quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Google vai de eléctrico

No dia em que se assinala a entrada em circulação do primeiro eléctrico em Lisboa, entre o Cais do Sodré e Algés, a Google Portugal tem este mimo:


Foi a 31 de Agosto de 1901 que o primeiro eléctrico de Lisboa começou a circular, na então chamada Linha Marginal Ocidental, que ligava o Cais do Sodré e Algés (concelho de Oeiras), o trajecto mais antigo que ainda é percorrido. Daí em diante, toda a linha existente foi electrificada, surgiram novas carreiras e a frota cresceu. Aos veículos inicialmente comprados aos Estados Unidos juntaram-se os fabricados na Empresa de 1924 em diante.

Poderosos portugueses - 2


Afinal a minha aposta de ontem para nº 1 falhou: Pedro Passos Coelho ficou em 2º lugar.
Não sendo ele, só restam duas hipóteses: ou Angela Merkel, ou a troika (em conjunto ou individualmente).

Para ver os mais poderosos da economia portuguesa em 2011, carregar aqui.

Mudança nas autarquias

O voluntarista Miguel Relvas apresentou o que será a proposta do governo para reformar o poder local

"O governo quer que as câmaras sejam geridas por um só partido e vai negociar com o PS alterações à lei eleitoral autárquica a tempo das próximas eleições, em 2013. Este é apenas um dos quatro eixos da reforma administrativa que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, vai apresentar esta tarde na universidade de Verão do PSD.

Relvas quer mexer nas autarquias tanto ao nível externo como interno. No primeiro eixo, segundo apurou o i, o ministro propõe ainda reduzir o número de vereadores. Ou seja, as câmaras vão passar a ser geridas por um só partido, como acontece a nível nacional, mas com menos gente. A proposta tem de ser negociada com o PS.

Neste eixo, o governo quer ainda um reforço dos poderes de fiscalização das assembleias municipais, que actualmente têm um papel reduzido.

Além disso, Relvas quer alterar o modelo de gestão das câmaras e por isso vai apresentar mexidas nas competências a transferir para as autarquias. O objectivo, sabe o i, é reforçar os poderes das comunidades intermunicipais e das áreas metropolitanas ao passar algumas competências - ao nível da educação, da saúde, da gestão de resíduos, da construção e da gestão de equipamento - para estas entidades. Algumas das actuais associações intermunicipais já têm a seu cargo a gestão do lixo e de águas em alta (infra-estruturas que transportam água das barragens para os concelhos) e agora o governo de Passos Coelho quer expandir a experiência para outras áreas. A regionalização está fora desta reforma administrativa, mas o governo quer que alguns assuntos sejam geridos numa escala maior que as câmaras, para poupar nos recursos.

Neste segundo eixo, o governo prepara-se ainda para mexer nas finanças locais. Para o financiamento das câmaras, o governo quer que estas fiquem, à partida, com parte das receitas fiscais de IVA, IRS e IRC cobradas no seu território. Depois disto, o governo pressupõe a criação do fundo de coesão nacional para que as mais pequenas não fiquem prejudicadas.

Apesar de mexer na vida interna das câmaras, estas foram poupadas a uma reorganização de fundo. O Memorando da troika exigia uma redução do número de freguesias e de câmaras, mas o executivo vai apenas mexer no nível mais pequeno do sector local.

No terceiro eixo, que diz respeito à reorganização do território, a reforma fica-se por uma aglomeração de freguesias. Actualmente existem 4259, mas o governo espera reduzir cerca de mil este número, para que estas cresçam em número de habitantes e área.

Na argumentação do governo pode pesar Portugal ter menos autarquias que outros países europeus como a Itália, a Grécia ou mesmo França e a Alemanha. Ao i, o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, dizia a semana passada que "o grande problema da sustentabilidade financeira dos municípios não é o elevado número de municípios, mas sim o seu modelo de gestão".

