segunda-feira, 30 de maio de 2011

Portugal rumo à solução



E acredito que o PSD ainda vai ficar acima dos 40%, e o CDS pelos 15%, gerando uma maioria com condições para tirar Portugal do buraco em que o meterem nos últimos 15 anos.

Tecnologias do conhecimento

Em criança, eu tive um Salazagalhães !...
EU TAMBÉM TIVE UM SALAZAGALHÃES com monitor de 12 polegadas !...
E sei a tabuada, fazer contas de cabeça e escrevo sem erros!!!!!
...G'anda máquina aquela !!...

* coisas que se recebem por mail.

Mais um argumento...


Com esta qualidade argumentativa, eu, se estivesse indeciso, já tinha mais uma razão para não votar nestes senhores.

Eu voto CDS.

domingo, 29 de maio de 2011

Pergunta pertinente

"Alguém me pode explicar por que razão o PS vai a estas eleições sem programa e isso não incomoda ninguém?" (via Abrupto)

A esta pergunta ninguém responde. E nenhum jornalista pergunta.
Mas a cassete é que o programa do PSD é liberal, contra o Estado social, e outros quejandos.
Ao menos tem programa. Goste-se ou não daquilo que propõe.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Blogosferando - 50


Três post do Delito de Opinião que subscrevo:

- a pretexto das recente eleições em Espanha: a democracia;
- sobre visões largas na política, recordando o arrojo de Sá Carneiro a formar a AD: não entenderam nada;
- a propósito de uma resposta de Passos Coelho sobre a questão do aborto: questiúnculas.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vandalismo by CDU

Os camaradas da CDU fizeram isto na escadaria da Universidade de Coimbra...


"Um grupo de mais de cem estudantes universitários trajados a rigor, concentrou-se no topo das escadas monumentais por cima do comício do PCP em Coimbra, em protestos contra as pinturas feitas nas escadarias pela Juventude Comunista Portuguesa. Os estudantes gritavam palavras de ordem como “CDU, agora limpas tu”, ou “limpa, limpa, camarada limpa” e ainda “a expressão não é destruição”."


O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, em resposta aos estudantes, disse que o partido era um resistente contra a ditadura, que não se podia limitar a liberdade... e outros disparates do mesmo calibre.


Para mim, que até estou bem longe do PCP, o que eles fizeram tem um nome: vandalismo.


Não deixa de ser comovedor ver o PCP bradar que "não nos calarão" e que lutaram pela liberdade quando são chamados à responsabilidade por este acto de vandalismo.
É com esta lógica que há muita criminalidade: não se pode penalizar os criminosos porque isso põe em causa a sua liberdade.


Sobre liberdade estamos conversados.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Definindo-nos

"Há três espécies de Portugal, dentro do mesmo Portugal; ou, se se preferir, há três espécies de português. Um começou com a nacionalidade: é o português típico, que forma o fundo da nação e o da sua expansão numérica, trabalhando obscura e modestamente em Portugal e por toda a parte de todas as partes do Mundo. Este português encontra-se, desde 1578, divorciado de todos os governos e abandonado por todos. Existe porque existe, e é por isso que a nação existe também.

Outro é o português que o não é. Começou com a invasão mental estrangeira, que data, com verdade possível, do tempo do Marquês de Pombal. Esta invasão agravou-se com o Constitucionalismo, e tornou-se completa com a República. Este português (que é o que forma grande parte das classes médias superiores, certa parte do povo, e quase toda a gente das classes dirigentes) é o que governa o país. Está completamente divorciado do país que governa. É, por sua vontade, parisiense e moderno. Contra sua vontade, é estúpido.

Há um terceiro português, que começou a existir quando Portugal, por alturas de El-Rei D. Dinis, começou, de Nação, a esboçar-se Império. Esse português fez as Descobertas, criou a civilização transoceânica moderna, e depois foi-se embora. Foi-se embora em Alcácer Quibir, mas deixou alguns parentes, que têm estado sempre, e continuam estando, à espera dele. Como o último verdadeiro Rei de Portugal foi aquele D. Sebastião que caiu em Alcácer Quibir, e presumivelmente ali morreu, é no símbolo do regresso de El-Rei D. Sebastião que os portugueses da saudade imperial projectam a sua fé de que a famí1ia se não extinguisse.

