segunda-feira, 31 de maio de 2010

Defender Cascais

Se isto é verdade...

"A CM de Cascais prepara-se para substituir a calçada portuguesa da zona histórica, por uma calçada branca, quadrada, de grande dimensão, tipo hospitalar, cuja manutenção é cara e complicada, cuja substituição morosa e muito lesiva para o já depauperado comércio local, e cujas vantagens são bastante discutíveis. A calçada tradicional portuguesa, é um dos icones da nossa cultura, e um grande atractivo turístico, bem como uma das poucas coisas que ainda nos vai diferenciando neste mundo global e tristemente homogéneo. Defendamos o nosso património, e travemos esta iniciativa obscura e altamente lesiva dos interesses de todos os que prezam Cascais e a sua cultura."

vamos subscrever a petição contra aqui.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sondagens...

O barómetro para a TSF e DE de Maio/10 dá isto:

PSD - 43,9%
PS - 27,6%
BE - 7,7%
CDS - 7,5%
PCP - 7,1%

Mas a nossa é melhor q'a deles...

"Os preços da electricidade para as famílias caíram 1,5 por cento na União Europeia, entre o segundo semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009, mas subiram 4,5 por cento em Portugal, segundo dados hoje publicados pelo Eurostat.

Os números do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) revelam ainda que os preços do gás caíram, tanto no conjunto da união como em Portugal, mas a queda foi muito mais acentuada na média comunitária (16 por cento), do que em Portugal (5,5 por cento).

O preço da electricidade em Portugal no segundo semestre de 2009 encontrava-se abaixo da média comunitária (15,94 euros por 100 kWh, contra 16,45 no conjunto dos 27), mas, tendo em conta o poder de compra, era mais elevado (18,61 euros, contra 16,45 na UE).

Quanto ao gás doméstico, o preço em Portugal no segundo semestre do ano passado era superior ao da média comunitária, tanto em termos absolutos (16,52 euros por gigajoule, contra 14,67 na UE), como levando em linha de conta o poder de compra (19,28 euros, contra 14,67 da média da união)." (PÚBLICO)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Um blogue

Nocturno.

Fotografias de uma beleza rara.
Textos a seguir.

Reiki

"O Reiki é uma forma de terapia de origem japonesa baseada na manipulação da energia vital (ki) que, através da imposição das mãos, num toque muito suave, tem como objectivo restabelecer o equilíbrio vital e, assim, eliminar doenças, promover saúde, auxiliar em tratamentos físicos médicos e ainda harmonizar o sistema nervoso, proporcionando uma maior tranquilidade.

O terapeuta, devidamente credenciado, diplomado e claramente sintonizado com toda a filosofia harmoniosa do principio do Reiki, com energia Universal, vai preencher o corpo e a aura de quem a recebe e colmatar as suas deficiências energéticas, reparando e abrindo os seus canais energéticos (meridianos), removendo bloqueios e trazendo uma nova força ao paciente.

A energia Reiki cura ao passar pelo bloqueio do campo energético, elevando o nível vibracional em todos os nossos corpos, incluindo o físico e dissolve barreiras formadas por nódulos originados em pensamentos e sentimentos prejudiciais, aumentando infinitamente a qualidade da vida.

Uma sessão de Reiki é um milagre de abundância: ao paciente é enviada toda a energia que necessita, sendo que o terapeuta reikiano é o canal de ligação ao Cosmos que doa infinitamente. Por isso, quem quantifica a energia a ser recebida é sempre o paciente – ainda que de forma inconsciente –, e não o terapeuta, que age apenas como canal." (via Clínica Aurora)

terça-feira, 25 de maio de 2010


Hoje vi jacarandás floridos em Lisboa!


A dar as últimas...

É, parece que o Governo, a par do país, está a dar as últimas.
A semana passada foi a trapalhada do aumento dos impostos (quando sobe, o que sobe, a partir de quando se aplica...); hoje foi a trapalhada do aumento-não aumento-ninguém sabe se aumentam os transportes públicos...
Não é habitual o governo de Sócrates se enredar assim sistematicamente. A desorientação anda a pairar para os lados de S. Bento...