Por fim, o governo vai incluir na reforma administrativa a reforma das empresas municipais, no quarto eixo. A semana passada, o Conselho de Ministros aprovou o novo modelo jurídico do sector empresarial local. O executivo suspendeu a criação de novas empresas municipais e intermunicipais e aumentou a fiscalização no sector. Da reforma do sector empresarial local vai resultar a extinção de cerca de 150 empresas."

No geral agrada-me.
Finalmente se vai mexer na organização autárquica. Fica a faltar alguma mexida na quantidade de autarquias, mas estas mudanças vão no sentido correcto.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Poderosos portugueses


Hoje o Jornal de Negócios revela o 3º mais poderoso de Portugal (que era o 1º o ano passado): Ricardo Salgado.
Faltam desvendar os 2º e 1º lugares.

Assim de repente, aposto que este ano o 1º lugar cabe a Pedro Passos Coelho.
Por estar em início de mandato, por ser chefe de um governo de maioria, por ser o responsável por implementar uma reforma estrutural no país.

Sondagens na Madeira?

Ninguém apresenta sondagens?


Site do Jornal da Madeira... para quem quiser espreitar.
Atentem nos artigos de opinião. Vejam várias edições. 
E surge a dúvida: há quem não faça mais nada além de escrever artigos de página inteira para o JM...

TV Portugal?

Miguel Relvas, Ministro dos Assuntos Parlamentares, declarou hoje que "não é possível" manter a RTP Madeira e a RTP Açores a funcionar "custando 24,7 milhões de euros por ano".
Os canais regionais vão passar a emitir apenas entre as 19h e as 23h a partir de Setembro.


Por outro lado, revelou que a RTP Internacional deve ser a "grande aposta" da empresa para o futuro mais imediato. "Queremos que a RTP Internacional seja a TV Portugal".

Miguel Relvas é muito voluntarista...
Perante estes anúncios, quando começam a demitir-se os membros da comissão que vai estudar o que é serviço público, hein?
Se o ministro já diz o que vai fazer, não faz sentido uma comissão estudar o que quer que seja para propor eventuais mudanças na televisão pública.

Passe Social +

Pergunta: alguém que ganhe 545€/mês (valor bruto. Tirando 11% em segurança social, dá 485€. Acrescente-se o subsídio de refeição de, por exemplo, 80€... recebe líquido: 565€) paga renda, água, luz, gás, telefone, transportes, escola... como chega ao fim do mês?

O patamar para apoio no passe é muito baixo.
E, além disto, há a escolha do tipo de passe que tem benefício. 
E aqueles que não compram um passe combinado (por não servir o seu percurso) e têm de comprar dois ou três passes diferentes?
Esta medida parece mal pensada.

Para Lisboa, estão aqui as informações da Carris.

Lágrimas de crocodilo...

"Dois meses depois, não há reformas, dizem eles - os que nunca reformaram nada ou estiveram sempre na primeira linha do combate a todas as reformas no aparelho de estado. Dois meses depois, não há cortes na despesa, dizem eles - os que sempre contribuiram para avolumar a despesa.
Eis que surge o primeiro corte substancial na despesa, com a fusão de dois institutos públicos que permite poupar 14 milhões de euros, e os mesmos recomendam agora que se trave a fundo. "Estas fusões não se anunciam sem estar bem estudadas e sem haver um cronograma", brada um. "Não há razões para queimar etapas. As questões devem ser profundamente debatidas", proclama outro.
Os mesmos de antes, os mesmos de sempre. Por isso é que o País está como está."

Na mouche!

domingo, 28 de agosto de 2011

Discutindo os ricos


Blogosferando - 61


João Távora no Corta-fitas:

"Os portugueses dizem à boca cheia que a culpa do seu atávico conformismo e da sua proverbial mediocridade é da inveja (dos outros), sentimento que pelos vistos (os outros) são especialmente atreitos.
Ora, quanto mais ambicioso é um desempenho, maior será a “reacção” alheia (inveja) e essa coisa até poderá causar algum incómodo ou inquietação.
É assim que, como profilaxia ao conflito, o português prefere então não fazer nada: é usual escutarmos lamentos dos derrotados, vítimas da inveja. O fenómeno, que actua nos portugueses como se de uma praga se tratasse, amputa-lhes pela raiz a quaisquer resquícios criatividade ou ambição. O sentido de responsabilidade é a cedência final da vítima, vencida pelos envenenados olhares dos seus colegas, adversários ou concorrentes.
Sendo "a inveja", como "o ódio" ou "o amor", um inevitável sentimento humano, transversal a todas as raças ou credos, pergunto-me afinal como agem os indivíduos de outros povos mais bem sucedidos, onde a iniciativa, o empreendedorismo ou a excelência são propósitos vulgares e por tantas vezes compensadores? Presumo que o que os distingue de nós é o pragmatismo e a coragem com que se empenham nos seus projectos, em contraste com a nossa proverbial pieguice e... o nosso medo, o mais perverso dos sentimentos. O medo é que nos tolhe: afinal somos é uma cambada de medricas."

Hummm...


Certamente menos do que a irresponsabilidade do PS nos últimos seis anos no governo nacional...

À volta das rádios

Por hábito, ouço sempre as mesmas rádios: Comercial, Antena 1 e TSF
Raramente frequento outras sintonias. Mas não resisto a uma ou outra espreitadela a algumas rádios locais quando as encontro. 
Por exemplo, estando de férias em Machico, a Rádio Zarco é uma obrigação. 
Ainda me lembro, há mais de 15 anos, de uma tarde em que a Rádio Zarco só deu (repetiu e repetiu e repetiu...) um mesmo tema de Enrique Iglesias, que estava nos tops na altura. Um must...

Há uns dias, numa loja chinesa, ouvi uma tal FiFM.
E não é que a estação existe mesmo (lol) e até tem site?
É um projecto do Pedro Tojal, que já andou por muitas rádios nacionais de sucesso.

Para encontrar mais estações de rádio na zona de Lisboa, temos aqui este site.

Coisas que só eu...

Ontem arrumei o mail e talões de viagem das férias na Madeira.
Haverá quem deite os bilhetes (simplificando a maneira de dizer) fora. Eu tenho um molho com essa papelada. 
Para quem não gosta de andar de avião como eu, dirão que é uma palermice. Seja.
Além disso, há uns anos que também escrevo o nome do avião no bilhete de cada viagem. Será outra palermice.
A viagem deste ano foi pela SATA. Ao arrumar o bilhete, o nome do avião de regresso chamou-me a atenção: S. Jorge. Fiquei com a sensação que já tinha andado nele. E tinha mesmo. Foi nele que, em 2010, fui para a Madeira para as férias do verão.

Blogosferando - 60


Pacheco Pereira sobre a Pobreza:

"Nas nossas televisões pensa-se que a pobreza, é representada pelas famílias da pequena burguesia que, de chinelos e calções, ao sol algarvio, dizem que antes iam mais ao restaurante e hoje vão menos, antes ficavam quinze dias de férias, hoje só dez. Essas famílias estão a perder muito do seu status social, e, num certo sentido, a empobrecer, na presunção de que o que dizem é verdade porque o “politicamente correcto” diante de uma câmara de televisão é fortíssimo. Mas são tudo menos pobres: têm férias, o que significa que tem trabalho; podem deslocar-se de automóvel trezentos quilómetros pelo menos, o que significa que tem automóvel e dinheiro para gasolina; estão num hotel, apartamento, andar, casa alugados, o que significa que tem dinheiro para o pagar. E pelos vistos, não tinham e ainda não tem o hábito de cozinhar em casa, porque isso “não é férias”, em particular para a mulher do casal. Podem começar a ter dificuldades, mas não são pobres.

Os pobres são “porcos, feios e maus”, velhos, mal tratados, e habitam em pseudo-casas onde um alguidar está ao lado do fogão, e há sempre roupa suja numa pilha. Não são bonitos nem televisivos nem estão no Algarve, na grande transumância nacional de Agosto. E as senhoras jornalistas, que o sexismo das estações atira para as reportagens “sociais”, não acham muito agradável ir ao bairro, ou ao prédio degradado, ou a Setúbal, ou ao Cerco do Porto, a não ser que haja qualquer cena de pancadaria com a polícia para relatar."