Estes três tipos do português têm uma mentalidade comum, pois são todos portugueses mas o uso que fazem dessa mentalidade diferencia-os entre si. O português, no seu fundo psíquico, define-se, com razoável aproximação, por três característicos: (1) o predomínio da imaginação sobre a inteligência; (2) o predomínio da emoção sobre a paixão; (3) a adaptabilidade instintiva. Pelo primeiro característico distingue-se, por contraste, do ego antigo, com quem se parece muito na rapidez da adaptação e na consequente inconstância e mobilidade. Pelo segundo característico distingue-se, por contraste, do espanhol médio, com quem se parece na intensidade e tipo do sentimento. Pelo terceiro distingue-se do alemão médio; parece-se com ele na adaptabilidade, mas a do alemão é racional e firme, a do português instintiva e instável."

Fernando Pessoa

A má moeda

“Não me parece que José Sócrates seja uma peça de trabalho para a reconstrução do país”, disse. 
E de uma forma quase pedagógica, sugeriu a mensagem política que deve ser vincada: “Os senhores destruíram Portugal, os senhores têm de sair, retirarem-se compungidos e deixarem outros governar.”

Parte da solução passa por eliminar a causa do problema.
Por isso, tal como Lobo Xavier, sou contra um governo PS/CDS.

Autoridade do engenheiro

"O candidato do PS, José Sócrates, diz que o líder dos sociais-democratas "não tem autoridade" para pedir aos portugueses que votem no PSD. "Nunca o vi apresentar uma obra que fosse que lhe pudesse dar autoridade para pedir o voto aos portugueses", disse o secretário-geral dos socialistas, num almoço em Bragança." (Ionline)

Precisamente pela obra apresentada por José Sócrates, nunca lhe reconheci autoridade para nada.
Aqui está mais uma obra para lhe reconhecer autoridade: "governo adiou despesa para melhorar défice até Março"
Portanto, temos uma autoridade em malabarismos e truques.

Descolagem laranja?

Depois de se ter visto o resultado das eleições espanholas de ontem (razia dos socialistas), é esperançoso ver uma sondagem com estes resultados:


Somando PSD e CDS temos 52% das intenções de voto.
Se acreditarmos que até ao dia 5 de Junho o PS ainda vai descer mais, e que os resultados do CDS costumam ser melhores que as sondagens, vem aí um excelente resultado eleitoral.

domingo, 22 de maio de 2011

A tradição, o simbolismo e o PS


"Pelo visto, o PS terá prometido que não utilizaria outdoors na campanha eleitoral para as legislativas de 2011. Entretanto, o PS começou a colocar outdoors. Perante esta aparente contradição, Vieira da Silva, director de campanha, veio esclarecer que "o PS não vai fazer uma campanha tradicional com base em outdoors" e que a sua colocação em alguns locais é meramente simbólica. Ora, esta explicação introduz uma importante distinção entre tradição e simbolismo nas campanhas do PS. Na verdade, se estamos bem recordados, a tradição é fazer promessas que nunca foram cumpridas:


Já o simbolismo resulta de os outdoors actuais, tal como o PS, não terem, para além de duas ou três afirmações vazias, nada para dizer aos portugueses:


Isto sem esquecer que esta coisa de se dizer que não há outdoors e depois eles aparecerem remete, em si própria, para uma tradição de promessas não cumpridas e para um outro simbolismo: o de apresentar uma explicação semântica ou metodológica para tudo o que acontece em contradição com o prometido."

Reorganização administrativa dos concelhos

"A aplicação da regra mínima dos 10 mil habitantes por município faria ‘desaparecer’ um em cada três concelhos em Portugal. No Alentejo só manteriam a sua identidade quatro municípios. Mas de Norte a Sul, muitas freguesias escapam a este critério.
Com uma estrutura de governação local diferente da portuguesa, porque sem freguesias, a Grécia reduziu para um terço os seus municípios, passando de 1.034 para 325. É este o nível de administração local mais próxima dos cidadãos.
Em Portugal 110 dos 308 municípios têm menos de 10.000 habitantes, muitos no sul do país, e a maioria (62) tem mais do que um presidente de junta por cada mil habitantes." (SOL)

É claro que, mais do que uma lógica territorial-administrativa-financeira, muitos concelhos existem por questões emocionais.
Quem não se lembra das guerras, no fim dos anos 90, para criação de concelhos em vários pontos do país? Seriam (serão?) viáveis economicamente? 
A última grande reforma concelhia do país ocorreu no séc. XIX. Entretanto, o país mudou, as populações têm outra distribuição, as actividades económicas alteraram-se. Faz sentido manter a mesma configuração territorial? Não faz.
Além das resistências de milhares de pessoas por perderem o seu concelho, outro empecilho a esta reforma são as estruturas partidárias. As autarquias empregam muita gente.
De qualquer forma, esta reforma terá de ser feita mais cedo ou mais tarde.

