Mostrar mensagens com a etiqueta educação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta educação. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eduquês simples

Nuno Crato, como titular da educação, mantém o registo a que já nos habituou noutras intervenções: clareza, leveza, empatia.
Acabo de ver a sua entrevista na RTP-N e é bom ter como ministro alguém que não fala politiquês nem eduquês, que não perdeu a simplicidade, que sabe o que quer fazer mas reconhece as dificuldades, que não delira com estatísticas-maravilha, que tem uma ideia estruturada do que é necessário para o país ter uma melhor Educação...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Educação não são estatísticas

O relatório "As Perspectivas da Educação 2011" foi hoje apresentado pela OCDE. De acordo com o estudo, Portugal tem a maior taxa de obtenção de diplomas do final do ensino secundário (96 por cento). Mais, a taxa de obtenção do diploma subiu 34 por cento de 2008 para 2009. Perante tais resultados (melhor falaríamos de um milagre), é importante sublinhar as reacções de Isabel Alçada e de Nuno Crato. Isabel Alçada, ouvida algures na Aldeia dos Estrunfes onde reside há já alguns anos, abriu muito os olhos e afirmou, com voz melada, que "os meninos adultos portugueses confiam na escola e na educação, o que aconteceu depois do Programa Novas Oportunidades". Nuno Crato, por seu lado, referiu que "a taxa de sucesso de 96 por cento dos alunos do secundário inclui o programa Novas Oportunidades, o que inflaciona em muito os números” e que "o relatório da OCDE apresentado hoje em Paris esconde a realidade do país". Em termos de discurso, um e outro estão seperados pelo abismo que se interpõe entre os malabaristas estatísticos e aqueles que têm um sentido agudo da realidade. É fundamental, também a este propósito, que o actual Ministro da Educação seja consequente, ao nível dos actos, com a exigência que refere nas suas palavras. A alienação estatística, nesta e noutras matérias, por ter como consequência uma realidade grosseiramente falseada, tem custos. E estes são sempre pagos pelo país e, sobretudo, por aqueles que têm menos recursos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nuno Crato fala de Educação

O futuro Ministro da Educação de viva voz.
Se conseguir fazer metade do que aqui diz, terá sido dos melhores ministros da Educação que o país teve.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A moda de pagar para trabalhar...

Com esta medida, o Estado junta-se às muitas empresas que exigem trabalho e não pagam um cêntimo. Seja em horas extra, seja em trabalho feito em casa. 
E há até situações em que são os trabalhadores a suportar despesas da empresa. E.. ou são reembolsados tarde e a más horas, ou pura e simplesmente não são reembolsados.
Uma palavra: exploração.

"Os professores do ensino secundário vão passar a corrigir mais exames nacionais, mas deixam de receber o suplemento de cinco euros por cada prova analisada. A nova regra é para ser aplicada já este ano lectivo a todos os docentes que forem seleccionados para integrar a bolsa de classificadores. Até agora, cada docente podia corrigir no máximo 100 provas - 50 em cada fase -, mas a partir de Junho, o número de testes poderá subir até 120 nas duas fases, no casos dos docentes que não estiverem a dar aulas; ou então diminuir para 50 exames (25 provas em cada chamada) para os que exercerem funções lectivas durante a época de exames. O único benefício é que os correctores de provas passam a estar dispensados de todas as tarefas que não envolvam dar aulas durante o tempo em trabalham na correcção das provas.
A diferença não é muita, mas a grande mudança vai pesar sobretudo no bolso dos professores já que a tarefa deixa de ser remunerada e as despesas com as deslocações para levantar os exames assumidas pelo próprio professor. Para os docentes, o novo regime pode representar no limite menos 600 euros que receberiam por corrigir as 120 provas no prazo de sete dias; para o Estado significará uma poupança de cerca de 1,2 milhões de euros anuais, tendo em conta que no último ano lectivo foram realizadas 250 mil provas no ensino secundário."

