quinta-feira, 31 de julho de 2008

The girl of my dreams

Vejam lá o que aconteceu na cidade que nunca dorme: the girl of my dreams.
Viu-a.
Procurou-a.
Encontrou-a passados dois dias.
E namoraram durante dois meses.

Descoberto através daqui.

E começar assim o dia...

Comboio. Linha de Cascais. Mar. Horizonte.
E praia logo às 09h15.

Apesar de ter amanhecido com algumas nuvens no horizonte.
Mas o sol estava menos envergonhado para os lados do Estoril.

Liberal sim, parvos não!

Alberto João Jardim vai fixar administrativamente os preços dos combustíveis na Madeira. (Lusa)
A Galp não terá descido os preços na ilha como fez no continente, vai daí o governo da Madeira resolve o problema.
Tendo em conta o que disse há alguns dias aqui, concordo.
Até porque a liberalização em Portugal parece só funcionar para um lado e ser sinónimo de aumento de preços para o consumidor. E o caso dos combustíveis é flagrante: sabem subir, mas esquecem de descer. Com o curioso pormenor de que o combustível vendido agora a preços altíssimos foi adquirido há meses a preços bem mais baixos.

País lunático

Noticiário das 15h, Antena1:

"Conselho de ministros não discute comunicação de Cavaco Silva hoje à noite"

E era suposto discutirem mesmo o quê?!
A cor da gravata do PR? O ângulo como deve ser filmado pelos vários canais televisivos?
Bah!
O mesmo noticiário diz que a reunião semanal entre PR e Sócrates foi antecipada para ontem, pelo que o primeiro-ministro saberá o conteúdo da comunicação presidencial. Mas que o assunto não foi discutido em conselho de ministros.

Sou fã destas notícias fantásticas!!

Entretanto, pela blogosfera, parece que há apostas sobre o que dirá Cavaco Silva à hora sagrada das 20h... desde a sua resignação por motivos de saúde, até o adiamento das eleições dos Açores, a lei do divórcio ou outros disparates quaisquer... Se bem que, pouco depois, o mesmo PR estará no Campo Pequeno numa cerimónia chamada de Star Tracking - A Odisseia do Talento, na qual também estará Durão Barroso.

Não deve comunicar nada de particularmente revolucionário e que vá lançar o país no caos...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Coisas inexplicáveis

Não era minha intenção escrever sobre as estranhas alterações dos preços do combustível e do petróleo, mas não resisti...

Consta que hoje o barril de petróleo "brent" "valia 121,84 dólares, menos 25 dólares do que o máximo histórico de 147,27 dólares registado a 11 de Julho" (PÚBLICO).

É certo que, com apenas duas cadeiras de Economia na faculdade, não devo ser muito entendido na matéria, mas... enquanto o preço do barril subia diariamente, o combustível acompanhava quase ao minuto essa subida. Ignorando que o combustível que é vendido neste momento é o que foi comprado há vários meses, a preços de há vários meses... Adiante.
No entanto, quando o barril de "brent" já desceu 25 dólares - repito, 25 dólares! - o combustível só tem margem para descer 4 cêntimos - sim, 4 cêntimos!
Expliquem-me como se eu fosse uma criança de 4 anos: quem é que está a meter ao bolso esta brutal margem de lucro?!

Resta-nos a alegria de ter um Ministro da Economia que transpira lucidez por todos os poros...

Viva a liberalização à custa do cidadão!
Só tenho um sonho: quando for grande, quero ser Estado.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Em jeito de quase

Procurava uma frase definitiva, um verbo eterno.
Não os encontro.
Vou passar a noite à lua.

O melhor cromo do momento

Quem vê Os Contemporâneos, já deve ter dado umas belas gargalhadas com o melhor cromo criado pela TV portuguesa dos últimos tempos:


Nuno Lopes é o melhor deste programa de humor da RTP. Sarcástico, descomplexado, certeiro. Um achado!

Ontem a vítima foi uma criança de berço. Genial!!

domingo, 27 de julho de 2008

Episódios da vida

Hoje, num autocarro, nos bancos reservados a idosos, grávidas e deficientes, duas senhoras entradotas falavam das suas maleitas: cataratas, derrame ocular, não pode ser operada senão fica cega... Em frente senta-se um homem de canadiana, coxo, no braço "Guiné 72-74". É introduzido na conversa e queixa-se também. Já ia a falar sozinho.
Onde foi operado? O que tem? O hospital não sei quantos...
Às tantas, no banco junto à janela, um senhor da mesma faixa etária levanta-se e muda-se para o outro lado do autocarro. Após alguns minutos, comenta com a senhora que ia no banco da frente: "só falam de doenças!" E continua em breve conversa com a sua interlocutora momentânea. As doenças são para tratar quando se tem e passar à frente; aquilo faz mal, põe as pessoas mais doentes.