A revolução espanhola

Em Espanha está em curso uma revolução.

"Dezenas de milhares de pessoas pernoitaram e permanecem hoje concentradas em praças em vários pontos de Espanha, com destaque para Madrid, Barcelona e Sevilha, em protestos pacíficos que as autoridades não vão impedir.
Apesar das concentrações terem sido declaradas ilegais tanto hoje, dia de reflexão, como domingo, dia das eleições regionais e municipais, dezenas de milhares de pessoas desafiaram essa decisão." (Ionline)

Esta notícia tem passado quase despercebidas nas televisões, mas o impacto é grande. E as mudanças já estão na calha.

Estado Social by PS

"Seguem José Sócrates para todo o lado, de norte a sul do País, em autocarros pagos pelo PS. Depois são usados para compor os comícios, agitar bandeiras, e puxar pelo partido, apesar de muitos deles não perceberem uma palavra de português e não poderem votar. Em troca têm refeições grátis.
Trata-se de imigrantes provenientes da Índia e Paquistão, trabalhadores nas lojas do Martim Moniz, Lisboa, e na construção civil. Estiveram com José Sócrates em Beja, Coimbra e no comício de ontem em Évora, onde deram nas vistas ao exibir os seus turbantes. Até à porta da RTP, no dia do debate com Passos Coelho, realizado na sexta-feira, estiveram de bandeiras em punho." (Correio da Manhã)

Dizem não ser pagos. Mas há muita forma de pagamento... E a refeição é uma delas.

Desespero?

Assim que se soube que havia eleições antecipadas, os partidos do chamado arco governativo disseram que não colocariam cartazes na rua, copiando a campanha presidencial de Cavaco Silva, e respeitando assim a situação de crise financeira nacional.

Todos cumpriram o prometido.
Todos?



Cartaz visto para os lados de Évora.
E foi por ali que o PS fez um comício cheio de portugueses.
Ah... não. Eram indianos, paquistaneses, africanos, idos directamente da zona de Odivelas em autocarros fretados para o efeito.

sábado, 21 de maio de 2011

Só para fanáticos

João Pereira Coutinho, no Correio da Manhã:

"José Sócrates não gosta da palavra ‘bancarrota’. Considera que o termo é um insulto para Portugal. Eis o melhor retrato da cabeça de Sócrates, por ele próprio: um político que prefere negar a realidade e confunde uma crítica ao governo com uma crítica ao país.
Foi este tipo de ‘raciocínio’ que nos atirou para o abismo inominável. E foi essa cegueira que o enterrou ontem à noite. Verdade que havia sinais: com a provável excepção do debate com Jerónimo de Sousa, um homem gentil e pouco preparado, Sócrates levou tareias atrás de tareias. Mas, com Passos Coelho, a coisa foi penosa de ver: como é possível confiar um voto que seja num homem sem uma única ideia realista ou consequente na cabeça? Como é possível acreditar que o grande defensor do Estado Social foi precisamente o mesmo que o amputou e faliu? E como é possível engolir a responsabilidade dos outros na crise quando os últimos dois anos foram uma crise permanente que o governo não soube estancar? Sócrates já não é assunto racional; é para consumo exclusivo de fanáticos. Dia 5 de Junho saberemos, enfim, quantos existem em Portugal."

Legislativas - histórico

O Público tem um infografia interessante sobre os resultados de todas as eleições legislativas desde 1976.
Ver AQUI.

Fiquei a saber, por exemplo, que em 1976 a Assembleia da República tinha 263 deputados.
Esta infografia permite ver as várias composições da AR (percentagens e número de deputados por cada partido) e o partido vencedor em cada um dos distritos, nos várias eleições.

