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sábado, 4 de setembro de 2010

Os dias entretanto

Depois de vários dias de pausa, uns voluntários, outros por problemas técnico-informáticos, estou de volta.
Nada de extraordinário se passou entretanto. 
A não ser...

- o Eurostat diz que o desemprego subiu para 11%. O governo, através do secretário de Estado Valter Lemos, refuta os números. Argumento? O Eurostat não sabe fazer contas.
Nota: foi este mesmo Valter Lemos que há algumas semanas, quando os números do Eurostat indicavam que a taxa de desemprego passava de 10,9% para 10,8%, afirmava que era uma "inversão de tendência".

- foi lida a sentença do caso Casa Pia. Todos condenados, com mais ou menos anos de prisão efectiva. 
Tantos anos depois do início deste processo, não será este o seu ponto final. Os recursos dos acusados seguem nos próximos dias. 
Justiça com tanta demora não é justiça. Seja para vítimas, seja para acusados. (Já repararam como nos EUA o Sr. Madoff foi julgado e condenado em meia dúzia de meses, mas por cá o caso BPN se arrasta?).
Nisto tudo só há um facto que me faz coisas: ver Carlos Cruz envolvido nisto. Não quero acreditar que tal seja verdade.
(site de Carlos Cruz aqui: Processo Carlos Cruz)


- descobri que o Google Chrome é super rápido!

sábado, 31 de julho de 2010

Perspectivas

Há uns meses, o governo socialista de Portugal achou que os desempregados precisavam de um incentivo para voltar ao trabalho. Vai daí, arranjaram forma de reduzir os miseráveis subsídios de desemprego. E, a partir de Agosto, vão reduzir as prestações sociais considerando para rendimento e para agregado familiar coisas e pessoas que não o são. Enfim, os truques a que já nos habituaram.

Em Espanha, o governo, também socialista, "vai alargar, por mais seis meses, o programa de atribuição de subsídios a desempregados de longo termo". (TSF)

Admito que haja abusos na atribuição/benefícios de subsídios e apoios sociais, o que não se pode é, em tempo de enormes dificuldades para muitas pessoas e famílias, empurrar a grande maioria para a completa miséria.
Gostava de ver as Exas que promovem medidas destas a viver com dois salários mínimos nacionais - sim, o dobro da miséria com que muitos vivem. Certamente diriam como Van Zeller...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Emprego conveniente"


Em nome do PEC, da crise, e de sei lá mais o quê, o governo, com o alto patrocínio das confederações patronais, vai cortar o subsídio de desemprego.
Supostamente vão poupar 40 milhões de euros (valor que ninguém sabe de onde veio), uma gota no buraco que estão a cavar prosseguindo com obras públicas mastodônticas.
Olhando com atenção para o quadro que o Jornal de Negócios hoje publicou, percebemos o que isto vai dar. E percebemos a alegria do patronato com a nova filosofia de atribuição do subsídio de desemprego: vai baixar os salários já de si miseráveis a milhares de pessoas.
A conversa pateta de muitos viverem do subsídio de desemprego vai levar a uma redução geral dos salários, aumentando a pobreza e a miséria.
Uma pessoa cujo vencimento bruto seja de 550€ é obrigado a aceitar viver com 461,10€. Um corte de 16,2%. Passa de miséria para miséria.

Para além destas medidas contabilísticas e sovinas, esquecem um pormenor: as pessoas, empregadas, têm um determinado nível de vida. Só pelo facto de ficarem desempregadas, o nível de vida desce. E, através destas novas regras no subsídio de desemprego, as pessoas ficam ainda mais lesadas.

Enquanto neste país não se perceber que a solução passa por acabar com os pobres, e não com os "ricos", não saímos da cepa torta. Promover a indigência nunca levou a lugar nenhum.

sábado, 1 de maio de 2010

Importa-se de explicar?

“Não temos nenhum estudo que nos permita dizer qual a consequência orçamental da redução do subsídio de desemprego”, assumiu José Sócrates, em reacção a uma pergunta de Francisco Louçã.
(...)
José Sócrates destacou que a redução do subsídio de desemprego é uma medida justa. “Não acho que ninguém vai para o desemprego porque quer, acho é que há pessoas no desemprego que precisam de ter o incentivo certo para trabalhar”. (Público)

Ou seja...
- o governo tomou uma medida que irá penalizar milhares de desempregados sem saber qual o benefício disso na economia;
- o governo podia incentivar ainda mais os desempregados a voltar ao trabalho: acabar com o subsídio de desemprego.

Isto é do âmbito do delírio absoluto!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fingir que se resolve um problema agravando-o

Num destes dias, a propósito do PEC, o governo anunciou novas regras para o subsídio de desemprego.
Alegadamente, há 12 mil (ou 19 mil) vagas nos Centros de Emprego e ninguém para as suprir (ler a notícia no jornal I).

Certamente que haverá fraude no subsídio de desemprego.
Mas não deixa de ser uma palermice usar como argumento estas recusas. Meio milhão de desempregados não passarão a estar empregados devido ao apertar da malha na atribuição do subsídio de desemprego.

Quanto a mim, estas novas regras vão acabar todas nisto: pressionar os salários dos trabalhadores (TODOS!) para baixo. Ou seja, piorar o nível de vida de todos os portugueses.
Paralelamente a isto (e como estamos em tempo de apresentação de resultados das empresas), ver os lucros escandalosos de muitas entidades empregadoras. Basta estar atento aos resultados dos bancos, edp, PT, e afins...

domingo, 14 de março de 2010

A caminho da miséria

Ontem, após o Conselho de Ministros extraordinário, Teixeira dos Santos justificou os cortes no subsídio de desemprego dizendo isto: é um «incentivo ao regresso ao mercado de trabalho».
"Para um regresso mais rápido, o Governo prepara duas medidas: menor tolerância à rejeição de propostas de trabalho e redução do valor do subsídio." (DN)

Sugestão: vão mais longe; se não for pago qualquer subsídio de desemprego, talvez o desemprego desça dos 10% e acabe numa semana. Vá lá, tentem esta solução.