No Sapo, hoje, havia esta sequência curiosa de notícias:


Para finalizar, um post-it do Corta-fitas:

"Do outro lado do Atlântico, aumentam o imposto sobre o chá e a gente subleva-se, fundando a maior potência do mundo. Deste, aumentam o imposto sobre o pão, o arroz, as batatas e os salários (encapotando umas vergonhosas retroactividades) e a gente fica-se, na maior impotência do mundo. E ainda há quem se insurja contra a desigualdade entre os homens."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Um campeão


União de Leiria
FCPorto
Chelsea
Inter de Milão
Real Madrid...

O país precisava de ter a forma de pensar e agir de Mourinho. Estuda, analisa, motiva, trabalha, joga, ganha.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Castelhano técnico

Ouvir Sócrates falar em castelhano técnico é absolutamente confrangedor!
Foi na segunda-feira numa conferência qualquer em Madrid, foi esta manhã numa rádio espanhola...
Parece um qualquer português a achar que sabe falar espanhol.
É de uma saloiice completa.

Quanto chefes de governo vêm a Portugal e falam em português técnico, hein?

Obrigado, Estado

"Nova taxa do IRS vai mesmo apanhar todo o rendimento de 2010

Todos os salários e subsídios (de férias, de Natal) recebidos desde o início deste ano vão pagar mais IRS. Na quarta-feira passada o i titulou, correctamente, que a nova taxa agravada do IRS vai afectar todo o rendimento de 2010.
Só que, nesse dia, e apesar das insistências, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e o gabinete do ministro, Teixeira dos Santos, não quiseram ou não tiveram capacidade para explicar o que realmente tinham em mente: diluir as taxas especiais do IRS (de 1% e 1,5% em sete meses do ano) pelo ano todo. Ontem, as Finanças até fizeram um comunicado, mas continuaram sem dar a explicação completa. Hoje, finalmente, o ministro das Finanças esclareceu como vai funcionar o novo esquema do IRS, na conferência de imprensa que se seguiu ao conselho de ministros.
Por esclarecer ainda fica a questão da retroactividade da nova taxa, problema que poderá ser facilmente levantado pois, na prática, o Estado vai cobrar mais impostos a rendimentos passados (auferidos de Janeiro a Maio).

As novas sobretaxas de IRS de 1% (para rendimentos superiores a esse valor) serão aplicadas de forma uniforme e equivalente ao rendimento do ano todo. Por exemplo: uma família com um rendimento de 12 mil euros brutos ano está hoje sujeita a uma taxa normal de 10,5% no IRS. A sobretaxa equivalente é 1% sobre sete meses ou 0,58% sobre 12 meses. Logo, a nova taxa agravada de IRS será 10,5% mais 0,58%, ou seja, 11,08%, explicou o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos."

Cortar nas despesas (por exemplo, um TGV que vai para nenhures, nem para Espanha...) é que não.
E, com esta trafulhice, vamos pagar impostos retroactivamente: será 1% para todo o ano e não o proporcional para os meses de Julho a Dezembro (7 meses).
Obrigado, Estado.

Cantinho do poeta - 64

Volto a este cantinho com as conhecidas palavras de Augusto Gil:

BALADA DA NEVE


Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Juventude: sentir-se e sê-lo

"Uma pessoa sentir-se mais nova do que é na realidade influencia as suas capacidades cognitivas, ao ponto de ter resultados acima do esperado para a idade, mostra um estudo da Universidade Pordue, EUA.
Entre 1995 e 2005, cerca de 500 pessoas com idades compreendidas entre os 55 e os 74 anos foram avaliadas. A sua idade cronológica foi comparada com a sua idade subjectiva - ou seja, a idade que têm e a que sentem ter. Aquelas que se sentiam pelo menos dez anos mais jovens do que eram de facto, uma década depois, "tinham mais confiança nas suas habilidades cognitivas"
(...)
o desejo crescente de nos mantermos jovens faz-nos procurar actividades e novas tendências - o que pode efectivamente ajudar a mantermo-nos activos" (jornal I)


Bem... eu já vou bem avançado nesta comparação: ainda o ano passado me deram, uma semana antes de fazer anos, menos 7 a 8 anos do que a idade cronológica.

