofia de, mal tem pretexto para tal, lançar a confusão sem qualquer sentido... Enfim...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Prós & Contras: 11 de Setembro

Esta noite, na RTP, a não perder Prós & Contras.
Em debate o 11 de Setembro, e o mundo que entretanto surgiu. Frente a frete, Pacheco Pereira e Mário Soares.

Prevejo um excelente programa. Com muito debate e muita polémica. No melhor estilo dos dosi convidados.

11 de Setembro: 5 anos depois


Passam hoje 5 anos sobre o trágico 11 de Setembro. Um ataque, perpetrado por uns fundamentalistas islâmicos, atinge a capital do Mundo - Nova Iorque - com um dos ícones da liberdade ocidental: aviões comerciais.
Cinco anos. Meia década. Que marcaram o nosso modo de vida, cercando-a de medo, evidenciando a nossa fragilidade.
Se no momento imediato todo o Mundo se uniu à volta da América - um jornal francês titulou esse mesmo sentimento - para atacar o covil da Al Qaeda, no Afeganistão, essa coligação foi-se esboroando com o passar do tempo e com a falta de génio político do Presidente Bush. Apesar de ele ter diagnosticado bem o problema: está é uma guerra contra o terrorismo, e não contra a religião islâmica.
A Al Qaeda, que inicialmente era uma organização secreta, hoje transformou-se numa ideologia. E constitui-se actualmente de uma federação de grupúsculos, com os quais não tem ligação directa, mas que agem seguindo a mesma filosofia. A guerra contra o terrorismo tem sido eficaz ao decapitar esta rede, apesar de tudo.
O 11 de Setembro foi o primeiro fenómeno do terror em directo. Os organizadores conheciam o impacto e a importância dos media na sua acção, e utilizaram-na de forma magistral: o segundo avião embate nas Torres Gémeas em directo para todo o Mundo.
Mas este fenómeno terrosrista não nasceu nesta data. Já em 1993 tinham tentado explodir com as mesmas torres a aprtir da cava, sem sucesso.
Curioso é o facto de os peões desta tragédia terem saído do interior das sociedades que os acolheram, seja no 11 de Setembro, seja no 7 de Julho no Reino Unido. O multiculturalismo que era - e é - uma riqueza do nosso mundo ocidental transforma-se na nossa maior fragilidade. José Manuel Fernandes (JMF), no editorial do PÚBLICO de hoje, chama a atenção para esta aparente contradição.
Se a guerra contra o terrorismo veio extremar posições e oposições entre o Ocidente e o Islamismo, por outro lado mostra qual a nossa maior riqueza: a LIBERDADE. Nesse editorial, JMF cita o caso de uma paquistanesa de 25 anos que vive há apenas seis meses em Brooklyn: "nesta terra encontrei a liberdade. Liberdade para tudo. Liberdade para pensar." E continua JMF: "E liberdade também para, duas semanas depois de ter chegado, abandonar o lenço que lhe cobria os cabelos desde os 10 anos. Tal como teria tido liberdade para não o fazer, continuando a usá-lo como fazem muitas outras mulheres idas também do Paquistão."
Ou seja, no nosso Ocidente, os muçulmanos têm a liberdade de seguirem a sua religião, a sua vida. "Mesmo quando discordam das políticas dos governos americanos, os muçulmanos continuam a querer emigrar para um país que lhe oferece o que lhes falta em casa."
Volvidos 5 anos sobre esta tragédia, o Mundo não parece estar mais seguro, mas o inimigo/agressor está identificado. Talvez - como diz o PÚBLICO na sua edição de hoje - daqui a alguns séculos o 11 de Setembro não passe de um episódio menor, mas é certamente um momento que marcou e marca a nossa forma de ver a realidade.

domingo, 10 de setembro de 2006

Profundidades

A blogosferar por aí, li algures "Portugal Profundo".
Não pude deixar de escrever o trocadilho, imediato, que a minha cabecinha fez:
Portugal pró fundo...

Sessão espírita de saudosismo

Estou a ouvir o álbum Unplugged, de Eric Clapton.