Tem toda a razão.

sábado, 27 de agosto de 2011

O Estado alimenta-se...

Cavaco Silva a propósito das ideias dos imposto sobre os ricos:

Esclarecendo logo a minha posição: sou contrário a impostos sobre heranças.

Dito isto... é curioso o argumento de Cavaco: uma pessoa, ao receber uma herança, tem de dar uma parcela ao Estado por não ter ajudado a construir essa riqueza. No entanto, o Estado, que fez muito menos para construir essa riqueza, e que nem é da família, pode sacar uma parcela dessa riqueza ao cidadão. 
E se fosse à fava?!

O problema do Estado - em Portugal ou em qualquer outro sítio - é que tem sempre onde ir buscar dinheiro para pagar tudo o que lhe der na real gana.
Por cá, há escalões de IRS em fatias para buscar mais e mais receitas. Ter 40 escalões de IRS não é um bocadinho exagerado/abusivo?
Há muitos anos ouvi Manuel Monteiro propor uma simplificação para esta coisa: uma taxa única de IRS de 10%, igual para todos. Agrada-me a ideia. Talvez isenta-se valores abaixo de 1000-1500€ por mês.
Simplificava tudo, conseguia receitas, e certamente evitava muita fuga ao fisco provocada pelas taxas mais altas (e abusivas).
Dirão que não é justo um pobre pagar tanto de IRS como um rico. Pergunta: e é legítimo e justo um rico entregar 20%, 30% ou mais do seu vencimento directamente ao Estado?

A causa do problema chama-se Estado. A sua voracidade é que tem de ser travada.

Repito o que já disse muitas vezes: enquanto a ideia for acabar com os ricos e não com os pobres, não vamos sair da cepa torta. E não pode ser considerado rico um cidadão que ganha dois ordenados mínimos (485€ x 2 = 970€) ou pouco mais.

Post científico

1 - 

2 - 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Líbia salva por Obama

Não resisto a esta alfinetada...
Quantos "danos colaterais" entretanto?
Mas, claro, Obama não é um assassino, como era Bush.
Obama não invadiu a Líbia sem motivo, como o louco Bush fez com o Afeganistão e o Iraque.
Obama vai salvar inocentes. Bush é que era um idiota imperialista à procura de petróleo.

Ah... a double talk comunicacional é uma coisa fabulosa.


Mas pronto, lá se foi mais um ditador.
Afinal é capaz de o Sr. Bush ter tido alguma razão antes do tempo, pretendendo espalhar a democracia por mais alguns sítios...


Antes uma democracia imperfeita do que uma ditadura perfeita.

domingo, 21 de agosto de 2011

Blogosferando - 59


«A globalização não pode servir apenas para dizer que as novas condições de competitividade das economias ocidentais mudaram radicalmente, e que isso justifica (impõe) os bónus ofensivos dos CEO, a redução até níveis nunca vistos dos impostos sobre o capital e as empresas ou a "compressão" crescente dos rendimentos da vasta classe média que foi o sustentáculo do modelo de desenvolvimento económico e social do Ocidente. Competir com os outros não pode querer dizer apenas aumentar as desigualdades, desmantelar a protecção social e, sobretudo, pôr em causa a base do contrato social que permitiu o extraordinário desenvolvimento ocidental. A resposta à crise de 29 foi o New Deal. Não basta, desta vez, dizer que é preciso fazer sacrifícios e que vamos passar muitos anos a pagar o excesso de endividamento dos últimos vinte. A questão é: como é que se renova o contrato social nas novas condições da globalização?»

Teresa de Sousa, no Público

Quinta das Conchas


Em Lisboa ainda se descobrem espaços assim...
A Quinta das Conchas é um parque verde, gigante, com muitos espaços verdes, jardins, lagos, matas, café, esplanada, onde ficar ao sol ou à sombra...
Ao lado tem ainda a Quinta dos Lilases, quase um complemento à Quinta das Conchas
Há ali espaço para fazer piqueniques, descansar, fazer desporto, ler, ouvir música, e tudo o que apetecer fazer para relaxar.