Mais ou menos a propósito deste estudo, um assunto em destaque no Metro de hoje: "vidas adiadas até aos 35 anos", sobre a questão da infertilidade. E aponta: "9% é o valor da taxa de prevalência da infertilidade em Portugal em idade reprodutora, isto é, relativa a casais que ainda podem sert tratados e ter filhos".

Parafraseando - 83

"A felicidade está na liberdade, e a liberdade na coragem."

Péricles

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Jacarandás em Lisboa

António Barreto já assinalou que há jacarandás floridos em Lisboa este ano.
Estou ansioso por partir à descoberta, de máquina fotográfica em punho...

sábado, 15 de maio de 2010

Mudar de páginas

Após ter lido 170 das 305 páginas de A Mão Esquerda de Deus, deixo-o para outra oportunidade. Não me está a agarrar, este livro de Pedro Almeida Vieira.
Vou para A Papisa Joana, um romance histórico sobre o qual tenho ouvido muito boas impressões.

Olho agora para ambos os títulos e passa-me pela cabeça que ando a esmiuçar o passado da maior instituição religiosa de sempre... curiosamente os dois livros debruçam-se sobre personagens cuja factualidade histórica é controversa.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Desigualdades

Num mail recebido hoje:

"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)

E são estas "inteligências" (?) que chamam a nossa atenção: "os portugueses gastam acima das suas possibilidades".

quarta-feira, 12 de maio de 2010

As medidas

Já começaram a ser noticiadas as medidas do governo para combater o défice/crise/desgoverno:

- tributação extraordinária de 1% nos salários até 2375,00€, e 1,5% para salários superiores. (excluídos quem recebe salário mínimo);
- subida de 1 pp em todas as taxas de IVA: 20% -> 21%; 12% -> 13%; e 5% -> 6%;
- empresas pagam taxa adicional de 2,5% sobre os resultados.

O PSD exige ainda reduções dos salários dos políticos (a todos os níveis: central, regional e local) e nas empresas públicas.

Se mal pergunte: e as medidas do lado da despesa? (medidas reais, não cortes no subsídio de desemprego e nos valores dos mais desfavorecidos).

A circularidade da História

"...Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá... vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".

Eça de Queirós, in As Farpas, 1872

terça-feira, 11 de maio de 2010

David Cameron já é primeiro-ministro do RU

"O conservador David Cameron já foi empossado como primeiro-ministro, sucedendo ao trabalhista Gordon Brown. O líder dos Tories anunciou que deseja governar em coligação com os Liberais Democratas." (Público)

As eleições foram na quinta-feira passada... hoje é a terça-feira seguinte. Menos de uma semana, hein?
Em Portugal, para o novo primeiro-ministro tomar posse, demora semanas!


No Corta-fitas:

"David Cameron, líder do Partido Conservador, entrou há minutos pela porta principal do n.º 10 de Downing Street como novo primeiro-ministro de Inglaterra, depois de convidado pela rainha para formar governo.
Que diferença o percurso de automóvel até lá, numa comitiva de 3 carros, circulando devagar por entre o trânsito, os peões e os ciclistas.
Que diferença de civilização e civismo, que diferença de visão e de democracia em relação aos senhoritos que correm e se esbarrondam a 120 km/h, que fecham avenidas e cidades inteiras para chegarem atrasados aos destinos da sua insignificância.
David Cameron discursou há minutos, como primeiro-ministro, antes de entrar no n.º 10, sobre a reabilitação dos valores e da família.
Que diferença em relação a essas causas fracturantes, arcaicas e suicidas com que em Portugal gente medíocre envelhece e desarticula um país, e tenta distrair as atenções da gravidade de uma crise que cavou.
À porta do n.º 10 de Downing Street, Cameron, o novo primeiro-ministro inglês, apelou ao trabalho, e destacou o papel do mérito.
Que diferença faria em Portugal uma educação com estes critérios, a que altura pairaria sobre a noção do social-eduquês, que produz boas estatísticas e 3/5 de analfabetos funcionais entre a população escolar.
David Cameron apelou aos ingleses para que perguntem o que podem fazer, e não aquilo a que têm direito. Sublinhou: que os que podem, façam; os que não podem serão protegidos. Por outras palavras - como lembrou há pouco Lord Heseltine - é o que disse Churchill: uma rede abaixo da qual ninguém pode cair, mas acima da qual todos podem voar até onde queiram.
Que diferença da rede portuguesa, abaixo da qual os socialistas querem todos, pedindo, mal assistidos, e acima da qual se querem ver só a eles, mais dois ou 3 banqueiros, mais 2 ou 3 amigos das empresas.
Que diferença entre um país civilizado e este país aperreado, exaurido, medíocre, pobre, socialista."

Bento XVI em Lisboa

Se há coisa que não consigo entender face a Bento XVI, é a raiva, a má-vontade, o quase ódio que muitos destilam em relação a ele. Apenas porque este não é o one man show que João Paulo II foi, por ser mais reservado, por ser um intelectual.
Uma pergunta básica: o que mudou na Igreja de tão mau com Bento XVI face ao Papa anterior? Nada.
Bento XVI segue as mesmas pisadas do João Paulo II, no sentido do ecumenismo, da compreensão do mundo, na condenação do niilismo, etc, etc, etc.

"Bento XVI defende a racionalidade da fé e, desde o primeiro dia, tem posto o acento tónico na luta contra o relativismo, moral e não só, da sociedade ocidental. Para quem escolheu o nome de Bento (padroeiro da Europa) e para quem percebe que a Europa é cada vez menos católica mas que, ainda assim, manterá essa marca indelével porque é fundadora da nossa civilização, eis algo que tem um enorme significado. Um significado que passa pela defesa de valores claros, muitas vezes em contramão com a tendência da sociedade actual." (editorial do jornal I, hoje)


Álbum de Bento XVI em Lisboa aqui.

Resolver o problema pelo lado errado

Em vez de se cortar na despesa (de facto, e não em versão propaganda), vai-se ao bolso de quem paga.

No PÚBLICO:

"Nova subida de IVA e tributação extraordinária do subsídio de Natal de toda a população, duas medidas ponderadas pelo Governo para garantir o novo objectivo do défice, têm o potencial para, este ano, gerar uma receita adicional para o Estado de mais de 3000 milhões de euros

Para cumprir a promessa feita aos parceiros europeus no fim-de-semana de colocar o défice em 7,3 por cento já este ano (o valor que estava previsto era de 8,3 por cento), o Governo precisa de encontrar, até Dezembro, poupanças ou receitas adicionais de cerca de 1700 milhões de euros. Para garantir uma verba desta magnitude em tão curto espaço de tempo - e sabendo que o adiamento das grandes obras públicas gera uma poupança irrisória no curto prazo - o executivo está a virar-se para medidas de efeito mais imediato e garantido.

A subida dos impostos indirectos, como o IVA, é a hipótese mais óbvia, mas em cima da mesa está também um cenário de tributação extraordinária do subsídio de Natal, tanto no sector privado como público. Ontem, o Diário Económico escrevia que eram estas duas medidas que estavam a ser pensadas pelo Governo e discutidas com o PSD. O potencial de receita deste tipo de medidas é bastante elevado, superando claramente o ponto percentual do PIB que é necessário para corrigir o défice este ano. Com a subida do IVA, os responsáveis do Ministério das Finanças têm, no passado recente, esperado uma receita média anual de 500 milhões de euros por cada ponto percentual de subida da taxa. Caso fosse aplicada a partir de Julho próximo, o Estado poderia arrecadar entre 225 e 250 milhões de euros por cada ponto de subida. Sabendo que uma alteração não deverá ir nunca além dos dois pontos percentuais - para 22 por cento -, o ganho potencial com esta medida este ano é de cerca de 500 milhões de euros.