Estes senhores devem viver noutro planeta.

Medida muito acertada para colocar ainda mais na miséria este país.
Para reduzir o défice o que se faz? Aumentam-se os impostos, corta-se no essencial e continua-se a gastar em coisas desnecessárias e adiáveis. Reduzir despesas? Não. Rapa-se o tacho à procura de mais receitas.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um dia em revista

1 - Mark Malkoff, comediante nova-iorquino que sofre de uma fobia aos aviões, decidiu passar um mês inteiro em voo para tentar curar-se (Expresso).
Eu, cidadão não comediante e com fobia de andar de avião, não fui à Madeira no Natal passado devido a isso. E nunca optaria por um tratamento assim idiota.
E não me venham com a conversa que é o avião é o meio de transporte mais seguro e bla bla bla...
No I:
"Como em todas as fobias, ter medo de andar de avião é uma situação que resulta de um temor excessivo, incontrolável, provocado pela antecipação de tudo o que possa acontecer de negativo numa determinada situação". Segundo o psicólogo clínico Fernando Lima Magalhães, acidentes como o que aconteceu ontem "aumentam a fobia de andar de avião em muita gente." "Uma pessoa que não tenha receio de voar consegue racionalizar estas notícias e perceber que é um acidente muito raro. Mas quem tem fobia de entrar num avião vê nestes acidentes a prova que justifica o seu medo", explica o psicólogo. É tudo uma questão de perspectivas: quem sofre de fobia a aeronaves, usa estes acidentes para "maximizar o negativo".
Pois... Uma coisa é certa: se eu fosse andar de avião na próxima semana, podiam ficar sentados à espera.

2 - Musical em Lisboa pede rapazes nus a cantar (SOL)
Hummm... ainda estou a pensar se me inscrevo para as audições... Depois é sempre a subir (esta palavra aqui...ops!... eheheheh): convites para revistas, novelas, filmes... E a conta bancária a ficar aconchegada.
Os candidatos deverão ter algum look específico? Haverá algum predilecto?

3 - a campanha para as eleições europeias está a ser... má.
Vital Moreira, que só queria falar da Europa, trouxe a campanha para o nível mais baixo e não diz nada; Paulo Rangel tem sido uma revelação; Nuno Melo não tem chama, apesar do excelente trabalho na comissão de inquérito ao BPN, quase não aparece, e só se vê o líder do partido; Ilda Figueiredo é a cassete de sempre do PCP; Miguel Portas é o homem do Bloco e contra o capitalismo e mais não-sei-quantos.
Ontem ainda ouvi Orlando Alves, do PCTP-MRPP, propor o disparate de 30h semanais (para combater o desemprego)... Fui rir. E depois ainda disse que o salário mínimo devia ser harmonizado a nível europeu.

4 - o desemprego em Portugal atingiu o nível mais elevado dos 25 anos: 9,3%.(I) Ainda bem que as soluções apresentadas pelo governo de Sócrates estão a resolver o problema...

terça-feira, 3 de abril de 2007

O mistério dos ministérios


Certamente que esta redução irá representar um drama para muitas pessoas - e famílias - que trabalham nos serviços do Ministério da Agricultura. Sejam mais ou menos jovens, mais ou menos qualificados, estejam em Lisboa ou noutra zona qualquer do país.

Mas há uma coisa que ninguém pode negar: que sentido faz existir um Ministério da Agricultura (de seu nome completo "Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas")? Que eu saiba, não há nenhum Ministério do Comércio, ou da Indústria.

Simplesmente não faz sentido existir, no Governo, um Ministério (e toda uma máquina associada...) que trate exclusivamente de um sector de actividade. Ainda mais, quando esse sector de actividade é residual. Quer na economia, quer na sociedade.

O sector da agricultura - como penso que sucede com os sectores da indústria e dos serviços - deve estar integrado num ministério de sentido mais lato: o Ministério da Economia.

Eu até ía mais longe na orgânica dos governos: acho que os ministériso deviam ser definidos constitucionalmente. Para evitar estas anormalidades, e outras que tais, como o Ministério da Igualdade, dos tempos de Guterres. Ou o Ministério da Segurança Social, da Família e da Criança, no governo de Santana Lopes.


Analisando esta mesma página do Governo, podemos concluir o seguinte: a lista do lado esquerdo faz sentido; a lista à direita seria para rever profundamente.

Portanto:

- Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: extinguir e integrar na Economia.
- Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Transportes e Comunicações seriam integrado na Economia. Obras Públicas iriam para o Ambiente, já definido de forma lata como do “Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional”
- Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. O trabalho iria para a Economia. A Segurança Social iria para um ministério dos Assuntos Sociais, que incluiria também a Saúde.
- Ministério da Saúde. Passaria a Ministério dos Assuntos Sociais, agregando a Segurança Social, como explicado no ponto anterior.
- Ministério da Educação. Mantinha-se e agregava o Ensino Superior. Que sentido faz estarem separados? Nenhum!
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Desapareceria, passando as suas competências para a Economia (Ciência e Tecnologia), e para a Educação.
- Ministério da Cultura. Extinto. Não faz sentido um ministério com este nome. Só em estados totalitários. Que não é o caso de Portugal, manifestamente.

Portanto, um governo mais pequeno, mais eficaz, e com sentido.