Na minha cabeça, não pude deixar de concordar com o senhor que fugiu dos bancos doentios e olhou em frente. As doenças fazem mal à vida.

Recarregar baterias

Mais alguns dias... e estarei perto desta baía a recarregar baterias...


O meu amigo das traseiras


quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Homem Lento


Um excelente livro, cheio de questões que fazem pensar.
Em breve direi mais qualquer coisa.
Aqui ou no Palavras Impressas.

Desperdício público

O destaque de hoje no Jornal de negócios era este: "Nem TGV nem estradas de Sócrates são rentáveis".
Esta conclusão saiu de um estudo feito por este jornal e pela Antena 1.
Curioso que seja necessário fazer um estudo que prove o que o mínimo de bom senso já mostra.
No que ao TGV diz respeito, diz o jornal que a viagem para Madrid leva 2h45... alguém vai pagar para levar este tempo todo para lá ir? Não haverá voos em low cost que ficam quase ao preço da chuva e por menos de uma hora?
Parece que o TGV faz parte da rede ferroviária europeia, pelo que vamos ter de levar com ele. Mesmo que seja para andar às moscas e constituir mais um encargo para os cidadãos. Mas uma vez que somos um país rico, podemos desperdiçar recursos desta forma.

Vacina em falta

Haverá alguma vacina contra a estupidez reiterada?

Por que esta mensagem ainda não está entranhada?!

"A não temer, a assumir. Chegar à frente, arcar com as consequências, mas também com as vitórias e o orgulho de ter estado, participado e ter conseguido.

O truque é 'chegar à frente' e agarrar a sorte que por vezes passa"

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Imagem sem palavras - 82

Imagem sem palavras - 81

Caso McCann: fim?

O mediático caso do desaparecimento da menina Madeleine McCann foi arquivado.
Num primeiro momento, só me surgiu no pensamento que todos os que foram considerados arguidos (pais da menina e o Sr. Murat) deviam processar o Estado e exigir uma indemnização. O bom nome de todos foi posto em causa e denegrido em praça pública, e aparentemente sem motivo.
Após ouvir, na SIC, Rogério Alves, advogado do casal McCann, recuei um pouco. Este advogado afirma que não chegar a qualquer conclusão não significa que a investigação tenha sido mal conduzida. É possível. E podem aparecer novos elementos que levem a uma reabertura do processo.
Facto é que o drama do desaparecimento de Madeleine McCann foi feito motivo de carnaval mediático (terá isso prejudicado as investigações?), os familiares sofrem por essa perda, e a menina tem paradeiro incerto, e ninguém sabe se está ou não viva.

domingo, 20 de julho de 2008

Tentando compreender o mundo

De vez em quando dá-me para questionar as coisas e saem-me perguntas eventualmente idiotas como estas:

- por que é que quem habita no hemisfério sul (por exemplo, na Argentina, África do Sul ou Austrália) não anda de cabeça para baixo?

- como é que os peixes dormem (ou conseguem dormir) no meio daquela água toda?

- qual a explicação para todos os planetas terem formato esférico? Os deuses também eram malucos por futebol?

Desigualdades

Vasco Pulido Valente, no PÚBLICO de 18 de Julho:

"[...]Numa sociedade miserável, o que se redistribui é sempre a miséria. Em 30 anos, Portugal chegou até onde a realidade e a “Europa” lhe permitiram chegar. Embora com erros, com desperdício, com ineficácia, a Segurança Social, o Serviço de Saúde e mesmo o “sistema educativo” redistribuem mais do que nunca se redistribuiu em toda a nossa história. Se a desigualdade continua é porque os 20 por cento de pobres não ganham o que deviam ganhar e não porque os 20 por cento de portugueses mais ricos paguem ao Estado menos do que deviam pagar. A desigualdade continua porque o país não produz, não exporta, não investe e não poupa; porque se endivida; e porque o Estado o desorganiza, corrompe e abafa. Isto é a evidência. Infelizmente, de quando em quando, convém repetir a evidência."

Imagem sem palavras - 80

sábado, 19 de julho de 2008

Banda sonora do verão 2008

Com ou sem Super Bock, é a música do momento: The story, da Brandi Carlile


All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true... I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...