Já um imposto extraordinário sobre o 13.º mês tem uma receita potencial bem superior, embora dependente da taxa a aplicar. A estimativa do PÚBLICO é a de que, caso esse imposto correspondesse à totalidade do ordenado, o Estado arrecadaria entre 2300 e 2400 milhões de euros. O valor pode ser calculado com base nas estatísticas da Segurança Social. O 13.º mês antes de impostos corresponderá a 2690 milhões de euros. O Estado já retira a sua parte com o IRS (a taxa média de IRS foi de 16,5 por cento - 440 milhões de euros), ou seja, a receita adicional efectiva seria de cerca de 2250 milhões de euros. Claro que o Governo pode optar por taxar apenas uma parte do valor do subsídio de Natal - em 1983, foi cerca de um quarto."


Entretanto...

Mário Soares: "Sem a terceira ponte [a linha do TGV entre Poceirão e Caia] passou a ser uma obra que não faz sentido" (in 'Diário de Notícias', via Corta-fitas).

Ora bem, cá está uma coisa óbvia da qual eu já tinha falado. A não ser que o TGV, ao aproximar-se de Lisboa, ganhe asas ou se torne anfíbio...

domingo, 9 de maio de 2010

À consideração dos benfiquistas...

Fico contente com a alegria de alguns, mas isto não é a felicidade.

-- // --

Notícia de última hora:
É oficial: o Papa Bento XVI vem a Portugal celebrar o título do Benfica, ao lado de Jesus.
Deus ainda não está confirmado.

David Cameron: o senhor que se segue

Uma mudança pouco convencida, por Teresa de Sousa, no Público.
No mesmo jornal, hoje, Vasco Pulido Valente aponta a causa desta vitória frouxa: Cameron "achou que precisava de se tornar a perfeita imagem do "politicamente correcto". E perdeu."

sábado, 8 de maio de 2010

Como escolher nome para um gato...

Depois do desafio que deixei há uns dias, com foto da menina, e de ter já recebido algumas ideias (algumas boas, outras perfeitamente estapafúrdias), eis que descubro que esta é uma questão de suprema dificuldade e que já ocupou o tempo a muitas pessoas. Algumas bem famosas.
Fica aqui este texto de T. S. Elliot:

Dar nome aos gatos é uma questão difícil,
Não é nenhum jogo de férias;
Podeis pensar que sou doido varrido
Quando vos digo que um gato deve ter TRÊS DIFERENTES NOMES
Antes de mais nada, há o nome que a família emprega diariamente,
Tal como Peter, Augustus, Alonzo ou James,
Tal como Victor ou Jonathan, George ou Bill Bailey –
Todos eles sensatos nomes de todos os dias
Há nomes de maior fantasia se achais que soam melhor,
Alguns para cavalheiros, alguns para as damas:
Tais como Plato, Admetus, Electra, Demeter –
Mas todos eles sensatos nomes de todos os dias
Mas, digo-vos eu, um gato precisa de um nome que seja particular,
Um nome que seja peculiar, e mais dignificado,
Senão, como pode ele manter a cauda perpendicular,
Ou estender os bigodes, ou encarecer o orgulho?
De nomes desta espécie dou-vos um quórum,
Tais como Muskustrap, Quaxo ou Coripat,
Tais como Bombalurina, ou então Jellylorum –
Nomes que nunca pertencem a mais do que um gato
Mas, mais acima e mais além, falta ainda outro nome,
E esse é o nome que jamais adivinhareis;
O nome que nenhuma investigação humana pode descobrir –
Mas o PRÓPRIO GATO sabe-o, e nunca confessará.
Quando se vê um gato em profunda meditação,
A razão, digo-vos eu, é sempre a mesma:
O seu espírito está em ávida contemplação
Do pensamento, do pensamento, do pensamento do seu nome:
Do seu inefável efável
Efanifável
Profundo e incontável singular Nome.

