segunda-feira, 30 de abril de 2007

Imagem sem palavras - 14

Doca dos Olivais, no Parque das Nações - Lisboa

Cantinho do poeta - 18

Um grande poeta brasileiro: Vinicius de Moraes.

Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não

Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
E melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão.

domingo, 29 de abril de 2007

Cantinho do hooligan



Nem com a colaboraçao do FCPorto se estes dois aproveitam como podiam.... Empate na Luz a uma bola...

Noite de chuva...

Imagem sem palavras - 13

Campanário na Igreja das Preces - Machico

Cantinho do hooligan

E estes dois não se importavam de empatar...



por consideração a este?

Ganhei!!

Finalmente o euromilhões!!!

Menos de 10€... mas deve andar com um ano que não ganhava um cêntimo... yuppie!!! lol

Soluções bem-intencionadas

Ah! as soluções miraculosas dos bem intencionados, ignorando os problemas que essas soluções originam...

sábado, 28 de abril de 2007

The Gift – 645

LETRA:
Want to tell you that I love you because I really do. Want to give you the answers if you ask me to. Want to leave your door for the last time, want to leave the floor for the first time.
Leave the boys, leave the girls, leave it all behind… Trust your dreams, your thoughts it’s a matter of time. Run right, run left just don’t look back… Take this trip as your first step. Because the tears that we waste only make us blow, why we keep in Repeat this Antony song “forgive me, forgive me”
You know why tried to be simple, I tried a lie… everything is perfect from there, and you know I need you there.

Imagem sem palavras - 12

Parque das Nações e Oceanário de Lisboa

Imagem sem palavras - 11

Pesca matinal em Belém - Lisboa

Lisboa - eleições já!!

Quando me lembro que votei em Carmona Rodrigues, por ser o melhor colocado para bater Manuel Maria Carrilho, sinto vergonha.
Maria José Nogueira Pinto seria a minha escolha natural – quer partidariamente, quer por ser a melhor candidata, com as melhores propostas para a cidade – mas o voto útil falou mais alto.

Nunca mais faço uma destas! Vou votar MESMO em quem acredito que é o melhor. E seja o que Deus quiser.


Com os últimos desenvolvimentos na Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues não fala. Está em Inglaterra num encontro de motards. O PSD e Marques Mendes nada dizem. Vêem a CML a fugir-lhe das mãos. Mas seria mais avisado permitir a realização de eleições intercalares (deviam ser antecipadas, mas a lei em Portugal tem destas coisas…). É certo o PSD perder a presidência da câmara da capital. Mas quanto mais adiarem, pior será.

Lisboa – 4 anos perdidos.

Eu quero eleições em Lisboa já!!

Choque de culturas

Hoje, à entrada do Continente, umas senhoras indianas entregam as malas/carteiras/aquelas-coisas-que-as-mulheres-usam-e-onde-levam-a-casa-toda ao segurança para fechar antes de entrarem no hipermercado…

Em Portugal ainda não se chegou a esse exagero. E deixam entrar com o saco de outra loja sem o vedarem.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

A maior empresa do mundo...


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Parabéns, CA!


Já chegaste à barreira psicológica… Por favor, não vás ver O Último Beijo! Lol

Afonsina (curioso, nunca te chamei assim…:p), continua ser como és. Tudo. E uma grande amiga.
(a propósito das novidades camarárias, eu voto em ti. De direita. E mulher. Why not?)
Bjo!

Vento

E o vento sopra, e arrasta resquícios dos plátanos. Flores, restos. E faz ondas. E embala. E envolve.
Talvez despenteie. Talvez seja baloiço.
Leva-me aqui. Leva-me ali.
Leva-me de mim.
Para onde?
Não sei. Vagueio.

Imagem sem palavras - 10

Ponte da Arrábida - Porto
(no Olhares)
Uma imagem absolutamente!