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Educação sexual

«As escolas públicas não ensinam os nossos filhos a ler correctamente, mas querem ensiná-los a "acariciar-se".» (31 da Armada)

A educação sexual não é coisa que me choque por aí além. Depende do que se vai ensinar lá.
E claro que a escola não exclui a educação dada pela família.
De qualquer forma, aquela frase do PPM é certeira, ao comentar a notícia do Ionline.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Passar do 8º para o 10º...

"Ministério da Educação permite aos alunos com mais de 15 anos fazer as provas do 9º ano e saltar a última etapa do ensino básico.
Os alunos com mais de 15 anos retidos no 8º ano de escolaridade têm este ano lectivo mais uma hipótese para concluir o ensino básico.
Aos adolescentes que completarem o 8º ano com sucesso exige-se que transitem para o 9º ano e aos alunos que não obtiveram aproveitamento curricular ao longo do ano lectivo abre-se a possibilidade de, após fazerem as provas nacionais e de equivalência de frequência, saltarem uma etapa e passarem à frente dos outros colegas."
(jornal I)

Comentando:
- se os alunos em causa não conseguem passar o 8º ano (presume-se que frequentando aulas durante o ano lectivo), vão conseguir passar o 9º ano sem terem a mínima ideia das matérias leccionadas (pelo que ouvi na radio, em português e matemática)?
- estas políticas de facilitismo, batota e fazer estatísticas vão levar-nos a um belo sítio, vão... Tal como já tinha sugerido uma vez neste mesmo blogue, acho que se devia ir mais longe: na maternidade, deveriam ser entregues diplomas aos recém-nascidos, no qual bastaria assinalar com uma cruz o nível de escolaridade pretendido. Era mais fácil, e logo à nascença eram todos licenciados em qualquer coisa.
- o que representam estas medidas para os professores? O ministério está a dizer-lhes que devem ser apenas uns administrativos que estão nas escolas para passar ignorantes. Que belo factor de motivação, sim senhor.

Estas medidas são tão vergonhosas que nem vale a pena dizer mais nada!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O sexo dos anjos. Ou não

Um dos casos da semana é o da professora de História na Escola Básica 2,3 Sá Couto, de Espinho.
Apenas uma palavra para isto: uma barbaridade.
Agora com a agravante justicialista: a professora em causa “está a ponderar avançar com uma queixa-crime contra a aluna do 7.º ano que gravou a aula onde a docente proferiu as polémicas declarações de cariz sexual.” (DN)
Ou seja, o acessório sobrepõe-se ao essencial. O costume, na justiça portuguesa.
Todos são direitos, mas há direitos que se sobrepõe a outros. (Há quem não entenda que o direito à vida tem supremacia sobre o direito de propriedade, e por isso mata o vizinho por dois metros de terreno...).
Sem mais comentários sobre isto. É o elogio do acessório.

Entretanto, a genial caricatura do Bico Calado no Meia Hora de hoje:

Tudo isto numa altura em que se discute pela enésima vez a lei sobre a educação sexual... que acho muito bem que exista, não sei se nos termos que está a ser proposta. Com a ressalva que o líder parlamentar do CDS, Diogo Feio, apontou:

"a intimidade, os afectos e a sexualidade não são competências do Estado."

domingo, 28 de dezembro de 2008

Intolável tolerância

Por estes dias foi notícia o facto de uns miúdos do 11º ano de uma escola do Porto apontarem uma pistola (pormenor irrelevante: de plástico) a uma professora...

A palavra a Ferreira Fernandes, em artigo no DN de ontem:

"Leio uma notícia sobre a aula onde alunos do 11º ano de escolaridade (tendo à volta de 16, 17 anos) apontaram uma pistola de plástico a uma professora: "Na origem deste caso (...) está um vídeo, com cerca de 30 segundos, filmado com um telemóvel, que mostra um grupo de alunos a ameaçar a professora de Psicologia com uma arma de plástico." Eu quero fazer uma rectificação: na origem deste caso não está vídeo nenhum, como na origem da queda das Torres Gémeas não estão os filmes, que todos vimos, dos aviões a embater nelas. Na origem deste caso estão alunos a apontar uma pistola de plástico a uma professora. Faço a rectificação também porque a presidente da Associação de Pais da Escola do Cerco, no Porto, achou necessário informar que não foram os alunos que colocaram o filme no YouTube, mas "alguém que não é amigo deles." Eu, se fosse da Associação de Pais daquela escola, focalizaria toda a minha atenção no facto maior, aquele que é "a origem deste caso": alunos de 16, 17 anos apontarem uma pistola de plástico a uma professora. Enquanto estes factos extraordinários forem lavados com água de malvas, continuaremos a ter estes factos extraordinários."