Ao falar com uma amiga hoje fomos revisitar uma data de músicas já velhinhas, tipo os Resistência. Há 14 anitos... quem diria? E mais outras antiguidades e afins.
Como não consigo ouvir os CD que ela me emprestou (pois é, F., o meu leitor não lê coisas com alguns riscos...), fui ao meu escaparate e apeteceu-me ouvir o Unplugged. Com verdadeiros clássicos: "Tears in heaven", "Layla", "Hey hey", "Running on faith"....
Não será a Canção da Minha Vida, mas deve ser pela falta da Isabel despida Angelino. Ops! isto não se pode dizer...

Segunda vitória


Estrela da Amadora - 0 / 3 - FC Porto

Passeio matinal

Alguns vão chamar-me maluco…
Hoje acordei cedo e fui passear para o lado norte do Parque das Nações. Andar a pé, olhar o rio, sentir o som do silêncio, respirar a brisa matinal, sentar simplesmente a olhar o rio… Um passeio higiénico para o espírito.
E é ver centenas de pessoas também a passear, a passear o cão, a passear (com) a família, a correr, a andar de bicicleta… há até Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, nestas andanças…
Gosto deste espaço. Costumo ir ali regularmente, andar a pé, sentar e tirar fotografias, uma das minhas paixões. Se soubesse andar de bicicleta, iria o dobro das vezes… Tenho de suprir esta lacuna! É vergonhoso, eu sei…

Entretanto, cá ficam alguns momentos fotográficos desta manhã…


Até tenho jeitinho para as fotos, digam lá...

sábado, 9 de setembro de 2006

Ai, o sono...

A RTP está esta noite numa sessão de masturbação musical. Foi anunciado em grandes parangonas e a noite destina-se a um novo desígnio nacional: escolher "A Canção da Minha Vida".
Apresentado por uma Isabel Angelino de decote generoso (ainda não percebi se ela tem um top ou não...) e sem qualquer ideia daquilo que está a fazer. De vez em quando, há uns directos para o "país inteiro", para sentir o pulsar da emoção e saber como é que portugueses estão a seguir esta eleição, emocionados.
Músicas? Nem por isso... "Maravilhoso coração maravilhoso", "Cinderela", "E depois do adeus"....
E desafinação, muita desafinação. Mas deve ser do sono...

Novo Expresso

Hoje o EXPRESSO mudou. E ficou menos espesso.
Também o preço desceu. E deu-nos um grande filme, Lost In Translation

Divagações amorosas

Uma colega lá do trabalho esteve esta semana a preparar uns convites. Motivo: comemorar os seus 25 anos de casamento.
Uma vida. Feita de dois destinos.
É bonito ver estas relações que perduram no tempo, que resistem às adversidades da vida, que festejam, ano após ano, o Amor. E celebrar momentos, o cruzamento de destinos (naquela teoria do “eu estou aqui, ela na lua, e um dia havemos de nos cruzar e viver felizes para sempre…”), o caminho feito em comum.
Fiquei com pena que, uns dois anos antes do meu pai falecer, os meus pais não tivessem feito nada para comemorar os seus 25 anos. Lembrei-me, mas estando longe é difícil estar a mexer cordelinhos nesse sentido.
É da família, a minha nunca foi de comemorar datas. Quanto a isso, já sou um bocado diferente, tenho em mim algum espírito de comissão comemorativa de eventos. Também tem a ver com o meu signo (Caranguejo), tornando a conversa mais esotérica. Enfim… uns lamechas!
E depois há aqueles estudos, alegadamente científicos, que dizem coisas como:
- a vida em casal evita depressões;
- o divórcio é mais prejudicial ao coração das mulheres, que têm mais probabilidades de problemas cárdio-vasculares do que os homens;
- que não sei que e tal….
Ou seja, no casamento (ou outra coisa qualquer com a mesma função…) partilham-se alegrias e dividem-se as tristezas. Sendo certo que este contrato tem também uma função ao nível da solidariedade: com o casamento, um ajuda a resolver problemas que o outro não teria se não tivesse casado. Como digo há anos, a vida é uma doença sexualmente transmissível.