Resignações e 25 de Abril

Pedro Lomba, gestor do Vício de Forma, escreveu hoje no DN sobre o discurso de Cavaco Silva a propósito do 25 de Abril...
"O Sr. Presidente da República convocou-me. Sim, ontem, no seu discurso comemorativo do 25 de Abril o Presidente falou comigo. Ardentemente, o Presidente convidou os jovens portugueses "a não se resignarem". Eu sou esse jovem. À luz dos critérios nacionais, a idade da juventude termina aos 42 anos, momento que, para mim, vem longe. Até aos 42 anos há direito ao subsídio se formos jovens empresários, jovens agricultores ou jovens cineastas. Por isso, este assunto tem a ver com a minha pessoa e com os meus interesses. Sinto-me convocado. O Presidente apelou ao meu "inconformismo" e eu quero dizer que estou disponível, que não me resigno.
Mas devo, para começar, expor algum remorso. Na minha existência não tenho feito outra coisa do que resignar-me. Eu e outros. Sempre frequentei a escola do eduquês e do experimentalismo e, apesar da instabilidade, resignei-me. No liceu fui obrigado a fazer disciplinas tão essenciais para a formação de uma pessoa como "estenografia" ou "relações públicas" e resignei-me. Na universidade, salvo excepções, encontrei um ensino arcaico à base de programas desajustados da realidade e resignei-me. Na chamada vida activa, que mais equivale a uma vida passiva, o destino lógico de uma pessoa acaba por ser, por comodidade, não discutir, não pensar e não perguntar, isto é, o processo de uma longa e triste resignação. Para pagar os preços de escândalo de uma casa em Lisboa ou no Porto, uma pessoa endivida-se por décadas e resigna-se. Do mercado de trabalho à Segurança Social, o futuro para quem tem 25 ou 30 anos é uma incógnita e um convite à resignação. Quanto à política, o caso é mais grave. Muito do que de errado existe em Portugal e com que nos resignamos depende de decisões políticas e da cultura do poder. Acontece que a nossa classe política está ela própria resignada. Não muda o que tem de mudar, evita o mais difícil e continua impavidamente a contemplar o mundo sem uma ideia sobre o seu impacto no País. De resto, a vida política, sempre opaca, não anima. A quantidade de políticos, de ministros a secretários de Estado, de deputados a presidentes de câmara, que nos últimos 30 anos tomaram decisões irresponsáveis, ocuparam cargos para que não se tinham previamente preparado, usaram o poder só para favorecer interesses particulares, é assombrosa. A resignação é um destino. Até com as mentirinhas públicas do primeiro-ministro sobre a sua licenciatura uma pessoa se resigna.
É o que tenho feito. Reconheço, como advertiu o Presidente, que já chega. O Presidente tem toda a razão em recomendar que "não nos resignemos". O inconformismo é tão mais interessante do que a resignação. Mas talvez o Presidente ou outra pessoa com poder em Portugal nos possa dizer se aceita e compreende as mudanças que terão de vir forçosamente com esse inconformismo. Em teoria, estamos de acordo."
A propósito disto, vale a pena ler este post do Segredos ao Pôr-do-Sol.

GUERNICA


"GUERNICA" é um óleo sobre tela de autoria de Pablo Picasso, datado de 1937 . Executado para o pavilhão da República Espanhola, na Exposição Internacional de Paris, O painel tem as dimensões de 350 x 782 cm. encontra-se actualmente exposto no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid. Para muitos esta obra é a síntese da força e da energia do artista.

O acontecimento que inspirou o conhecido quadro de Picasso foi a própria cidade de Guernica, capital da província Basca, a qual a 26 de Abril de 1937 foi alvo de bombardeamentos por parte de aviões alemães (Legião Condor) por ordem do General Franco. Dos 7000 habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos. A destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregado na 2ª Guerra Mundial. O Mural constituiu uma visão profética da desgraça.
Texto retirado daqui.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

O Último Beijo


«As desventuras românticas de cinco melhores amigos estão entrelaçadas numa comovente história em que o amor, o casamento e o compromisso podem tornar homens adultos jovens adolescentes.

Michael está a um mês do seu 30º aniversário e tem tudo o que sempre quis – incluindo a sua namorada de longa data, Jenna. Mas quando ela engravida ele receia que o casamento se torne numa pena perpétua de obrigações e rotinas. Basta olhar para Anna, a mãe de Jenna, uma mulher presa num casamento sem amor, como prova que a liberdade é sinónimo de ser solteiro.


No dia do casamento do seu amigo Mark, Michael é fortemente tentado quando conhece Kim, uma estudante sensual e descontraída que personifica toda a espontaneidade que falta na sua vida.