E há, pelas ondas da internet, várias páginas com sugestões de nomes para felinos (por exemplo, esta).

Há sopas em Tomar

Decorre este fim-de-semana o Congresso da Sopa, em Tomar.
Parece que abençoado pela chuva, como quando lá fomos há dois anos.

Goste-se ou não de sopa, Tomar é uma cidade a visitar!

Nudge...*

No Público:

"O primeiro-ministro anunciou o adiamento dos investimentos públicos “que ainda não estão adjudicados” como o aeroporto de Lisboa e Terceira Travessia do Tejo, de modo a acelerar a consolidação das finanças públicas.

Graças a este adiamento, o país deverá poder reduzir o défice orçamental português para 7,3 por cento do PIB este ano (contra 9,4 por cento em 2009) em vez dos 8,3 por cento que estão previstos no programa de estabilidade e crescimento, explicou.

O anúncio de José Sócrates foi feito no final de uma cimeira de líderes dos Dezasseis membros da zona euro reunida de emergência para enfrentar a grave crise da dívida que começou na Grécia e está a alastrar por vários outros países, incluindo Portugal, Espanha e Itália, e que põe em risco a sobrevivência do euro.

Todos os países com défices elevados foram forçados a dar passos concretos de aceleração da consolidação orçamental para convencer os mercados financeiros da seriedade com que os respectivos governos estão a atacar o desequilíbrio das contas públicas, esperando com isso dissuadir os ataques especulativos dos últimos dias.

No caso português os adiamentos potenciais visam “todos os investimentos que não foram ainda adjudicados, como é o caso por exemplo da terceira via, como é o caso do aeroporto, para que os possamos lançar num momento em que a estabilização financeira regresse aos mercados e possa haver maiores garantias de financiamento para que essas obras se possam desenvolver”, afirmou o primeiro ministro aos jornalistas.

Em contrapartida, “todas [as obras] que foram já financiadas, e que estão adjudicadas, essas devem continuar”, prosseguiu, frisando: “não seria razoável que o governo lançasse concursos para os quais pode haver dificuldades no seu financiamento. É preciso esperar por boas condições de mercado”.

Apesar disso, Sócrates nega que tenha mudado de opinião. “Não, não mudei de opinião, essas continuam a ser absolutamente indispensáveis à modernização do país. O que acho é que é razoável esperar para que a situação financeira estabilize por forma a poder lançá-las”."

(Os sublinhados são meus)

Já agora, o Engº podia incluir neste pacto o seu querido TGV, que vai adjudicar hoje.
Ainda ninguém me convenceu de que o TGV vai servir para transportar mais do que moscas. E vai ser pago a peso de ouro por todos nós.

* empurrãozinho.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cavaquês

"Eu sei muito bem o que estou a fazer"

"E sei muito bem o que é que devo fazer como Presidente da República"

Baste citar estas duas frases de Cavaco Silva, hoje, numa visita a Peniche, inserida no seu Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, para esboçar um sorriso e perceber o sentido lúdico que o PR também tem da política.

Ele anda aí.
E tem deixado avisos sobre muita coisa...

-- / / --

Pequeno episódio ocorrido comigo há umas semanas:
Estava uma banca a recolher assinaturas para a candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República, algures em Lisboa. Uma pessoa pela qual estávamos à espera tinha ido, surpreendentemente, subscrever a candidatura.
Uma senhora da comitiva chega-se a mim e pergunta se eu queria subscrever... respondo, automaticamente:
- não, eu voto na oposição. Vou votar Cavaco! :)

A passo de caranguejo - 3

Ontem o Caranguejo dizia isto:

"O Mundo
A timidez é uma condição alheia ao coração, uma categoria, uma dimensão que desemboca na solidão. (Pablo Neruda)
Lá vamos nós falar da zona de conforto. É preciso sair dela para conseguir mais do que tem! Sentado/a no seu sofazinho não vai acontecer grande coisa, verdade?"