O que mais gosto de ver são aqueles velhinhos de cabelo branco que passeiam no jardim de mão dada: é sinal que toda a vida foi feita assim, por isso continuam assim, a apoiarem-se, e a gostar de caminhar de mão dada, orgulhosamente. O entendimento, a fusão foi tal, que passaram a ser um sem anulação do outro. Ou citando uma definição do meu professor de Educação Cívica do secundário, o namoro é quando duas canetas escrevem a mesma caligrafia.
Actualmente é que é mais difícil cruzar essas fronteiras de tempo (bodas de prata, ouro, diamante): as pessoas casam cada vez mais tarde, separam-se cada vez mais, morrem de stress, não estão para se aturar…
Por isso, vale a pena comemorar sempre!

Filme: Perto Demais


"Uma inteligente, romântica e perigosa história de amor sobre encontros, atracções esporádicas e traições brutais. Perto Demais é a irreverente visão do aclamado realizador Mike Nichols, sobre quatro estranhos - Julia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen - com um único elo em comum: eles mesmos."
A banda sonora é brutal. Com destaque para "The Blower's Daughter", de Damien Rice.

Segurança?!

Hoje, na estação de Metro da Alameda, vinha um sujeito (com mau aspecto...) que trazia pela trela um pit-bull. Sem açaime. Passou por um segurança, que nem sequer viu. Mais à frente passou por mais três seguranças. Que viram e nem sequer pestanejaram.
Na minha ignorância, julgo que é obrigatório estas mascotes terem açaime devido ao perigo que representam. O que fizeram os seguranças do Metro? NADA!! Nem uma chamada de atenção, nem uma multa, nada!!
Depois leio na revista ÚNICA do EXPRESSO que "a PJ já tem 35 agentes dedicados em exclusivo ao terrorismo." E mais à frente questiona: "o risco de um atentado tem sido moderado, mas estamos preparados para perceber os sinais?"
Com 35 sujeitos para 10 milhões de habitantes?! Vou ali e já venho...
Eu acho que não! Mesmo quando há sinais debaixo de alguns narizes de vários seguranças...

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Inocência em grande superfície

Criança de 2/3 anos:
- porque é que aquele senhor é preto?
Mãe:
- porque é de outro continente.
Criança:
- então é do Feira Nova...

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Fumas tu, fumo eu


Um pássaro bica um cigarro oferecido pelo seu dono, em Zhengzhou, na província chinesa de Henan. O homem garante que a ave de quatro meses aprendeu a fumar com ele e tornou-se viciada. (no PÚBLICO).

Funchal de balão

No ABRUPTO, Pacheco Pereira publicou uma cena da série "cenas de trabalho" que contempla uma reparação do bonito balão que está na baía do Funchal.

Para complementar esta imagem radical, cá ficam umas fotos tiradas por mim ao mesmo balão durante as minhas férias. Em ângulos bem menos radicais...

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

O amor, essa coisa linda...

Cantinho do poeta - 10

Hoje, ao visitar o Um poema por Semana do PÚBLICO, encontrei este poema de Federico García Lorca (1898 - 1936). E lembrei-me que, há umas semanas, quando fomos ao Bolshoi e depois ao Inda a Noite é Uma Criança (bar na Praça das Flores), uma senhora leu este poema com uma tal carga dramática que arrepiava.
Cá fica La Cogida y la Muerte.
A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.
El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones del bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde,
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde:
A las cinco de la tarde.
A las cinco en punto de la tarde.
Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde.
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!

Base das Lajes

Hoje, num qualquer noticiário televisivo, disseram que se comemoravam 50 anos sobre o primeiro acordo assinado entre os EUA e Portugal para utilização da Base das Lajes (site americano aqui). Fui à procura no Wikipedia e não encontrei nada alusivo a esta data. Mas se eles dizem, deve ser verdade....
Esta base, centrada no Atlântico Norte, fica na Terceira, Açores, assim designada por ter sido a terceira a ser descoberta após as ilhas de S. Miguel e de Santa Maria...
Querem saber mais? vão ver nos links!
Foi também hoje que o MNE Luís Amado foi ao Parlamento dar explicações sobre os voos da CIA (mais uma vez...) que terão passado por Portugal (Lajes, Porto...). E lá vem os senhores de esquerda - com aquelas ideias da pureza e da moralidade do política internacional (onde é que eles estavam durante a URSS...?) - achar que Portugal é um colaboracionista criminoso com os loucos americanos e mais não sei que... Para eles o ideal seria darmos uns trocos aos terroristas e afins... Enfim...