Entretanto, os amigos dele sofrem com as suas próprias complicações românticas.Chris é pai de um bebé e casado com uma mulher que o isola da sua vida. O desolado Izzy perdeu a rapariga dos seus sonhos e quer recrutar os seus companheiros para se juntarem a ele numa viagem alucinante para conhecerem o mundo. Kenny, um sedutor nato, amorosamente divertido que adia definitivamente o amanhã para viver o hoje em aventuras de uma noite.

Apesar dos seus melhores instintos, Michael finalmente tem um encontro "fora de horas" com Kim que passa dos limites com um beijo de despedida inocente. Será que também poderá dar um beijo de despedida ao seu futuro? Quando Jenna descobre a verdade, provoca uma escandalosa e selvagem guerra dos sexos em que cada um está por sua conta.»
Do argumentista de “MILLION DOLAR BABY: SONHOS VENCIDOS” e co-autor de “CRASH – COLISÃO”.
Título original: The Last Kiss
Género: Com, Dra, Rom
Classificacao: M/12
Estúdios: Lakeshore Entertainment
EUA, 2006, Cores, 115 min.
Um excelente filme!
Os medos, os amores, as paixões, as relações, as crises, os 30... Tudo, com drama, comédia, romance. E que nos deixa a pensar.
Leva 5 estrelas.
Por vezes tão pouco é tão suficiente.


"As liberdades não se concedem, conquistam-se"
Piotr Kropotkine

terça-feira, 24 de abril de 2007

Blogues - as minhas nomeações!


Anda para aí a rodar nos blogues o Thinking Blogger Award.

A minha escolha é mesmo tendo em conta “thinkers” acima da média. Há muitos bons blogues (e estão ali ao lado, na minha restrita e elitista lista), mas que talvez se enquadrem melhor em outras categorias. Tal como os que aqui ficam também poderiam caber em outras categorias.
Eu fui escolhido pelo Sequestro Emocional, do meu amigo Rigueiro. Que considera o GONIO um digno nomeado para estes prémios.

A regra é cada blogger escolher cinco… Cá ficam as minhas “nomeações”:

- Trambolhão
Simplesmente. Porque é poesia, espontaneidade, ternura, humor, beleza, profundidade. E eu gosto. Em tão poucas palavras – e aos trambolhões – a Inês deixa cair sentimentos como raios de sol, e deixa uma gota de orvalho em cada linha. Quando uma curta frase diz tanto.
Podia apenas dizer “porque sim”, mas seria tão pouco… Tinha de ser a primeira escolha!

- Segredos ao Pôr-do-Sol
Sente, pensa, escreve. Tem raivas, sorrisos. Gosta de gatos. De paisagens. De paz. E por vezes, escreve de mais… p

- Alcómicos Anónimos
Sem regularidade certa, o humor aqui é uma regra de ouro. Desconstruindo os acontecimentos, dando sentidos alternativos à realidade. Para quem gosta de uma boa gargalhada – muitas vezes com coisas muito alternativas – vale a pena visitar.

- Estado Civil
Do Pedro Mexia. Um típico blogue masculino, de um crítico literário (ou seja lá o que for…). Tem máximas, sentenças. Fala da vida, da arte, da literatura, de homens e mulheres. Um desencantado da vida. Mas que dá gozo ler.

- Abrupto
Diariamente. José Pacheco Pereira, um dos políticos mais livres que para aí há. Diz o que pensa, sem dramas partidários, sem dependência do PSD. Um livre-pensador. Com dois ódios de estimação: Paulo Portas e Pedro Santana Lopes.
Um blogue político, não podia deixar de citar este. Pioneiro nestas lides blogosféricas e um dos mais importantes do panorama nacional. O melhor e mais importante blogue na sua área. E que vai sempre para além da espuma dos dias, e muito para além da política (vejam a paixão pelas descobertas espaciais).

Blogues - a minha escolha

Andando a navegar aí pela noite da blogosfera, descobri estas duas estrelas:
O primeiro é da Rita Ferro Rodrigues... sim, essa mesmo! E é poesia blogosférica.
O segundo é... poesia e amor puro!
Vão ali para o lado. Já!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Cantinho do poeta - 17

Porque é dia do livro, e a poesia é uma das melhores formas de pintar um livro, cá fica um poema de Eugénio de Andrade, incluído no livro Os Amantes Sem Dinheiro.