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Educação: crónica de uma morte anunciada

Em nenhuma democracia as coisas deviam ser postas como uma contabilidade de recuos e avanços, mas é assim que se passa em termos políticos.
A Ministra da Educação anunciou hoje a sua disponibilidade para substituir o contestado modelo de avaliação dos professores. Um dia após uma gigantesca - melhor, "significativa" - greve dos mesmos. No entanto, diz que só no próximo ano e após a aplicação do actual modelo este ano.
Os sindicatos deliram. Depois de vários meses de manifestações, greves, faltas a reuniões com o governo, conseguem vergar a ministra. Que a partir de agora só tem um caminho: sair.
Os sindicatos perceberam que é uma questão de tempo. Da declaração de hoje da ministra só ouviram a parte do "substituir". Pelo que não vão fazer nenhum esforço para que este ano seja aplicado o actual modelo.
Facto: a ministra teve de ceder. Morreu politicamente. A contestação crescia de mês para mês. Daqui a um ano há eleições legislativas que interessa ganhar ao PS. De preferência com maioria absoluta.
A prioridade à Educação segue dentro de meses.

O que Pacheco Pereira dizia há poucas semanas é certeiro: o resultado desta reforma na Educação iria ditar a forma como qualquer outra reforma seria encarada ou poderia ser feita no futuro. Com este desfecho, a lição é só uma: em Portugal é impossível reformar.
Em termos políticos, podem decretar a impossibilidade de reformar seja o que for neste país.
Como dizia o outro, são um povo que não se governa, nem se deixa governar.

PS: não estou a avaliar a bondade do modelo de avaliação proposto pelo governo. Não tenho qualificação para tal.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mundos virtuais

Hoje foi dia grande para a propaganda governativa!
O governo em peso foi pelas escolas do país distribuir esse pseudo computador português chamado Magalhães.
Para estes senhores, Portugal resolve-se com propaganda vestida de computadores, de acordos de futuras intenções que depois não têm concretização, e com truques estatísticos.
Com a educação deles, passamos a ter mais aproveitamento. Com os Magalhães havemos de passar a ser o país do mundo com mais PC por aluno.
Claro que há coisas que não vêm com os computadores, como dizia esta noite o Prof. José Tribolet na SIC Notícias: hábitos de trabalho, disciplina, higiene, critérios de selecção da informação (à qual passam a ter acesso, em catadupa, graças a este gadget), capacidade de pensar... Mas também não é isso que se pretende...
Admito que, daqui a uma geração, estes computadores possam vir a revelar-se como úteis para sociedade, pelas competências que fornecem às actuais crianças. Mas antes, convém ensiná-las a estudar, a compreender, a PENSAR.

--- / / ---

Para mais informações sobre esta descoberta de Sócrates, podem consultar:
- Classmatepc
- Portugal Diário
- Wikipedia

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Brilhante!!

Dizer que o governo de Sócrates é apenas bom é insuficiente, quase ofensivo mesmo.
Este governo é a coisa mais brilhante que Portugal já teve à frente dos seus destinos.
Como cheguei a esta singela conclusão?
Bastou ouvir esta manhã que os chumbos no básico e secundário atingiram este ano o valor mais baixo da última década!
E ler a confirmação do próprio chefe de governo: a melhoria dos resultados deve-se a políticas que apostam na Educação.

FANTÁSTICO!!