Ossos do ofício

"(...) Devemos admirar os políticos, pessoas frequentemente bem formadas que aceitam transformar-se em aldrabões para se porem ao serviço do povo."

Manuel António Pina, a propósito das declarações de Freitas do Amaral sobre a passagem de aviões da CIA por Portugal, "Jornal de Notícias", 06-09-2006 (citado no PÚBLICO)

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Permanecer...

Irão por detrás do véu

A revista ÚNICA desta semana, para além de uma capa espectacular (reparem na sequência dos arcos...), desvenda um pouco o que é o Irão actualmente, um conflito surdo entre tendências conservadoras e tendências modernizadoras.
Ao longo do texto revelador, apenas alguns excertos:
“Um outro fenómeno social que lança dúvidas sobre a moralidade do regime é a figura do casamento temporário (“sighe”). Um iraniano pode celebrar um contrato de casamento por um ano, um mês, um dia ou uma hora… findo o período contratualizado, o marido paga à esposa uma verba acordada previamente e segue-se o processo de divórcio.
A revolução islâmica ilegalizou os prostíbulos, mas engendrou esta forma camuflada de prostituição. Os seus partidários dizem que para ser decretado o divórcio há que esperar algum tempo para ver se a mulher está grávida. Se for o caso, o homem é obrigado a assumir as responsabilidades, o que nunca aconteceria em caso de prostituição.”

Mais à frente:
“Face à lei iraniana, as mulheres têm metade do valor dos homens. “O homem é o chefe de família, é ele quem, em última instância, toma sempre a decisão final. As mulheres necessitam de uma autorização do marido para obterem um passaporte e para trabalharem fora de casa, por exemplo. Se o marido não concorda com o emprego que a mulher arranjou, um juiz pode escrever uma carta especial ao patrão dela para despedi-la. E em casos de divórcio, a lei protege os homens, não as mulheres”, exemplifica Fariba.”

Por outro lado:
“Em Abril, o Presidente Mahmud Ahmadinejad propôs ao Parlamento a delimitação de zonas especiais para mulheres nos recintos desportivos, na crença de que a presença de mulheres e de famílias nos lugares públicos imporia “uma moralidade e um decoro saudáveis”. O regime considerou anti-islâmica a possibilidade das mulheres fixarem o olhar nas pernas dos atletas e Ali Khamenei, o líder espiritual, vetou a proposta”.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Freddie for ever

Para saber mais sobre esta banda fora de série, há o site e uma página magnífica sobre esse amante da vida que foi
Freddie Mercury.

QUEEN: Love of my life

Uma das letras mais bonitas dos QUEEN, escrita por Freddie Mercury:
Love of my life you've hurt me
You've broken my heart and now you leave me
Love of my life can't you see
Bring it back bring it back
Don't take it away from me

Because you don't know
What it means to me
Love of my life don't leave me
You've taken my love you now desert me
Love of my life can't you see
Bring it back bring it back
Don't take it away from me
Because you don't know
What it means to me

You will remember
When this is blown over
And everything's all by the way
When I grow older
I will be there at your side to remind you
How I still love you I still love you

Back hurry back
Please bring it back home to me
Because you don't know
What it means to me
Love of my life
Love of my life
Yeah