VIAGEM

Iremos juntos separados,
as palavras mordidas uma a uma,
taciturnas, cintilantes
- ó meu amor, constelação de bruma,
ombro dos meus braços hesitantes.
Esquecidos, lembrados, repetidos
na boca dos amantes que se beijam
no alto dos navios;
desfeitos ambos, ambos inteiros,
no rasto dos peixes luminosos,
afogados na voz dos marinheiros
.

Imagem sem palavras - 9


O falso azul da atmosfera do SOL a 1 milhão de graus foi hoje capturado pelo telescópio de imagens ultravioleta SECCHI/Extreme a partir da Observatório da Agência Solar Terrestre. ©AP (semanário SOL)

Vive la France!


Como é público, sou de direita. Mas tenho receio de uma chegada de Sarkozy à presidência da França.
Tem umas ideias absurdas: criar um ministério da nacionalidade francesa (ou lá o que isso é), e é contra a adesão da Turquia à UE.
Isto é tudo o que a Europa - e a França - não precisam para nada!

Porque é dia do livro....

Dia Mundial do Livro.
De um leitor que já leu mais do que agora, mas que continua a gostar de ler.

Lisboa, transforma-se na cidade do livro. Até à feira respectiva.

Boris Ieltsin


Boris Ieltsin morreu hoje, aos 76 anos.

Foi ele que teve a coragem de subir para cima de um tanque em Agosto de 1991, travando assim um golpe comunista. E terá permitido a democratização (!) da Rússia. Ao mesmo tempo que contribui para que a ex-URSS não se transformasse numa espécie de Balcãs em grande.

Mas foi também na sua presidência que se deu a ascensão dos oligarcas, do empobrecimento (ou da descoberta…) económico do país e das suas populações, que se deu a guerra da Tchetchénia.

Ficarão para sempre na memória as suas gaffes. Os "tropeções" em cerimónias oficiais. Dançar em público. Fazer umas “festinhas” a algumas mulheres presentes em reuniões…

domingo, 22 de abril de 2007

Imagem sem palavras - 8

Podgora - Croácia

Pudera eu alguma vez agarrar a minha alma

para ela não fugir de mim...

(escrito por mim em Novembro 2002)

O Véu Pintado


"Baseado no romance clássico de Somerset Maugham, “O Véu Pintado” é uma história de amor passada nos anos 20 que nos conta a história de um jovem casal britânico, Walter, um médico da classe média e Kitty, uma mulher da alta sociedade, que casam pelas razões erradas e se mudam para Xangai, onde ela se apaixona por um outro homem.
Quando Walter descobre que a mulher lhe é infiel, aceita, num acto de vingança, um lugar numa aldeia remota da China, devastada por uma mortífera epidemia, e leva-a consigo.
A sua viagem traz um novo significado à sua relação e à sua essência, num dos mais belos e remotos lugares ao cimo da Terra."

Realização: John Curran
Com: Naomi Watts, Edward Norton, Liev Schreiber, Toby Jones

Nesta soalheira tarde de domingo fui ver O Véu Pintado. Já estreou há muitas semanas, mas ainda não tinha tido curiosidade suficiente. Decidi-me a ir vê-lo após ter lido uma opinião positiva num blogue qualquer.
Fui a uma sala alternativa, o Quarteto. É o velho cinema do passado. Os velhotes sentados no café. O aspecto antigo do espaço. Alguns VIPs: Carmen Dolores e Maria Barroso.

O filme… bem, o filme é bom. A fotografia amarelada faz-nos sentir a humidade dos locais em que se desenrola a história.
Salvaguardando as devidas distâncias, é uma espécie de “Dharma & Greg”. Ela com o espírito livre, ele certinho, penteadinho, ortodoxo.
A certa altura, quando se começa a dar a aproximação entre Walter e Kitty, ela diz-lhe que as pessoas não são como os seus micróbios, previsíveis. E essa é a riqueza das pessoas: os caminhos imprevisíveis, os erros, os perdões, os post its sentimentais.

A melhor descrição do filme é mesmo o seu slogan: "Por vezes, a maior viagem é a distância entre duas pessoas."