Debate Passos Coelho - Sócrates

Passos Coelho apresentou-se muito bem preparado, sereno, confiante, afirmativo, duro, contundente nalguns momentos.
Sócrates, sem nada para dizer, só queria falar do programa do PSD, das propostas do PSD, das ideias do PSD. E repetia até à exaustão a sua cassete, interrompia, zangava-se.

Gostei particular-me de Passos Coelho, aos 12 minutos, com uma fina ironia, a elogiar o momento de sucesso em que o país está graças à excelente governação de Sócrates.

Passos Coelho ganhou o debate. Sem promessas para todos, apresentando soluções, um caminho.
Se não tivesse a minha escolha já feita, Passos Coelho teria o meu voto.

É só de mim, ou de cada vez que Sócrates abre a boca só apetece dar-lhe um chapadão?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O homem não tem um espelho...

"O secretário-geral do PS tentou hoje bipolarizar a escolha nas próximas eleições, dizendo que a opção é "vital" para o Estado social, num discurso em que questionou o que o líder do PSD já fez pelos portugueses." (Ionline)

Respondendo à dúvida socrática... uma coisa é certa: Passos Coelho não nos meteu no buraco em que o Sr. Engº nor enfiou durante o seu governo.
Nem defendeu tanto o Estado Social e os PEC I, II, III e IV da nossa salvação...

Plenitude azul



Um ano brilhante.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Escolha para indecisos

Para quem ainda está indeciso na escolha entre os dois principais candidatos a primeiro-ministro, a escolha só pode ser feita assim: ou escolhem alguém que manifesta alguma insegurança e falta de jeito para passar a mensagem, ou escolhem um mentiroso compulsivo.
Pela minha parte, caso estivesse entre os indecisos, a escolha era óbvia.

Hoje Passos Coelho esteve em boa forma frente a Louçã.
Na sexta-feira, com Sócrates, espero que esteja ainda melhor, mais acutilante.



Uma matéria a estudar profundamente por estudiosos das ciências políticas: como é que um governo/partido que deixa um país neste estado está com forte probabilidades de ganhar as eleições?

Os cidadãos portugueses, com os seus brandos costumes, gostam de ser enganados. 

domingo, 15 de maio de 2011

Jacarandás em Lisboa




Sem o FMI também


Uma das estratégias de campanha do BE e do PCP tem-se tem sido o "fora com o FMI" e a reestruturação da dívida. 
A conversa pode ser muito bonita, mas tem uns pormenores chatos pelo meio:
- quem se endividou até à ponta dos cabelos foi Portugal;
- com o FMI, Portugal paga juros ligeiramente abaixo dos do mercado (que já iam em 10%);
- com o FMI, Portugal fica fora dos mercados durante 2 ou 3 anos, para pôr as contas em ordem;
- com o FMI, Portugal ainda tem uma réstia de credibilidade em termos de cumprimento de compromissos financeiros;
- com a reestruturação da dívida e sem o FMI, Portugal perde qualquer réstia de credibilidade;
com a reestruturação da dívida e sem o FMI, Portugal fica fora dos mercados por mais de 10 anos (há quem aponte mesmo 20);
com a reestruturação da dívida e sem o FMI, ninguém vai emprestar um cêntimo que seja a Portugal, pois ninguém empresta a quem não faz intenções de pagar.

Portanto: "com o FMI quem paga és tu". Sem o FMI também. Mas a um preço estratosfericamente superior, quer socialmente, quer financeiramente.

Sentenças - 21

"Quando chegamos a um ponto em que as pessoas dizem "Mas José Sócrates tem muito mais jeito para a demagogia que Passos Coelho", a princípio pensei que estavam a valorizar Passos, mas era o contrário, estavam a valorizar a capacidade de fazer demagogia. Acho que isso traduz um momento muito grave da sociedade portuguesa."

Strauss-Kahn tropeça numa saia

Não é a primeira vez que o presidente do FMI, e ilustre socialista francês, se vê envolvido num caso de saias.
O problema é que ele estava bem colocado como pré-candidato socialista às presidenciais francesas de 2012, e isto pode ter estragado essa possibilidade. 
Sarkozy agradece.
Entretanto, já há quem fale em cabala contra o senhor FMI.