Pronto, convém também não esquecer o anúncio do Roaming da Vodafone...




E outra versão mais longa, com mais destinos, com menos imagens repetidas e... com Lisboa:


PSD: Psicologia social-democrata

Luís Filipe Menezes, que ao deixar a liderança do PSD disse que só o voltariam a ouvir em 2009, após as eleições, já veio dizer de sua justiça.
Há uma ou duas semanas criticou Manuela Ferreira Leite por pôr em causa as obras públicas agendadas pelo governo PS.
Ontem publicou um longo artigo no Diário de Notícias sobre o PSD versão Ferreira Leite.
Não terá respeitado o prazo que a si próprio impôs, nota-se a mágoa, mas não se pode deixar de dizer que tem razão nalgumas coisas que diz.
Afirma:
"
Em seis meses, definimos uma nova orientação para a política económica. Demos consistência ao choque fiscal com a ideia da harmonização fiscal ibérica. Definimos um modelo de desenvolvimento competitivo do interior. Avançámos com a ideia do Polis Social para combater assimetrias sociais graves. Defendemos o fim da publicidade na televisão pública. Apontamos para a separação das águas entre medicina pública e privada, apresentámos um programa de formação para jovens licenciados desempregados, construímos um pacote de medidas descentralizadoras a favor do municipalismo."
Terá coisas discutíveis, tal como algumas ideias interessantes - o Polis Social sempre me agradou. Pecava ao comentar tudo. Tinha alguma falta de consistência. A comunicação social e a "oposição interna" fizeram-lhe a vida negra. Mas não deixa de colocar algumas questões interessantes sobre a dualidade de critérios com que política nacional é escrutinada permanentemente (como seria se alguns dos episódios que ocorreram no actual governo tivessem tido lugar no governo de Santana...?).

Aos 34º

Marisa Miller

Blogosferando - 15


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aplausos!!

Em nome da responsabilidade social, o Grupo Impresa (do qual fazem parte a SIC, a Visão e o Expresso, entre muitos outros) decidiu um aumento intercalar de 5% para todos os funcionários que têm salários abaixo dos 1.500,00€ (sim, mil e quinhentos euros!), como forma de minorar os efeitos da actual crise.

Quantas lhe seguirão o exemplo?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Sem dinheiro...

Para quem não teve oportunidade de o fazer, vale a pena ler o "editorial" do SOL do passado fim-de-semana. Nele, José António Saraiva (JAS) diz que Manuela Ferreira Leite não é a melhor escolha para o país. "O pessimismo é um traço constante da idiossincrasia nacional", e exemplifica com o discurso de alguns intelectuais como Vasco Pulido Valente ou Medina Carreira.
Mais adiante avança que "pelo contrário, o optimismo é um tónico. Não garante o sucesso mas ajuda."
Até aqui tudo bem. É verdade, faz parte da postura perante a vida, do modo como se enfrentam as circunstâncias. A ciência prova que os optimistas vivem melhor.

JAS finaliza o editorial assim:

"Vem isto a propósito da nova líder do PSD, Manuela Ferreira Leite. É uma mulher séria, responsável, determinada - mas tem um enorme defeito para quem tem de liderar pessoas - é uma pessimista. Vê tudo a negro. Tem um ar zangado, amargurado, como aquelas professoras primárias de quem em miúdos tínhamos medo.

Ferreira Leite justifica o seu mau humor com a situação de «emergência social» que o país vive. Ora, a verdade é que Portugal não vive nenhuma situação de excepção. A situação que vivemos é de absoluta normalidade - e temos que nos habituar a esta ideia. As dificuldades do país vêm de trás e vão permanecer assim por muito tempo.

Os portugueses passam a vida à espera que aconteça qualquer coisa - um milagre, uma revolução, a chegada de um salvador - mas não vai acontecer milagre nenhum. Não vale a pena, portanto, chorar, nem fazer má cara, nem falar em desgraças. Temos, simplesmente, de nos habituar a viver com o que temos - e procurarmos ser felizes agora e não amanhã ou depois.

Manuela Ferreira Leite precisa de aprender a sorrir. Deve pensar que a desgraça atrai a desgraça. Deve perceber que a descrença não resolve coisa nenhuma e nos torna amargos, insatisfeitos e, no limite, abúlicos - porque quem não acredita em nada não tem vontade de se mexer.