Freddie Mercury: 60 anos

Amanhã, 5 de Setembro, Freddie Mercury faria 60 anos, caso fosse vivo.
Ontem, no site da RTP, havia esta pobre resenha:
"Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Zanzibar, 5 de Setembro de 1946 — Londres, 24 de Novembro de 1991) foi o vocalista e líder da banda de rock britânica Queen. Mercury nasceu na localidade de Stone Town, na ilha Zanzibar, à época colônia britânica, hoje pertencente à Tanzânia, na África Oriental. Seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram indianos de etnia parsi. Mercury foi educado na St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Mumbai, na Índia, onde deu seus primeiros passos no âmbito da música, ao ter aulas de piano. Foi na escola que ele começou a ser chamado "Freddie"; com o tempo até os seus pais passaram a chamá-lo assim.
Depois de se formar em sua terra natal, Mercury e família mudaram-se em 1964 para Inglaterra devido a uma revolução iniciada em Zanzibar. Ele tinha dezoito anos. Lá, diplomou-se em "Design Gráfico e Artístico" na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Este conhecimento mostrar-se-ia útil depois de Freddie projetar o famoso símbolo da banda.Lançou dois discos solo, aclamados pela crítica e público.
Mercury era bissexual, mas só assumiu publicamente a sua condição ao anunciar que estava com SIDA, um dia antes de morrer, em 24 de Novembro de 1991 em Londres. Líder de uma das maiores bandas de Rock/Pop do mundo, os Queen, no início nos anos 70, Freddie até hoje é simbolo de Front man no palco. Possuía uma energia única onde assumia total controle sobre as gigantescas plateias dos seus shows."
PS:fiz umas rectificações de pormenor... como é que se escreve o nome "Freddy"?! Isto é uma ofensa!!! FREDDIE!!!!!!!

Al Gore, a razão antes do tempo

O homem que perdeu as eleições para George W. Bush está em ascensão na América. Tudo devido às suas preocupações com o ambiente. E à consistência que demonstra nas suas posições. Em claro contraste com a forma desarticulada como o Presidente Bush apresenta as suas ideias.
Está visto que com Clinton surgiu uma elite que pensa a América. Seja com ele próprio, seja com Hillary Clinton ou com o seu vice-presidente, Al Gore.
No EXPRESSO e no PÚBLICO - vale a pena ir seguindo este ressurgimento.

Hummm... foda-se!

E depois vamos ver a notícia, e afinal a questão é os preservativos que as farmácias vendem serem caros. Comprem nos supermercados!
O facto é que...
"Foram vendidos em Portugal no ano passado 23 milhões de preservativos, incluindo as unidades oferecidas pelas autoridades de saúde. Um estudo de mercado do mesmo ano aponta para a venda de 16,1 milhões de preservativos no país, o que representa uma subida de 2,48 por cento em relação a 2004. Sinal de que temos motivos para comemorar? Mais ou menos.
É certo que o aumento do consumo de preservativos sugere uma maior sensibilização da população, mas os números portugueses ainda deixam muito a desejar se olharmos para os dados espanhóis. De acordo com a mesma pesquisa, elaborada pela Nielsen, 129,5 milhões de preservativos foram vendidos em Espanha em 2005, resultando num consumo anual médio per capita de 1,6 em Portugal e 3,1 em Espanha."
No mesmo dia sabe-se que os idosos portugueses são os que têm o menor rendimento da UE. Haverá alguma relação entra as duas notícias...?

domingo, 3 de setembro de 2006

Freddie Mercury

Esta semana, se fosse vivo, o mítico Freddie Mercury, líder da banda britânica QUEEN, faria 60 anos.
Para assinalar esta facto, a RTP transmite esta noite um documentário que relembra a sua vida e a sua carreira. Às 00h15...
Muito grato à RTP, mas amanhã trabalho. Rrrrrr!!!
Entretanto, cá em cima fica o vídeo de Crazy Little Thing Called Love.

Onda de calor

Estamos perante uma nova onda de calor, parece que é a quarta este ano.
Bora refrescar!

Vá para fora... cá dentro

Criei ali ao lado uns links para quem quer conhecer o País: Portugal, Açores e Madeira.
Para quem se quer maravilhar sem sair de frente do computador, podem ver as galerias de fotos. Magníficas! E já ajudam a refrescar as ideias...
Estão nos seguintes links:
- nos Açores (são deste outro site);
- na Madeira
Regalai-vos...!

Filme: O Sentinela


Fui ver O Sentinela.

A história oficial será esta:

"O agente especial dos Serviços Secretos Pete Garrison está convencido que um neonazi se infiltrou na Casa Branca, com o objectivo de matar o Presidente dos Estados Unidos da América. Depois da morte de um colega, Garrison inicia uma investigação, mas começa a ser ameaçado e chantageado por alguém que conhece o seu caso com a Primeira Dama. Considerado suspeito e afastado das suas funções, Garrison torna-se num fugitivo, mas não desiste de provar a sua inocência e salvar a vida do Presidente. Michael Douglas e Kiefer Sutherland são os protagonistas deste filme sobre espionagem e traição nos serviços secretos americanos."