Se tivesse sido em Portugal, até era capaz de ser a empregada a acusada de ser tentadora...
"O médico foi condenado no tribunal de primeira instância a cinco anos de pena suspensa e ao pagamento de 30 mil euros. Não conformado, recorreu para o Tribunal da Relação do Porto que o absolveu, porque considerou que o acto não foi praticado com muita violência, não se enquadrando na interpretação dada pela juíza às exigências requeridas pelo crime de violação.
Diz o sumário inicial do acórdão que "o simples desrespeito pela vontade da ofendida não pode ser qualificado de violência". Este desrespeito traduziu--se em obrigar a doente a praticar sexo oral apesar de esta não o ter consentido e, quando esta se dirigia para a porta para sair, empurrá-la para um sofá onde foi consumada a violação." (Ionline)

sábado, 14 de maio de 2011

PS: modo de fazer campanha

"JS: Vamos acusar o PSD disto.
Grilo Falante: Mas o PSD não propõe isso.
JS: Mas essa acusação pode ou não pode dar votos?
Grilo Falante: Pode, mas...
JS: Se pode, acusem o PSD disso. E acusem também o PSD daquilo.
Grilo Falante: Mas isso também nós acordamos com a troika realizar.
JS: Consta do nosso programa eleitoral?
Grilo Falante: Do nosso programa eleitoral não consta nada.
JS: Tal acusação pode dar votos?
Grilo Falante: Pode, mas...
JS: Avance-se com a acusação."

Os Comediantes acertaram em cheio.
O drama disto é que esta forma de fazer campanha está a funcionar. Infelizmente.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Debate Passos Coelho - Jerónimo de Sousa

Um debate sereno. Até porque correm em campos políticos que não se sobrepõem. 
Apesar disso, Passos Coelho não se coibiu de manifestar alguns pontos de contacto com Jerónimo de Sousa.
O líder do PCP não saiu da cartilha comunista. Alguma pergunta fora disso, ele dava a volta para encaixar o guião.
Quanto a Passos Coelho, nota-se seriedade, algumas hesitações na forma de passar a mensagem.
Tem ideias, tem medidas, mas é tímido na abordagem, cuidadoso.
Distanciou-se de Sócrates, mas tinha de ser mais incisivo.
Manifestou confiança no dia 5 de Junho. Quando questionado sobre o motivo de estar empatado com o PS, chutou para canto. Devia ter puxado a corda e mostrado claramente que tem alternativas.

Não fosse o facto de Jerónimo de Sousa não ser de facto candidato a nada, além de deputado, foi um debate que acabou em empate.
Num debate com um adversário assim, feito de chavões, Passos Coelho devia ter ganho destacadamente.

Sobre este frente-a-frente, o Delito de Opinião fez uma análise que subscrevo.

Debate Portas - Sócrates

Dois debates, duas vitórias (parece a filosofia do FCP :)). 
E viu-se Sócrates perder aquele ar de superioridade e ficar sem a sua estratosfera. O Dr. Portas conseguiu passar a mensagem sobre quem é o responsável do descalabro em que estamos.
O número da pasta vazia apresentada por Sócrates: circo no seu melhor. E bem respondido: ao menos o CDS vai ter um programa que leva em conta as medidas do acordo, e não a "obra" do PS.
Sócrates parecia um gravador a repetir que o acordo com o FMI-CE-BCE  é uma cópia do PEC IV. Por acaso não é.
E dizer que em 2011 não há medidas para cumprir o acordo não é propriamente verdade.

Mais uma nota: excelente réplica a de contabilizar o currículo do governo PS-Sócrates em submarinos. Nem nisto eles sabem fazer contas e gostam de atirar areia para os olhos.


 CDS - o partido certo para Portugal.

domingo, 8 de maio de 2011

Sumo da laranja

O PSD apresentou hoje o seu programa. 
Do que ouvi, é um programa com pés e cabeça, e com base no acordo com a troika do FMI-UE-BCE. Ambicioso.
Nada comparado com os delírios que o PS anda a apresentar na sua campanha para Portugal.

Programa do PSD aqui.

Passos Coelho, contra o que muitos defendem, insiste que não quer governar com o PS.
Embora sendo arriscado (porque suicida caso o PS vença as eleições), é uma forma de obrigar os eleitores a escolherem claramente, é uma forma de pedir uma maioria absoluta.
Oxalá agora consiga defender consistentemente o seu programa e os eleitores deixem de ir em conversas da treta, mentiras e areia para os olhos.