Nós ja temos tendência para a melancolia. Se à frente do país estiver uma governante macambúzia e triste, Portugal tornar-se-á facilmente um imenso velório."


Seja.
Mas Portugal não pode ser a hiena que ri daquela célebre anedota...
A questão é que o país não tem dinheiro. Viveu de sorriso de orelha a orelha nos tempos áureos de Guterres - quando penso que votei nele... - e depois disso nunca mais saiu do pântano.
É como uma família: se não tiver dinheiro, e além disso estiver endividada até à ponta dos cabelos, não serão os sorrisos que lhe vão resolver o problema. Tem de cortar despesa.
É neste ponto que o PSD versão Manuela Ferreira Leite tem batido. Admito que com alguma demagogia, mas de forma certeira. Todos os cidadãos sabem fazer as contas básicas da vida: sem dinheiro não há vícios.
O PSD tem-se agarrado à questão das obras públicas. Quanto a mim, tem de clarificar e dizer concretamente quais as obras que podem ser deixadas para um momento mais apropriado.
Não pode é dizer o que disse Paulo Rangel (líder parlamentar do partido) no recente debate sobre o Estado da Nação: "O PSD não está contra obras públicas em geral nem contra nenhuma em concreto." Isto é o quê?!
Tal como não se pode agarrar a afirmações como esta: «O papel do PSD na oposição não é apresentar alternativas às propostas do Governo, mas sim fiscalizá-lo»
(Manuela Ferreira Leite, hoje). Ou seja, o PSD não é governo-sombra. Pois não será, mas tem de dizer quais as alternativas que quer para o país.

Em termos de comparação, temos a Câmara de Lisboa sob a mão de António Costa.
Hoje foi notícia que "a CML já pagou 180 dos 360 milhões de euros em dívida". Apesar disto, muitos acusam-no de não ter feito nada. Digamos que... ter feito isto só num ano é um milagre! Até tendo em conta as chamadas condições de governabilidade deste executivo camarário.
Só com as contas em ordem e a casa arrumada é possível ideias e projectar a cidade par ao futuro.
Hoje no Meia Hora, Manuel Falcão (do A Esquina do Rio) desanca a CML de António Costa por ter sido um ano perdido, não ter feito nada, ter cortado financiamentos a "organismos culturais independentes" (se são independentes, para quê precisam do dinheiro da CML?)...
António Costa tem apresentado trabalho, projectos, a Lisboa que aí vem para os próximos anos, a vontade de devolver o rio à cidade está em marcha (finalmente!)... Mas uma coisa é certa: sem ovos não há omeletes.
E é neste ponto que o PSD-Ferreira Leite tem insistido.
(A propósito, uma pergunta: no país que quer auto-estradas para todas as casas, TGV e um novo aeroporto em Alcochete, já alguém reparou que as transportadoras aéreas estão a reduzir o número de voos? Mesmo assim, justificar-se-á um novo aeroporto? Num momento em que os aviões têm maior autonomia de voo, e por isso menos necessidade de escalas técnicas em aeroportos secundários? Convinha pensar nisto, e não dizer disparates como o da energia nuclear, patrocinado pelo governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio...)
António Costa já anunciou que é candidato a mais um mandato. Se tiver oportunidade, é possível que Lisboa, capital de um país europeu, ganhe alguma coisa com isso.

Contos Exemplares

Acabei de ler este clássico da literatura portuguesa. Acho que é o primeiro livro de contos que leio do início ao fim.

Lembro-me de no secundário ter lido o conto "O Homem" e de ter ficado sempre com o fim gravado na memória:
"Muitos anos passaram. O homem certamente morreu. Mas continua ao nosso lado. Pelas ruas."

Excerto do conto HOMERO:
"Quando eu era pequena, passava às vezes pela praia um velho louco e vagabundo a quem chamavam o Búzio.
O Búzio era como um monumento manuelino: tudo nele lembrava coisas marítimas. A sua barba branca e ondulada era igual a uma onda de espuma. As grossas veias azuis das suas pernas eram iguais a cabos de navios. O seu corpo parecia um mastro e o seu andar era baloiçado como o andar dum marinheiro ou dum barco. Os seus olhos, como o próprio mar, ora eram azuis, ora cinzentos, ora verdes, e às vezes mesmo os vi roxos. E trazia sempre na mão direita duas conchas"

terça-feira, 15 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Novas tendências pedagógicas

Anedota recebida hoje...