Pronto...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Miau...

Procura-se nome para gatinha bebé.
Se fosse gato, seria Calvin.
Queria algo assim do mesmo género: engraçado, irreverente, carinhoso, com alusão a algum boneco de BD...

Deixem sugestões nos comentários, sff.

Tanta Lisboa por descobrir...

A partir desta foto da Luísa Correia, no Corta-fitas, descobri este cantinho central na baixa lisboeta: Largo do Duque de Cadaval, mesmo junto à estação de comboios do Rossio.
Acho que vou passar por ali no fim-de-semana...

E há ainda muita Lisboa por descobrir no álbum da Luísa Correia. Vale a pena ver!

"Emprego conveniente"


Em nome do PEC, da crise, e de sei lá mais o quê, o governo, com o alto patrocínio das confederações patronais, vai cortar o subsídio de desemprego.
Supostamente vão poupar 40 milhões de euros (valor que ninguém sabe de onde veio), uma gota no buraco que estão a cavar prosseguindo com obras públicas mastodônticas.
Olhando com atenção para o quadro que o Jornal de Negócios hoje publicou, percebemos o que isto vai dar. E percebemos a alegria do patronato com a nova filosofia de atribuição do subsídio de desemprego: vai baixar os salários já de si miseráveis a milhares de pessoas.
A conversa pateta de muitos viverem do subsídio de desemprego vai levar a uma redução geral dos salários, aumentando a pobreza e a miséria.
Uma pessoa cujo vencimento bruto seja de 550€ é obrigado a aceitar viver com 461,10€. Um corte de 16,2%. Passa de miséria para miséria.

Para além destas medidas contabilísticas e sovinas, esquecem um pormenor: as pessoas, empregadas, têm um determinado nível de vida. Só pelo facto de ficarem desempregadas, o nível de vida desce. E, através destas novas regras no subsídio de desemprego, as pessoas ficam ainda mais lesadas.

Enquanto neste país não se perceber que a solução passa por acabar com os pobres, e não com os "ricos", não saímos da cepa torta. Promover a indigência nunca levou a lugar nenhum.

sábado, 1 de maio de 2010

Importa-se de explicar?

“Não temos nenhum estudo que nos permita dizer qual a consequência orçamental da redução do subsídio de desemprego”, assumiu José Sócrates, em reacção a uma pergunta de Francisco Louçã.
(...)
José Sócrates destacou que a redução do subsídio de desemprego é uma medida justa. “Não acho que ninguém vai para o desemprego porque quer, acho é que há pessoas no desemprego que precisam de ter o incentivo certo para trabalhar”. (Público)

Ou seja...
- o governo tomou uma medida que irá penalizar milhares de desempregados sem saber qual o benefício disso na economia;
- o governo podia incentivar ainda mais os desempregados a voltar ao trabalho: acabar com o subsídio de desemprego.

Isto é do âmbito do delírio absoluto!

Dupla personalidade?

"O candidato presidencial Manuel Alegre considerou hoje incorrecto que perante o ataque especulativo contra Portugal Cavaco Silva faça afirmações que possam ser interpretadas como interferência nas opções do Executivo e como uma oposição ao investimento público." (...)
“Não me parece correcto que, em período de crise, perante o ataque especulativo contra Portugal e o Governo, o senhor Presidente da República faça afirmações que podem ser interpretadas como uma interferência nas escolhas do Executivo e como uma oposição ao investimento público”, apontou o candidato presidencial. (Público)

Este Manuel Alegre conhece o Manuel Alegre que tem dito o contrário?
Este Manuel Alegre conhece o Manuel Alegre cujo discurso é intervencionista na acção do governo?