Lobo com pele de cordeiro


Luta contra o "extremismo radical"?
Mas Louçã representa o quê?!
É ele o político mais radical que temos por cá. São dele as propostas mais estapafúrdias. E ainda acusa os outros de serem do "extremismo radical"?
Esta malta da esquerda, com as suas ideias de superioridade moral, devia ir viver uns tempos na China, na Coreia do Norte, em Cuba. Eram felizes por lá e deixavam de infestar a política nacional com a sua intolerância.

Já agora: tanto o BE como o PCP são contra a entrada do FMI-CE-BCE. 
Supostamente não devemos pagar as dívidas em que nos metemos.
Qual a solução destes senhores?
A Albânia? 
Plantar uma árvore das patacas?
Criar um Midas em cada esquina?
Que soluções propõem estas excelências? Alguém diz?

Parafraseando - 100



‎"Nunca se dê por vencido. Se você não acreditar em si, nada vai dar certo."




Neste momento difícil, frases para inspirar Portugal e os portugueses.

Expressamente - 3

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Debate de cavalheiros

Um debate de cavalheiros, este entre Paulo Portas e Jerónimo de Sousa. 
Esclarecedor para quem eventualmente ainda tenha dúvidas em quem votar. E com soluções (ao contrário do que o PCP mostrou). O CDS não só não pode ser manchado pelo passado, como tem um caminho para sair do fosso em que o PS-Sócrates nos meteu.

-- / /-- 

Hoje foi dia de sondagens. 
Numas o PSD fica ligeiramente à frente do PS, noutras é o contrário. E este empate técnico é assustador. 
Se tivermos em conta que há umas semanas o PSD estava no limiar da maioria absoluta, e o PS abaixo dos 30%, esta reviravolta é perturbadora.
Como é que os eleitores ainda não rejeitaram claramente o partido que nos levou à bancarrota?
Para estudiosos de ciência política, Portugal deve ser um caso muito curioso e intrigante.
A minha aposta é: os portugueses gostam de ser enganados.

Há uma semana, no A torto & a direito, da TVI-24, o João Pereira Coutinho afirmava: com um resultado assim, não bastará mudar de políticos. É preciso mudar de povo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A cama do faquir

O editorial do Negócios, escrito pelo Pedro Santos Guerreiro:

"Não é um PEC. Não é um Plano de Austeridade. Não é sequer um programa de Governo. É uma mudança de regime. Portugal será novo mas nós, portugueses, somos os mesmos e não estamos todos preparados. Depois disto, seremos mais fortes. Até lá, perderão os mais fracos. Como numa guerra pela paz. Mas é uma oportunidade. E é a última.

Não é o regime económico que muda. É a sociedade, a cidadania, a organização do Estado, a forma como o sistema político o vê e lhe subjaz. Não é menos do que isso o que está em causa. Porque a troika não trouxe um programa de pagamento de dívidas. Trouxe uma revolução. Para Portugal, é uma revolução liberal. E quem vai fazê-la são instituições internacionais, assessoradas por consultores estrangeiros, financiadas por contribuintes de outros países. Teremos governo. Portugal é soberano. Mas o Governo será suserano.

O Estado não será apenas mais magro, será menos tentacular. É também por isso que este plano não é um programa de Governo. É um programa anti-Governo. É o contrário das políticas que têm governado Portugal nos últimos anos. Nem a reforma da Segurança Social passa sem acrescento.

As traves-mestras da velha política económica são dizimadas. Há uma razia nos subsídios às energias renováveis, nos incentivos à aquisição de casa própria, nas políticas agressivas de Obras Públicas, nas parcerias público-privadas. Porquê? Volte a ler a frase anterior e responda a si mesmo: a quem aproveitaram no passado essas políticas? Eu ajudo: às empresas do regime. À EDP, à Mota-Engil, à Brisa, à Galp, à Caixa, ao BES, ao BCP, ao BPI... Foram elas que receberam ou financiaram os projectos, que viram os riscos dos seus negócios serem cobertos pelos contribuintes ao abrigo das "políticas de modernização".

As empresas deixarão de ser de regime. O regime deixará de ter empresas. A TAP deixa de ser do Estado, a EDP e a Galp perdem essa mão visível, a PT perde a vergonhosa "golden share". E a Caixa, que nisso foi a pior de todas, vende seguros, vende actividade internacional, vende tudo o que não é banca e assim deixa de ser albergue de ex-ministros para passar a cumprir a função de ser um banco estatal e só um banco estatal.