A nova metodologia da avaliação, segundo a Ministra da Educação:

QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 =

RESULTADO APRESENTADO PELO ALUNO:
6 + 7 = 18

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

ANÁLISE:
- A grafia do número 6 está absolutamente correcta;
- O mesmo se pode concluir quanto ao número 7;
- O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
- Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito e corresponde de facto ao primeiro algarismo da soma pedida.
- O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical!
- Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos. A sua intenção era, portanto, boa.

AVALIAÇÃO:

Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
- A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
- Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
- Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
- Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
- Em consequência, podemos atribuir-lhe um 'EXCELENTE' e afirmar que o aluno 'PROGRIDE ADEQUADAMENTE'

Trabalhar para ser pobre

"O presidente do Conselho Económico e Social, Alfredo Bruto da Costa, alertou hoje para a situação dos pobres que têm um emprego, estimando que representem 35% da totalidade o universo de portugueses que vivem na pobreza." (Diário Digital)

Isto é criminoso!
Milhares de pessoas que todos os dias vão trabalhar para continuar na miséria. E muitas empresas a pagarem miseravelmente em nome da "competitividade".
E sem terem olhos para o que ando a dizer há muito tempo: empresas que pagam mais, contribuem para mais consumo. E assim, para terem mais lucros. Trata-se de um ciclo básico.
Com uns extras: pessoas com melhores rendimentos, são pessoas mais felizes e produtivas.

Robert Bosch, fundador da empresa alemã Bosch, sabia o segredo do sucesso:
“Não pago bons salários por ter muito dinheiro. Tenho muito dinheiro porque pago bons salários”

sábado, 12 de julho de 2008

Crónica de uma Morte Anunciada

Mais um livro da lavra do Nobel Gabriel Garcia Márquez lido.
Não será o mais genial dos seus livros, se bem que tem alguns elementos que remetem para outras obras, seja a localidade de Riohacha, seja alguém que tinha tido contacto com o coronel de Cem Anos de Solidão, a sua obra maior.

Beatriz das mil palavras

Beatriz tinha um espírito livre e cheio de palavras. Jovem, de olhar inquieto e vibrante, tinha um passo apressado e saltitante. Era assim a sua vida, alegre, cheia de futuro e horizontes. Trabalhava há quase um ano na biblioteca da sua pequena localidade. Não quis continuar a estudar, queria misturar-se com as palavras, perder-se dentro dos livros, viver outros mundos, viajar em sentimentos impressos.

Foi bem aceite e acarinhada na biblioteca destes livros ainda não esquecidos. A sua alegria trouxe muitos leitores à biblioteca, sobretudo os jovens das escolas próximas, muitos dos quais conhecia e eram seus amigos e cúmplices de traquinices.

Em poucos meses descobriu – melhor, inventou! – a melhor forma de ter novos amigos dos livros. Trocava páginas entre os vários livros, ao acaso, misturando vidas, conteúdos, imagens, palavras. Qualquer leitor agarrava num livro de poesia e acabava a ler a teoria evolucionista de Darwin, ou tirava à prateleira um livro de arquitectura e descobria, ao abri-lo, que estava a ler as tiras do Tio Patinhas… A imprevisibilidade com que misturava livros era semelhante à magia que se esconde em muitos livros de Gabriel Garcia Marquez. A imprevisibilidade mágica das palavras.

Ao fim do dia, Beatriz saia da biblioteca, mas só os mais incautos podiam imaginar que se desligava das histórias. Na realidade, agarrava a sua bicicleta e ia para o pequeno porto, onde diariamente encontrava os pescadores, os marinheiros, os estivadores, homens com a pele marcada pelo trabalho e pela vida, e com a cabeça cheia de histórias, de aventuras, de episódios que a apaixonavam permanentemente. Beatriz era uma marinheira das palavras em terra, mas cujo espírito navegava em alto mar.

Nunca fora mal recebida nos bares marinheiros, onde ouvia todas as histórias com o mesmo interesse e com o mesmo à-vontade que se fosse um daqueles homens de meia-idade. Para aqueles homens Beatriz era como uma filha, uma mascote que tinham ali quase todos os dias, da qual gostavam genuinamente e por quem uma ou outra vez se sentiam apaixonados. O seu ar juvenil, o seu sorriso resplandecente, a sua sensualidade, a sua leveza, o seu decote, o olhar inquieto, a inteligência curiosa…

Naqueles fins de tarde, Beatriz ouvia histórias de pescarias impossíveis, de tempestades cruzadas, de vidas noutros portos, de desconhecidos quase seus amigos, de coragens, de cobardias, de aventuras, de vidas, de mortes, de dias e de noites, de alegrias e tristezas, sorrisos e lágrimas, e até de um americano que apanhava sempre vários táxis quando ia de um lado para outro.