QUASE


Luis Fernando Veríssimo, um cronista brasileiro, escreveu este texto magnífico:

“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”

CDS - ecce homo


«Paulo Portas arrancou ontem uma vitória esmagadora sobre Ribeiro e Castro nas eleições directas do CDS-PP, regressando assim à liderança do partido dois anos após se ter demitido na sequência da derrota nas legislativas de 2005.
Dos 7563 votantes, Paulo Portas recolheu 5642 votos (74,6 por cento) e Ribeiro e Castro 1883 (24,9 por cento), tendo-se registado 38 votos nulos e em branco. À excepção de Viana do Castelo, que deu vantagem ao líder cessante, Portas ganhou em todos os distritos, o que representa uma vontade clara dos militantes em romper com a prometida continuidade do projecto de Ribeiro e Castro.» (PÚBLICO)

«"Compreendo a satisfação dos que, ao longo dos dois últimos anos, se concentraram no objectivo de oposição interna e vêem assim coroados de êxito os seus esforços", afirmou o também eurodeputado. Que fez um apelo a que ninguém deixe o partido.» (DN)

Consumada a mudança, agora a oposição.
Espero que consistente, não apenas de show off, com novidades. Com políticas alternativas.

O facto de Paulo Portas só hoje ter reagido oficialmente aos resultados - e à sua eleição - é apenas a prova de que ninguém como ele sabe, e pode, criar factos políticos.
Ontem, toda a comunicação social falou das eleiçoes directas no CDS. Hoje têm de falar do discurso de Portas.
E hoje voltou a falar da intenção de um grande partido de direita...
Uma coisa é certa: voltou a política por gozo, maquiavélica, com acções fortes e de encher o olho. Viu-se na declaração de hoje de Paulo Portas. Aquele mal disfarçado sorriso...
Portugal tem alguns políticos que têm gozo em estar na política, ou em fingir que estão fora: Mário Soares, AlbertoJoão Jardim, Marcelo Rebelo de Sousa, e Paulo Portas.

sábado, 21 de abril de 2007

Imagem sem palavras - 7

Pôr-do-sol no Jardim do Mar - Madeira

Estar despenteado…


Ter o quarto com obras é o caos! Nada está onde deveria estar. Para encontrar seja o que for, é necessária muita ginástica. É pó. Tudo branco. Nada no sítio. Falta de espaço.
Talvez umas velas perfumadas para disfarçar este espaço incerto. Luz. Perfume. Cor.
É certo que o Eduardo Sá gosta muito de dizer que, de vez em quando, só faz bem despentearmo-nos por dentro… Não me parece que seja o caso.
Pelo menos por fora, não gosto de me despentear. É também por isso que odeio vento. Sim, irrita-me profundamente! Mas uma vez por outra até gosto do vento. E deixar o cabelo voar ao seu sabor. Só são necessárias duas condições: estar muito calor, e estar muito bem disposto. Quando o meu espírito “beto” vem ao de cima….

Quanto a despentear por dentro… não sei falar disso. Não sou psi. Lol

The Gift - Music

CDS - a escolha


Depois de um processo desencadeado de forma vergonhosa, finalmente hoje vamos escolher o novo presidente do CDS. Ou José Ribeiro e Castro, ou Paulo Portas.

Ambos têm aspectos positivos. Ambos têm aspectos negativos. Ao fim do dia, ou amanhã, saberemos quem é o novo rosto do partido.
A campanha interna - infelizmente - não foi muito rica. Afloraram alguns temas novos, mas muito pouco. E mais da candidatura de Portas. O ambiente.
Houve muitas acusações, muita atitude sonsa.
O partido saiu fragilizado desta disputa da liderança. Olhou para o umbigo e deixou o governo sem oposição. O PSD não existe.

Na sede, mais gente do que nas últimas eleições directas. Militantes mais velhos, mais jovens, conhecidos, anónimos. Uma eleição normal.
Espero que após esta contenda - e seja qual for o resultado - a direita (e Portugal) tenha um partido a fazer oposição ao PS e ao governo de Sócrates.

Imagem sem palavras - 6

Belém - marina e Padrão dos Descobrimentos

Untitled

Deito-me mas não adormeço.
Rebolo nos pensamentos.
Os minutos passam. São sempre seguintes.