É sobretudo para isto que serve a agressiva política de privatizações. Para que a ANA, a CP Carga, os CTT ou aquelas empresas deixem de ser pousios de ex-políticos com medo de "faces ocultas" e passem a ser terreno produtivo. Para que este seja um Estado sem ruis pedros nem armandos. Mas nada disso se faz sem uma lei da concorrência poderosa e reguladores fortes. E tem sido aí que as democracias liberais têm falhado. Começando pelo sistema financeiro.

A banca vai passar por um mau bocado, mas os depósitos dos seus clientes são ainda mais protegidos. Ainda vamos ver bancos terem prejuízos em Portugal (compensados com os lucros no estrangeiro) e também eles deixarão de ser os parceiros dos Governos nas empresas e nos projectos públicos. Porque também eles terão de vender as suas participações nas grandes empresas.

Os bancos não vão trabalhar nos próximos anos pela rentabilidade, mas pela solvabilidade. Pela sua própria salvação enquanto projectos de capitais privados e autónomos. Provavelmente precisarão de dinheiro dos contribuintes para aumentar o seu capital. Tanto que a troika se viu obrigada a deixar preto no branco que o Estado não pode ficar maioritário em nenhum desses bancos. A necessidade podia existir. Apesar de tudo, os bancos saem em condições protegidas no que toca à liquidez: o Banco Central Europeu continuará discretamente a apoiar. Ainda bem. Não é por eles, é pela economia: sem crédito, as empresas congelam. E a economia também.

Quem paga a factura? Sempre os mesmos. Uns mais que outros.
Os trabalhadores vão pagar muito, mas muito mais IRS, com os limites às deduções de saúde e de educação - e dessa enormidade que são as prestações do crédito à habitação.

Os funcionários públicos, depois de perderem salário, vêem-no congelado até 2013 e perdem em dois anos quase metade da ADSE. Custa-lhes perder, mas custa ainda mais aos outros pagar. Não é preconceito: a ADSE é , no fundo, um seguro de saúde dos funcionários públicos suportado também pelos privados.

Os reformados perdem na pensão e, muitos, verão as rendas subir.

Os consumidores vão pagar mais IVA. Terão chamadas de telemóveis mais baratas, mas a saúde, os comboios, o tabaco e o álcool, até as cartas serão mais caras. E a electricidade.

Nos próximos dois anos, a recessão vai ser muito severa. Haverá muito mais destruição de empresas e de empregos. E, esses sim, são as grandes vítimas deste plano: os desempregados. Porque terão subsídios muito menores e durante menos tempo. Porque muitos deles não têm qualificações para as novas necessidade laborais do País.

Tudo isto é para melhorar o crescimento potencial da economia portuguesa. Ou seja, para que depois de ser pior, seja melhor. Há reformas muito agressivas nas leis laborais, na mobilidade social, no arrendamento, na reabilitação urbana. Será Portugal neoliberal? Não, será um neoPortugal que, face aos nossos "standards", é liberal. Volta Compromisso Portugal, estás perdoado.

Este plano é a última oportunidade de Portugal se refundar. De não cair. De descolar da Grécia. Sim, de descolar da Grécia.

A Grécia está numa armadilha. Errou até eclodir a crise. Depois disso errou a troika. Os pobres dos cidadãos gregos não são bandidos, foram as cobaia da ajuda externa.

A possibilidade de a Grécia ter de reestruturar a sua dívida é grande, por mais que a Comissão Europeia diga que não. Tal, se acontecer, pode ser considerado uma violação de tratados europeus, por haver transferência fiscal entre Estados. E isso pode ter uma consequência: a expulsão da Zona Euro. Coitados dos gregos. E coitados de nós se, nessa possibilidade e altura, estivermos como eles. A nossa saída do euro é a entrada num túnel longo e negro de pobreza.

É por isso que esta é a nossa última oportunidade para evitar o estertor da saída do euro. Não basta aprovar o plano, é preciso cumpri-lo. E aí chegamos à política. Às eleições. Ao momento actual. Ao risco de que os egos pessoais dos líderes partidários se sobreponham à vontade e à necessidade nacional.