O Jack apanhava um táxi, e poucos quarteirões à frente pedia para sair. Aguardava alguns minutos e voltava a apanhar um outro táxi que o levaria ao seu destino… ou não. Tinha essa paranóia: não queria que ninguém soubesse de onde vinha, nem para onde ia, por isso apanhava vários táxis numa espécie de estafeta urbana. Já tinha apanhado 10 táxis para ir de um lado a outro da cidade!

Ouviu também a história de um português que era também pescador em França. Nunca acreditara na sorte, até porque aos muitos lugares onde tinha viajado nunca a tinha visto. Por isso, misturava os números do euromilhões e do totoloto para multiplicar as suas possibilidades de ficar rico. Mas, para sua infelicidade, até aos seus 74 anos nunca tinha conseguido enganar a sorte ou baralhar as máquinas que escolhiam os números semanalmente.

Estas e muitas outras histórias maravilhavam Beatriz e levavam-na para outra realidade. Vivia na terra, mas não se coibia de viajar frequentemente ao mundo dos sonhos. Ao início da noite, quando chegava a casa, ia visitar os locais das histórias que tinha ouvido nesse dia, e preparava-se para no dia seguinte voltar ao seu recanto cheio de vidas impressas.

Desde que trabalhava na biblioteca tinha aumentado o número de leitores e visitantes. Vinham até de localidades vizinhas para espreitar a biblioteca dos livros improváveis. Mas nunca ninguém percebeu que os livros estavam trocados, que as páginas tinham tamanhos diferentes, que o papel era de outra qualidade. A magia daquela biblioteca enfeitiçava quem lá entrava, e ninguém imaginava que a bruxa estava escondida por detrás do olhar doce e do sorriso sedutor da menina Beatriz.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Notícias fantásticas

"Bordel oferece gasolina aos clientes

A crise afecta todas as áreas de negócio: um bordel no Estado do Nevada, nos EUA, está a oferecer gasolina para tentar atrair mais clientes.<

Segundo a Reuters, os clientes recebem um "voucher" de 50 dólares de gasolina se pagarem o valor de 300 dólares pelos serviços (o preço de uma hora) do bordel Shady Lady Runch, em Beatty, no Estado de Nevada, que fica a 130 milhas a noroeste de Las Vegas.

O proprietário James Davis garante que a iniciativa está a ser um sucesso, porque os primeiros 1000 dólares em "vouchers" que adquiriu para oferecer voaram numa semana. A oferta dá para cobrir o custo de uma viagem entre Las Vegas e o bordel.

"É a agitação total. Nós estamos a fazer muito bem. Historicamente, Junho e Julho não são grandes meses", disse Davis, que é co-proprietário do bordel, juntamente com sua esposa Bobbi, numa entrevista telefónica.

Davis disse que o negócio, que tem está aberto há 16 anos, geralmente fica mais fraco no início do Verão. O proprietário afirmou ainda que costuma fazer ofertas especiais para atrair clientes e que a sua esposa, este mês, teve a ideia de oferecer gasolina.

Os bordeis, que são ilegais na maioria dos estados nos EUA, são permitidos em algumas partes do Nevada."
(no Jornal de Notícias)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Transeuntes

Ruas
Pessoas que falam
Que se cumprimentam
Que sorriem
Que correm
Que param
Perdidas
Com rostos fechados
Com olhos brilhantes
Agarrados ao telemóvel
Agarrados aos pensamentos
Pessoas na rua

Em que estado?

Hoje decorreu o debate que encerra a sessão legislativa, solenemente chamado de Estado da Nação.
Seria mais correcto dizer "Estado: danação".


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Amantes de livros




“Os livros podem ser divididos em dois grupos: aqueles do momento e aqueles de sempre”

John Ruskin

Distracções

Na revista Sábado desta semana:

"Fui ao supermercado comprar peixe para o almoço e no peixe que compramos não se sente a baixa do IVA."
Jaime Silva, ministro da Agricultura do governo português (2008)

Convém explicar a este ministro do governo que desceu a taxa máxima do IVA de 21% para 20%, em Julho de 2008, que o peixe, como bem alimentar, está sujeito à taxa reduzida de 5%...
A GALP é que se esqueceu de actualizar a descida nas botijas de gás. Um engano que acontece a qualquer um. Sobretudo quando é para aumentar a margem de lucro...