(02h15)

Divagações com sono - ainda

Ainda às voltas pelo que os outro escrevem e que eu não sei dizer, encontrei um pequeno texto. Com tanta simplicidade e com tanta coisa que só o posso copiar. É de um Liquid Tension Experiment.
«Gosto de ti.
Digo-o com a toda a força, mas bem baixinho para não o ouvires. Sinto tudo bem dentro de mim, tenho uma explosão constante de gritos bem no coração. É um barulho imenso e ensurdecedor. Mas que mais ninguém o ouve.
É verdade, gosto de ti. Digo-o ao vento, bem baixinho gosto de ti, e espero que o vento leve as minhas palavras para o stio certo. Mas também não tens que as ouvir, basta sentires bem o que o meu coração grita.
Abro os braços e sinto-te a chegar. Olho para o céu e sei que estás aí à espera que te diga isto. Mas apenas o digo baixinho, tão baixinho que não consegues ouvir.
Sopro-te ao ouvido no teu sono profundo, palavras suaves e silênciosas. Quero que as ouças, deséjo-o, mas sei que ao balbuciar estes sopros não os vais ouvir. Mas desejava tanto que os ouvisses.
No fundo não tenho coragem para te gritar à espera que as ouças. Mas mais que as ouvires, gostava que as sentisses.
Sei que as vais sentir, acredito mesmo que já estás a sentir bem dentro de ti os meus gritos mudos "gosto de ti"»

Divagações com sono

Embora esteja com umas olheiras que me devem chegar aos joelhos, não me apetece ir dormir. Vou andado por aqui, abrindo e fechando janelas, entrando e saindo de mundos que também existem. Cansado, pensamentos vêm e vão. Flashes.
Vou lendo blogues, pensamentos, palavras, sentimentos. E a vontade de dormir ali, ao pé dos olhos.
Vão passando pela cabeça coisas que vi na série “Irmãos e Irmãs”, o post dos Segredos… Leio frases que gravei no telemóvel dessa série da RTP2: “não amamos as pessoas que amamos por serem perfeitas. Amamos as pessoas que amamos por serem”; ou uma outra do episódio desta noite: “é melhor perceber como deixar alguém entrar”.
Apenas palavras, com sentidos difusos, que se esfumam na noite. Palavras. Silêncios. Estados de alma. Ansiedades. Porquês.

Num filme que vi recentemente, ao estilo de “Clube dos Poetas Mortos”, mas no qual Julia Roberts é a professora, salta esta frase de uma voz-off: “nem a todos os que vagueiam falta o rumo”. Talvez.

Se calhar, o melhor é ir dormir. Amanhã será outro dia.

Portugueses sem rendimento para IRS



Uma frase, duas realidades:
- somos um país cheio de pobres;
- somos um país com muita fuga ao fisco.


sexta-feira, 20 de abril de 2007

Casino, The Gift, e…


Ontem o Casino de Lisboa assinalou um ano.

E fê-lo com uma série de actividades, entre as quais um concerto dos The Gift – a melhor banda portuguesa!
Pela primeira vez fui ao Casino de Lisboa. Um edifício muito bonito, atraente. Gostei da arquitectura! Da cor! Da luz! Só tirei muitas fotografias…!





Estava uma noite agradável. Muita gente. Muita gente famosa. Bonita. Bem vestida. As tias a fazer de meninas. As meninas com muita coisa à mostra. Com os olhos bonitos. Sedutores.
Pelas 23h30 começou o aguardado concerto. Pontual. O som… muito mau! As colunas estavam viradas para o palco, para dentro da Arena Lounge. A ideia do palco é boa: uma estrutura semi-elevada, com abertura para os três pisos do Casino. O efeito é péssimo!
Quem conhecia as músicas, cantarolava ou trauteava. Quem não conhecia ficava a ver o que era aquilo. Nem quando a Sónia Tavares – que tem uma voz forte – falava conseguíamos ouvir.
A juntar ao “não se ouve”, o facto de termos cara de passadeira. Onde ficámos toda a gente passava para um lado e outro. Para as máquinas e para fora. Para o bar. Se tivéssemos cobrado apenas 5,00€ a cada transeunte, não precisaríamos de trabalhar durante pelo menos um mês!
Mesmo sem estar até ao fim do concerto, estivemos mais de uma hora ali.