Para muitos não passará de uma americanice descarada e bacoca. Mas mostra como será garantida a segurança do Presidente dos EUA. A forma como os percursos são escolhidos a cada momento: sorteio à última hora. Com várias viaturas oficiais. Lembro-me de uma reportagem que li há algumas semanas sobre as manobras que garantem a segurança do Presidente Bush. Basta lembrar que a viatura que transporta o Presidente é blindado, pesa 6 toneladas, e a única coisa que o poderia danificar seria um míssil….

Quanto às personagens, há algum desequilíbrio: o Presidente tem uma personagem frágil, quando posta em contraste com a Primeira Dama (Kim Basinger), com o segurança Pete Garrison (Michael Douglas) ou com o papel desempenhado por Kiefer Sutherland (da série 24), ou com a morenaça Eva Longoria.
Só para o gozo: como é que Garrison/M. Douglas anda fugido uma data de dias, sem ir a casa, e tem a barba sempre feita impecavelmente…?
Fui ao Londres, por uma questão de proximidade. Deve ser a única sala de Lisboa que ainda faz intervalos. Bons quando os filmes são uma maçada. Maus quando o filme nos prende, como era o caso d'O Sentinela.

VIVER

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos" (Charlie Chaplin)
Por isso...
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade." (Carlos Drummond de Andrade)

Indefinições

Era uma vez um electricista que foi trabalhar com um engenheiro muito novo. Este, inseguro, ora mandava ligar um fio, ora o mandava desligar – até que o operário, pessoa já de certa idade, se sentou num caixote, a um canto, e, enquanto enrolava um cigarro de mortalha, desabafou:
- Ó chefe, sente-se lá aqui ao pé de mim, pense no problema com calma, e depois então diga o que quer – mas de uma vez por todas, que já me doem as costas.


Li esta história numa carta que Carlos Medina Ribeiro (costuma haver comentários seus no ABRUPTO de Pacheco Pereira) enviou para a revista Pública de há uma ou duas semanas. E ela servia para ilustrar a indefinição sobre as bonificações aos PPRs (até Bagão Félix se lembrar de acabar com elas), e nos Certificados de Aforro (a que este Governo achou por bem reduzir a respectiva taxa de juro). Facto: quem se lixa é sempre o mesmo…

sábado, 2 de setembro de 2006

O Independente

Ontem chegou ao fim O Independente.
Hoje, no DN, o Pedro Lomba e o João Miguel Tavares escrevem sobre ele.
Na última edição do semanário, MEC escreve pela última vez. Deliciosamente, como só ele o sabe fazer. Assim que tiver tempo vou tentar transcrever a crónica, intitulada "Mal", e que ele dedica ao Paulo (Portas). Entretanto, fica aqui um excerto:
"Sim. Está mal. Mal.
A felicidade é um raio de uma sementeira que, uma vez plantada, nunca mais pára de dar fruto. É pena o fruto ser um veneno tão grande, sem antídoto, sem fim. É pena o fruto ser a saudade, o abatimento, e o desespero na versão mais comezinha e mais fatal, de já não haver esperença, de já não valer a pena esperar, por maior que a pena possa ser e por muitos (e bons, e pacientes) que haja, dispostos a suportá-la.
Mas a felicidade é nisto que dá, mais tarde ou mais cedo, mas sempre cedo de mais. Mesmo quando é muito tarde, dá em tristeza e saudade, e noutras coisas não tão bonitas de se dizer, mas que por isso mesmo, por essa fealdade humana, custam mais a sentir e são mais solitárias e difíceis de partilhar."

E estavam à espera do quê?!

FIFA suspende futebol português de todas as competições
Notícia no PÚBLICO e no EXPRESSO.

Ecologia saloia

Este Governo tem-se revelado nos últimos tempos uma nascente de ideias peregrimas. Agora deu-lhe para ser ecológico. E saloio q.b.
A notícia é esta: "Governo quer reduzir circulação semanal de táxis nas cidades" e "também a redução da velocidade média nas auto-estradas de 120 para 118 quilómetros por hora."
Depois de dar uma grande gargalhada.... deixo aqui alguns comentários que andam pela blogosfera acerca de tanto espírito verde:
- no E-jetamos
Entretanto, vou continuar a rir....
PS: este post é verde porque também sou um ambientalista amante da ecologia...