Notícias fantásticas

No capítulo notícias fantásticas, hoje há isto:

Adolescente encontra morcego a dormir no soutien.

Uau!

Alertas

Na SIC, há pouco, a propósito do debate do estado da Nação de amanhã, foi entrevistado o fiscalista Medina Carreira.
Sem papas na língua, descomplexado, a dizer o que muitos pensam, mas com uma pequena diferença: há anos que estuda e analisa a evolução económica do país, e assim fundamenta o que diz.
Põe em causa a evolução económica, a aplicação de dinheiros públicos, os objectivos políticos, a seriedade dos partidos e dos políticos (só elogiou Manuela Ferreira Leite), os governos, o sistema político (é favorável ao presidencialismo), a educação, as "reformas" deste governo...
Uma coisa é certa: se esta entrevista ocorresse num país anglo-saxónico ou nórdico, o sistema ruía de cima a baixo. Em Portugal, é apenas mais um a dizer umas coisas.

domingo, 6 de julho de 2008

O Panda do Kung Fu


Um filme que vai directamente para a minha top list.
Pelas mensagens.
Pelos momentos de humor excelentemente conseguidos, originais e surpreendentes.
Por ser um filme que parece feito à medida das circunstâncias.
Pelas circunstâncias.

Site aqui

sábado, 5 de julho de 2008

Em Julho então é isto...

CARANGUEJO - Carta dominante: IV O IMPERADOR
O IMPERADOR define um mês excelente para os nativos de Caranguejo. O IMPERADOR permite desenvolver aspectos de personalidade, ultrapassar barreiras, estabelecer novas pontes de comunicação e alargar horizontes. Sentimentalmente este é sem dúvida um mês de evoluções muito agradáveis; em Julho a vida de Caranguejo pode dar uma volta significativa. A renovação da vida sentimental está bem patente na conjuntura perspectivando-se momentos de grande intensidade e romance. No campo profissional o mês é muito positivo. Pode fazer alterações porque a conjuntura ajuda-o e leva-o a situações mais favoráveis. Este mês seja sempre muito claro e transparente; apenas jogos de bastidores podem prejudicá-lo, por isso, não alinhe neles. Julho tem perspectivas económicas favoráveis. Na saúde está muito sensível e por isso sujeito a momentos de quebra energética ou cansaço excessivo. Evite locais com muita humidade ou fraca luminosidade já que está muito receptivo às energias ambientais

Ligações mais protegidas com: Carneiro, Leão e Sagitário.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Semana de sorte

Na mesma semana em que acertei nos resultados dos últimos jogos do euro 2008, consegui prever isto... ...e ganhar uns trocos.

Não dá para nada, mas é melhor que os zeros que me perseguem há muitos meses.
Se alguém tiver o contacto do Sr. Euromilhões para lhe dar uma palavrinha, favor deixar ali nos comentários. Dou recompensa. Eheheheh

Chegar à frente

Do desaparecido blogue da Joana Cruz (sim, a menina da RFM e da SIC), fui repescar esta mensagem aqui:

"Faltou-me mencionar uma acção que gosto muito e que faço por cumprir: chegar à frente.

O truque é, nada mais, nada menos que 'chegar à frente'. Se nos mantemos na sombra, sossegados da vida, ali na fresca, sem pôr um pé ao sol...nada feito. O truque é 'chegar à frente'. Dá trabalho, traz chatices, preocupações, nervos, dores de cabeça e de barriga, mas depois a sombra sabe TÃO melhor.

Aprendi a ser assim. A não temer, a assumir. Chegar à frente, arcar com as consequências, mas também com as vitórias e o orgulho de ter estado, participado e ter conseguido.

O truque é 'chegar à frente' e agarrar a sorte que por vezes passa, mas não agarrámos porque nos encostámos."

Contra o roubo!

A ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos tem a consulta pública o seguinte disparate: os consumidores de electricidade que pagam terão também de suportar os custos daqueles que acham por bem ser caloteiros.

Uma vez que a EDP está manifestamente à beira da falência, podiam também fazer um peditório nacional tal como a Abraço ou a Liga Contra o Cancro fazem... Bah!