Este plano tem cabeça, troika e membros. Sim, é isto ou o caos. E sim, esta é uma oportunidade de ter um Estado moderno - e o Estado não são eles, somos nós. É o nosso exercício de cidadania que tem de mudar. De cada um de nós.

Este acordo só não tem uma coisa: uma mudança no sistema político, nas subvenções, no financiamento partidário, nos deputados, na Assembleia da República. E não tem porque não pode: Portugal é uma democracia. Curiosamente, poucas coisas precisam de mudar tanto como a política. E, como o FMI não pode, isso só depende de nós. Ainda bem. Façamo-lo. Ou outros farão por nós. Nós. Somos sempre nós."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Parafraseando - 99



"Eles são capazes porque se consideram capazes."


Virgílio


Neste momento difícil, frases para inspirar Portugal e os portugueses.

O acordo que é o próximo programa de governo

Foi preciso chegar ao dia de hoje para se saber que o "bom acordo" anunciado ontem à noite por Sócrates afinal tinha algumas medidas para valer...
Mas certamente o problema foi meu, que não entendi o que ele disse...

O homem é o mestre da trafulhice.

As medidas são indicadas pormenorizadamente, com prazos e valores.
Como dizia Nicolau Santos há pouco na SIC-N, o que os portugueses vão escolher daqui a um mês é o partido com maior capacidade de cumprir o programa de governo feito pela troika.

Sócrates apresentou a salvação... (actualizado)

Pouco ouvi da declaração de Sócrates ao país.
Do que ouvi, ressalta uma nota: afinal a coisa está excelente. Não há cortes, senão nas pensões dos "ricos", ou seja, acima dos 1500,00€.


A declaração se Sócrates, na íntegra, aqui.
Quase apetece dizer o seguinte: guardem esta declaração. Para apresentar num tribunal daqui a uns meses. Ou no dia 5 de Junho.

Alguém acredita numa palavra do que o engenheiro disse?

Quero ver as medidas acordadas com a troika, e apresentadas por eles. Sem campanha de nenhum partido.


A propósito, ler n'O Albergue Espanhol: o melhor de dois mundos.


Entretanto, o Jornal de Negócios de amanhã diz que as famílias da classe média vão pagar mais IRS.
Não foi bem isto que que Sócrates anunciou...

Nota:
O governo anuncia uma coisa, faz o contrário. E pelo caminho continua a gastar dinheiro.
Tudo embrulhado numa mentira.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PSD epistolar

O PSD já vai em 5 cartas enviadas ao governo para saber da situação orçamental do país.
Admito que inicialmente era uma forma de pressionar para saber o ponto de situação financeiro.
Mas, ao verificar que o governo ignora as cartas, e que isto não é forma de fazer política, um partido como o PSD - alternante no governo - devia fazer uma única coisa: apresentar propostas, as suas soluções, mobilizando o país para os tempos difíceis que aí vêm. Deixando margem de manobra para o que estará escondido debaixo do tapete.
O PSD não é um partido de bota-abaixo.
E a sua função não é contribuir para os proveitos dos CTT.
Espera-se mais dele.

Tendo em conta o currículo do PS-Sócrates, era expectável que o PSD liderasse destacadíssimo para as eleições de 05 de Junho. 
Só não está nesse nível por dar tantos tiros nos pés, por não saber passar a mensagem. E por ter um excelente vendedor da banha da cobra chamado José Sócrates. 
Mas uma campanha bem feita era capaz de desmontar as patranhas socráticas em três tempos.


Numa coisa o PSD tem toda a razão e é avisado: só apresentará o seu programa depois de anunciado o pacote do FMI-UE.
Apesar da areia que os socialistas mandam para os olhos dos eleitores, não faz sentido um programa maravilhoso como o do PS - que só pode ser uma trafulhice pegada - se o país não têm condições para tal. Mas há quem goste de ser enganado... 

Mundo sem Bin Laden


O mundo poderá ter ficado sem o terrorista mais procurado do mundo - mas tal não significa mais seguro. As retaliações poderão vir a caminho.
A guerra contra o terrorismo é uma guerra a longo prazo.
O mundo mudou pela acção de Bin Laden. Todos o sentimos na pele, de uma ou outra forma. Independentemente do país em que nos encontremos.
De qualquer forma, uma coisa é certa: George W. Bush tinha razão. Apesar de agora ouvir dizer na RTP-N que é Obama quem está de parabéns por esta operação.