Da importância das palavras


Pedro Correia, no Corta-fitas:
"Um grupo de manifestantes que protestasse nas ruas de Madrid ou de qualquer outra capital europeia contra a visita de um dirigente espiritual islâmico seria logo rotulado de "antimuçulmano". Os participantes nessa manifestação ganhariam de imediato o epíteto de "islamófobos" e não faltaria quem sublinhasse a necessidade de combater ódios religiosos em nome da liberdade de crença e do respeito pela fé alheia.
Tudo muda quando esse dirigente espiritual é o Papa. Os manifestantes passam a ser "laicos", nenhum deles é descrito como anticatólico e muito menos como vaticanófobo. Os gritos de "Papa nazi", "assassinos", "ignorantes", "pedófilos" e "filhos da puta" com que nestes dias alguns destes "laicos" têm brindado centenas de milhares de jovens católicos inserem-se na naturalíssima liberdade de manifestação que justifica aplauso dos mesmos que se indignariam com uma ruidosa reunião de "islamófobos".
Isto deve fazer-nos reflectir sobre a importância das palavras no espaço comunicacional. Nenhuma delas é neutra, nenhuma delas é irrelevante: todas nos chegam carregadas de ideologia. Compete ao bom jornalismo evitar as armadilhas da linguagem que estabelecem dois pesos e duas medidas para situações similares. Porque o preconceito ataca quando menos se espera. Sobretudo o preconceito daqueles que se proclamam livres de preconceitos."

sábado, 20 de agosto de 2011

Coisas dos sítios pequenos

Nas minhas férias por terras de Machico, um certo dia, apanhei um autocarro de volta para casa com bónus no percurso: em vez do habitual e simples percurso Machico-Maroços, este passou pela Ribeira Seca.
Muitos turistas de mochila às costas, as pessoas do costume, as que vão as compras, os vizinhos, a prima... e todos os que se conhecem uns aos outros.
Para quem não sabe, na Madeira, excluindo os Horários do Funchal, há umas particularidades para quem anda de autocarro (por lá conhecidos como "camioneta" ou "horário"): nas paragens ninguém respeita ninguém na entrada para o autocarro (não interessa quem chegou primeiro, e ninguém se chateia...); na hora de sair, as pessoas só se levantam depois de o autocarro estar muito bem parado.
Continuando... Naquele dia, com aguaceiros, o autocarro parava, as pessoas levantavam-se para sair, alguém dizia qualquer coisa a quem ia sair, quem estava de saída ainda ficava a responder, como se estivesse no carro da prima e pudesse ficar ali na conversa.
Perante estes episódios delirantes, era fabuloso ver as reacções dos turistas: olhavam, sorriam, achavam a coisa pitoresca. Ninguém se chateava.
Houve até uma senhora de meia idade, daquelas que têm a mania e tem direitos... Ia sair numa determinada paragem. O motorista parou uns cinco metros antes da paragem para facilitar a saída a uma velhota, uma vez que havia carros parados na estrada (coisa habitual). Ainda a velhota ia a caminho da porta, e a senhora dos direitos começa a reivindicar "eu também vou sair aqui, mas a paragem é ali à frente e ele (motorista) vai parar para eu sair na paragem". E ainda reclamava com a velhota.

Se não fosse estar de férias, com velocidade mais lenta, apetecia reclamar também e ficar furioso e mais não sei o que. Como era tempo de férias, restou olhar para os episódios pitorescos de uma simples viagem de autocarro.

Sete vidas - 25







Gatos nos jardins da Quinta Vigia, residência oficial do presidente do Governo Regional da Madeira.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Curtas

1 -
Na União Europeia todos andam às cegas à procura da solução para a crise, entre avanços e recuos e peneiras para esconder o sol.
Foram estas algumas das novidades do encontro:
- Criação de um governo económico para a zona euro (e propõem como presidente Van Rompuy, actual presidente do Conselho Europeu).
- Criação de uma taxa para as transacções financeiras.
- Tornar obrigatório o equilíbrio orçamental para toda a zona euro.
- Imposto sobre sociedades comum e harmonizado em França e na Alemanha.