Casamentos - ainda (3)

Recebi esta anedota a propósito de casamentos...
Eu odiava ir a casamentos, porque havia sempre aquele momento no final em que todas as avós e tias velhas vinham ter comigo davam-me uma coteveladazita e diziam com um ar todo derretido:
- A seguir és tu!
Mas pararam de fazer essa merda... quando eu passei a fazer-lhes a mesma coisa nos funerais

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Lúdica lucidez?

coisas que não lembram ao diabo, mas lembram aos governantes de Portugal. Desta vez, lembraram-se que para praticar pesca lúdica é necessário ter licença. Sim, isso mesmo! É LÚDICA, mas só com licença, portanto, de forma regulamentada. Um dos argumentos para esta medida é que a pesca lúdica é “uma situação de pesca que muitas vezes encobria uma actividade profissional.”

Pronto, acabaram-se aquelas paisagens pitorescas de fim-de-semana, com centenas de pessoas a pescar – ludicamente – à beira-mar ou beira-rio. É pena.

Proponho também outros sectores a regulamentar e a exigir licenças rapidamente:

- tirar fotografias de forma amadora, porque retira imagens aos fotógrafos profissionais;
- as corridas matinais de muitos cidadãos, porque podem estar a preparar-se para competir contra Francis Obikuelu;
- os passeios de bicicleta, porque estão a pôr em causa a Volta a Portugal em bicicleta.

Manifestamente

Nos últimos tempos a Direita tem andado agitada devido a uns almoços, uns encontros, umas visitas, e mais não sei-o-que com o líder do PND, Manuel Monteiro - "com licença, se me permite..."
Este congeminou um MANIFESTO DA DIREITA EM PORTUGAL, com o qual quer fazer uma espécie de Estados Gerais da Direita.
Aguardamos para ver, porque não li nada do Manifesto. Apenas digo que não acredito nesta agitação, nem em ideias peregrinas, nem em políticos sem credibilidade nem consistência.
Por isso, para já, vou...

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Oude Kerk de Amesterdão
(na Colecção Rau, no MNAA)

Cativar


- Só conhecemos o que cativamos - disse a raposa. Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo cativa-me!
- E tenho que fazer o quê? - disse o principezinho.
- Tens que ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas podes sentar-te cada dia um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa - por exemplo, se vieres ás quatro horas, às três, já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto da hora, mais feliz me sinto. Às quatro em ponto hei-de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a qualquer hora, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito...
Precisamos de rituais.
O Principezinho

Fim

O INDEPENDENTE tem a sua última edição na próxima sexta-feira. Longe vão os tempos de sucesso com a dupla Paulo Portas-Miguel Esteves Cardoso.
Será que este desaparecimento também tem alguma coisa a ver com a mudança anunciada do Expresso e com o aparecimento de um novo semanário, de seu nome Sol?

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Lobos em pele de cordeiro

Diogo Pires Aurélio, no DN, escreve sobre a propaganda do Hezbollah e do seu líder. Certeiro.
"A confissão do líder do Hezbollah seria unicamente cinismo, se não fizesse parte da propaganda destinada a incutir na opinião ocidental a ideia, já bastante espalhada, de que o partido é um "movimento de resistência", que apenas quer libertar o Líbano. Numa altura em que se tenta constituir uma força internacional para intervir no Sul deste país, o Hezbollah retira o capuz terrorista que usa habitualmente e mostra-se como se fosse o mais sincero aliado dos que buscam a paz no Médio Oriente. O ser um partido armado no interior de um Estado sem capacidade de se lhe impor militarmente é, decerto, um pormenor. O ser agente de duas potências regionais que lhe garantem o armamento, outro pormenor. O ignorar todas as resoluções das Nações Unidas a recomendar o seu desarmamento, uma insignificância. Só alguém de má-fé poderia, em tal contexto, considerar uma coisa tão banal, como é, para o Partido de Deus, o rapto de soldados estrangeiros, uma acção que justifique uma guerra..."