À saída, quase à 01h00, animação. Com malabaristas (ou lá o que era…), cor…



Fiz um pequeno vídeo quando os The Gift interpretaram “Fácil de Entender”, mas por comodidade deixo apenas um que retirei do YouTube:





quarta-feira, 18 de abril de 2007

Imagem sem palavras - 5

Na fachada da FCSH, na Av. de Berna (Lisboa)

Lisboa e a paisagem

"A capital é, no fim de tudo, o único ponto vivo desta fétida lesma morta que se espapa à beira do velho Atlântico, sob o nome desacreditado de Portugal."
Eça de Queirós, em A Capital

Uau! 2

O presidente do conselho de administraçao do Estoril Sol (casinos...), Mário Assis Ferreira, esta noite na SIC Notícias, disse esta coisa estonteante:
"Os casinos em Portugal são uma peça nuclear para a retoma da economia e a criação de emprego".
Sugiro desde já a abertura de um casino em cada esquina deste quadrado à beira-mar plantado...

Uau!


Pois é… qual promiscuidade/controlo dos socialistas e da comunicação social…? Tretas!
Chama-se serviço público!

Só apetece Eça de Queirós:
- "uma choldra, uma choldra!"
- "Todo o esforço é inútil neste desgraçado país!"

segunda-feira, 16 de abril de 2007

O padrinho babado de uma afilhada maluca


A minha primita (e afilhada) fez-me uma semi-surpresa que já tinha anunciado várias vezes ao telefone: mandou-me um postal feito por ela.
Ela já tinha ficado furiosa e triste por nunca mais chegar a carta dela. Já tinha dito que ia aos correios com o pai para reclamar. Já tinha perdido as esperanças.
Como vinha num envelope mais pequeno que o formato normalizado, pensámos que se tivesse extraviado.
Mas eis que hoje chegou o postal da miúda! Está giríssimo. E carregado de carinho.
GOSTEI!
Ela, cada vez que fala comigo, pergunta 350 vezes quando é que vou lá. É nisto que dá ter um padrinho que é tão (ou mais…) infantil como ela. E eu, juntamente com a minha tia-madrinha dela, somos os únicos que, quando lá vamos, temos tempo, paciência e criatividade para uma miúda de 5 anos.

Sei que isto é muito privado, tendo em conta o conteúdo deste blog, e o que costumo cá pôr, mas acho que vale a pena destoar.
Uma orlandice. Talvez uma lamechice.
Mas… adorei!

É da minha pirralhita! :)


A misteriosa chamada…

Hoje à tarde "recebi" uma chamada anónima. Mesmo anónima. Se quem me telefonou, por algum acaso ler este blogue, cá fica a hora: eram 16h33.

Por regra, tenho o telemóvel sem som lá no trabalho. Tal como quando ando na rua. Orlandices, eu sei. Passei a usar esta filosofia depois de ter sido assaltado o ano passado no Metro.
Como não estava na sala, nem me apercebi do telemóvel a vibrar. Só mais tarde é que vi que um “número não identificado tentou ligar-lhe”. Uau! Que preciosa informação…
Ainda pensei que pudesse ter sido do dentista, a confirmar a minha presença na consulta do fim do dia… Mas também esqueci de confirmar lá. Parvo!
Sou daqueles que raramente atende um número anónimo – o que é uma parvoíce. Antes dos telemóveis, todos os telefones eram anónimos. Talvez seja por isso que sempre tive alguma aversão aos telefones. Lembro-me de, quando era mais pequeno, a minha mãe dizer para ir falar com algum familiar e eu me recusar porque não sabia quem estava no outro lado… Orlandices!
Voltando aos telemóveis… embora frequentemente recuse a chamada anónima, fico com a curiosidade de saber quem era. O que tinha para me dizer. E esse “bichinho” fica-me a fazer cócegas muito tempo, até por vários dias.
O truque, para os interessados, é só um: se o anónimo insistir muito, eu acabo por atender. A curiosidade tem destas coisas…

Quem será? Quem terá sido? Seria importante? Serias tu? Seria o outro? Seria o destino?
Se fosse numa igreja, ao menos saberia que Deus não teria sido. À entrada de algumas igrejas há uma folha: “Desligue o telemóvel. Deus não vai ligar-lhe enquanto estiver cá dentro”.

Me liga, vai! :)

Dia da voz