Sobre isto há algumas coisas sobre as quais convém pensar:
- a falta de respeito pelo consumidor cumpridor, ou seja, a larga maioria;
- como a justiça não funciona em tempo útil, e as empresas não estão para se maçar em levar os faltosos a tribunal (também fica caro...), revertem os valores não cobrados nas contas dos consumidores cumpridores.
- se todos os sectores de actividade se lembrarem disto, havemos de pagar os roubos nos supermercados, os almoços de quem foge dos restaurantes sem pagar, os combustíveis de quem abastece e foge, os bilhetes de quem andam de transporte público sem pagar,....
- os lucros que estas empresas apresentam anualmente não cobrem os prejuízos causados pelos consumidores faltosos?
- e se todos os consumidores, neste caso justamente, deixarem de pagar as suas contas? Passam a exigir o pagamento aos espanhóis?

A data limite para a consulta pública é a próxima segunda-feira 7 de Julho.
As manifestações de opinião deverão ser remetidas para:

Rua D. Cristóvão da Gama, 1
1400-113 Lisboa

Fax: 213033201

Correio electrónico: consultapublica@erse.pt

Participem!
A nossa opinião é importante.

Blogosferando - 14


2 - no Sinusite Crónica, "não tragas outro amigo também"

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Imagem sem palavras - 78

Entrevista cor de laranja (e mais)

Ontem foi a entrevista cor de laranja: Manuela Ferreira Leite. Não vi a entrevista, mas hoje chegaram alguns ecos: parece que o cerne da entrevista foi umas coisas que ela disse sobre os casamentos homossexuais.

No Diário Digital:

«Eu não sou suficientemente retrógrada para ser contra as ligações homossexuais, aceito-as, são opções de cada um, é um problema de liberdade individual sobre o qual não me pronuncio. Pronuncio-me, sim, sobre o tentar atribuir o mesmo estatuto àquilo que é uma relação de duas pessoas do mesmo sexo igualmente ao estatuto de pessoas de sexo diferente», disse a presidente do PSD.

«Admito que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual. A sociedade está organizada e tem determinado tipo de privilégios, de regalias e até de medidas fiscais no sentido de promover a família como algo que tem por objectivo a procriação. É uma realidade. Chame-lhe o que quiser, não chame é o mesmo nome. Uma coisa é casamento, outra coisa é qualquer outra coisa», acrescentou.

A senhora não disse nada de especial, mas, neste país de politicamente correctos e afins, os homossexuais vieram mostrar a sua indignação por tamanha intolerância.

Gosto de ver estas organizações insurgirem-se contra os “valores conservadores” e depois virem exigir os mesmos direitos de quem é conservador...

A falha de que se pode acusar Manuela Ferreira Leite é ter dito que a família "tem por objectivo a procriação". Não teve cuidado na forma como abordou o assunto, se bem que, tendo em conta as perspectivas demográficas e da segurança social, o Estado deve promover “a procriação”.

Devem ter falado das obras públicas que o PSD acha que são excessivas e que hão-de vir a ser pagas num dia longínquo por alguém. Convinha é que o PSD dissesse quais as obras públicas que não devem avançar para já. O aeroporto… acho bem que se faça (o Armazém 2 – perdão, Terminal 2 – da Portela é péssimo); o TGV há-de ser um belo elefante branco para andar às moscas, mas uma vez que faz parte da rede ferroviária europeia, vamos ter de construi-lo; etc, etc, etc.

Entretanto, os senhores do futebol já andam a exigir que Portugal organize o Mundial de 2018 – não em conjunto com Espanha (por acaso, como fazem países ricos, caso do recente europeu entre a Suíça e a Áustria), mas só nós porque sim. O povo é “malta fixe”, gosta de circo e paga tudo na mesma.

Entrevista cor-de-rosa

1 - Aquele senhor de cabelo grisalho que está a conversar com dois jornalistas na RTP é o primeiro-ministro ou é apenas e só candidato ao cargo?

2 - o senhor diz que deram mais 80€ aos idosos, para que nenhum tenha um complemento solidário do idoso (CSI) abaixo do limiar da pobreza (400€)... Não sendo muito crítico: o senhor já viveu um mês que fosse com o dobro desse valor do "limiar da pobreza" (800€)?

3 - "Nenhum político deve desistir da confiança". É bonito!

4 - Perspectivas? Rumo? Futuro? Zero! Mas eu é que não devo ter entendido nada da conversa...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Amarrados pela economia

1 - o IVA desceu hoje de 21% para 20%. Já se notou na temperatura... hoje foi um dia bem mais fresco.

2 - com a inflação da zona euro nos 4%, e com perspectivas de subidas nas taxas de juro, é adequado adaptar o slogan do Millennium BCP: a vida aspira-nos.