Depois temos casos como o do aluno de Odivelas, que passou de ano apenas com uma disciplina positiva, Educação Física.
Reitero a minha proposta: dêem canudos de licenciaturas, mestrados, doutoramentos e afins aos recém-nascidos e em poucos meses passamos a ser o país com maiores qualificações do mundo!!

domingo, 24 de agosto de 2008

Educação porreiro, pá!

No Expresso de ontem, primeiro caderno, pág. 23:

"Luís, 15 anos, já mudou várias vezes de escola e chumbou a oito das nove disciplinas curriculares do 6º anos de escolaridade. Só passou a educação física. Apesar deste resultado, passou para o 7º ano e está inscrito noutra escola vizinha. Aconteceu na EBI 2,3 Vasco Santana, em Odivelas, e não é caso único no país.
Isto acontece porque o objectivo do sistema educativo é reduzir o número de repetências, aumentar os alunos com escolaridade obrigatória e garantir que jovens como Luís não saiam do sistema educativo, com 15 anos, sem obterem os instrumentos básicos para vir a ter uma profissão."

Atenção a este pormenor: quantos traumas não foram já causados a esta pobre criancinha por ter sido retida em anos anteriores no 6º ano? (com 15 anos já seria suposto andar pelo 9º ano...)
Para simplificar, não era melhor darem logo um canudo aos recém-nascidos, deixando por preencher um espaço destinado à escolha do curso?
Este governo é uma fraude! É este truque na educação, foi o pseudo-emprego qualificado criado pela PT em Santo Tirso...
Assim vamos longe...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Novas tendências pedagógicas

Anedota recebida hoje...

A nova metodologia da avaliação, segundo a Ministra da Educação:

QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 =

RESULTADO APRESENTADO PELO ALUNO:
6 + 7 = 18

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

ANÁLISE:
- A grafia do número 6 está absolutamente correcta;
- O mesmo se pode concluir quanto ao número 7;
- O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
- Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito e corresponde de facto ao primeiro algarismo da soma pedida.
- O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical!
- Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos. A sua intenção era, portanto, boa.

AVALIAÇÃO:

Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
- A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
- Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão dispostos pela ordem precisa.
- Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
- Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
- Em consequência, podemos atribuir-lhe um 'EXCELENTE' e afirmar que o aluno 'PROGRIDE ADEQUADAMENTE'

quinta-feira, 26 de junho de 2008

terça-feira, 25 de março de 2008

Pequenos ditadores

A propósito da recente agressão de uma aluna a uma professora numa escola do Porto, o João Miguel Tavares escreve hoje uma crónica no Diário de Notícias: "Nem anjos inocentes, nem geração rasca".

Entre outras coisas, escreve isto: "Doses cavalares de mimo, desaparecimentos de Maddies e problemas de consciência de pais ausentes compõem uma fórmula de tal forma explosiva que as criancinhas se transformam em flores de jarra às quais parece mal tocar até com um dedo."

Vale a pena ler.

domingo, 9 de março de 2008

A manifestação dos professores

Ontem foi a chamada Marcha da Indignação dos professores, que terá trazido a Lisboa milhares de professores.
Pelo que vi em algumas entrevistas a professores na televisão, eles não fazem ideia contra o que estiveram a protestar.
Não sei quem tem razão, se professores, se ministra. Mas com uma manifestação destas uma coisa é certa: a saída da ministra seria a maior estupidez governativa, e a prova provada de que em Portugal, para travar uma reforma, basta fazer uma manifestação. Seria uma enorme prova de fragilidade mudar agora de ministra.

No Editorial do Expresso deste Sábado a seguinte pergunta: "...eis o desafio: façam o favor de dizer como seria a avaliação que defendem? Quem a faria, que efeitos teria? Dela dependeria o salário do prof.? Eis o que podem elucidar... só para ficarmos descansados e percebermos que causa nobre os move"

sábado, 26 de maio de 2007

Children See, Children Do.

Na Austrália, a Associação Nacional para a Prevenção de Abusos Infantis e Negligência (NAPCAN) lançou esta campanha-choque.

Porque o que as crianças vêem, as crianças fazem.
E a socialização faz-se também através da imitação.