De tudo isto resta saber o que, como e quando passa à prática na burocrática teia que é a UE.
E uma curiosidade: Durão Barroso, acusado semana sim semana não de não ter peso nenhum, já propôs estas e outras medidas anteriormente. Quando avança com as ideias, todos recusam; meses ou anos depois, vão buscá-las para implementar. Isto é que é ter razão avant la letre.

Sobre esta cimeira, escreve Pacheco Pereira no Abrupto:
"Os versos de Milton aqui em baixo não estão lá por acaso. Aliás nada está aqui por acaso. Estão aqui porque uma nação que não se sente humilhada e ofendida pela cena da conferência de imprensa Sarkozy - Merkel sobre o "governo económico da Europa" que abre os noticiários nos últimos dias e já começou a receber palmas dos europeístas por convicção (uma minoria) e dos europeístas por necessidade (hoje uma enorme maioria), está profundamente corrompida. Tudo nessa conferência, é mau: o tom, com Sarkozy balbuciando umas coisas que parece notoriamente não conhecer bem, e Merkel ameaçando Portugal e a Grécia; e o conteúdo, um diktat de dois países da União com um anúncio de medidas à margem de qualquer dos tratados que regem a União Europeia. Dizem o que vão fazer os dois, criam uma instituição (uma a mais que não vem nos Tratados), nomeiam o seu presidente e fazem imposições constitucionais a todos os membros da União. Bastava esta última imposição, que atinge o coração da soberania dos estados membros, para percebermos que já não há União, mas uma Europa servil a amos mais fortes. O que está em causa, tenho-o dito, é a soberania. Estas imposições constitucionais já não atingem somente a soberania, mas também a liberdade. É que a autonomia constitucional, na sua raiz parlamentar, está no cerne da liberdade dos povos."


2 - 
Em Madrid começa amanhã a Jornada Mundial da Juventude, um dos maiores eventos de mobilização da Igreja Católica.
Como é costume, houve protestos contra a Igreja e Bento XVI, com cartazes cheios de idiotices. Por exemplo: “Menos religião e mais educação”, “Menos curas [padres] e mais cultura”, “Aborto sim, pedofilia não”, “Vem o Papa, cuidado com as crianças”, “O vosso Papa é um nazi”.
Se fosse uma manifestação gay, de uma qualquer organização ambientalista, ou outra coisa politicamente correcta como uma visita do Dalai Lama, os impostos já poderiam ser gastos. (E neste caso nem faço ideia se há algum investimento do Estado espanhol). O Papa, ainda por cima Bento XVI, é que nem pensar.
Depois, há o argumento que religião é sinónimo de obscurantismo e intolerância. Não é. E a Europa é marcada historicamente pela cultura judaico cristã. Essa matriz é indissociável da cultura e civilização europeia e ocidental.
Há a falta de respeito de que Igreja é igual a pedofilia. Não é. É em inúmeras instituições da Igreja que milhares de crianças (e outras pessoas) em todo o mundo são educadas, ajudadas, alimentadas, curadas, protegidas. Por essa mesma lógica dos manifestantes podemos deduzir que, se Strauss-Khan alegadamente violou uma senhora num hotel, todos os franceses (ou todos os políticos  ou todos os homens) são violadores.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dormir

No Público:

Os inquéritos recaíram sobre estudantes portugueses, mas a realidade da falta de sono é transversal a toda a sociedade.
Basta comparar o ritmo louco em que se vive em Portugal, e ao qual é difícil fugir, com o ritmo em países do norte da Europa.

Teria muito a dizer sobre isto, mas vou dormir. São 22h37.

Blogosferando - 58


Sobre os recentes tumultos em Londres, duas reflexões em jornais destacadas pelo Corta-fitas: