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terça-feira, 9 de junho de 2009

Durão Barroso II

"Durão Barroso anunciou hoje em Bruxelas a sua recandidatura a um segundo mandato de cinco anos à frente do executivo europeu depois de o primeiro-ministro da República Checa e actual presidente do Conselho Europeu, Jan Fischer, o convidar a fazê-lo." (I)
Por sua vez, "os socialistas do Parlamento Europeu não apoiarão a recondução de Durão Barroso no cargo de presidente da Comissão Europeia, disse o líder do grupo parlamentar socialista europeu, o alemão Martin Schulz, em entrevista que será publicada quarta-feira."

Esquecem-se é de um pormenor: os socialistas perderam em toda a linha as recentes eleições europeias, e a demonizada direita ganhou-as.

Muitos não gostarão de Durão Barroso. Ainda vivem, na UE, no mito de Jacques Delors (por acaso, gostava de saber como seria o desempenho deste senhor com 27 países e umas crises no horizonte...).

Durão Barroso, goste-se ou não, é um dos mais experientes e preparados políticos nacionais e europeus.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Alea jacta est...


(infografia via DN)

As eleições europeias são uma realidade política e eleitoral muito particular. No entanto, as leituras nacionais deste resultado são legítimas.
Antes de mais, a vitória clara do PSD. Apesar de prognósticos, sondagens, críticas à condução da campanha...
Em 2º lugar, a queda brutal do PS. De 12 deputados passou para 7. Ou seja, pouco mais de metade da sua dimensão anterior. E é interessante ver a forma como Sócrates se empenhou nesta campanha ao lado de Vital Moreira
Finalmente, os grandes resultados alcançados pelos outros partidos.
O CDS aguenta-se e reforça a sua votação. Contra todos os prognósticos.
O PCP, com a sua cassete, idem aspas.
O BE, com o seu discurso radical envolto em charme, conseguiu triplicar o número de deputados.

Para as legislativas, o tiro de partida já foi dado.
Nas ruas de Lisboa, o PSD já apresentou o primeiro cartaz, com letras garrafais laranja sobre fundo branco: "nunca baixamos os braços".
Já deu para ver que os cidadãos não gostam de pão e circo. Ou política em versão empresa de de comunicação que o governo PS pratica.
Os dados estão lançados.
Acho perfeitamente possível o PSD ganhar as próximas legislativas. E, mais uma vez, formar governo juntamente com o CDS.

Gostava de rever esta imagem algures numa noite de Outubro:

Perigo no horizonte

Ontem à noite, após ver confirmada a sua eleição como terceiro eurodeputado pelo Bloco de Esquerda, Rui Tavares disse esta coisa maravilhosa:

"O Bloco vai mudar este país de certeza absoluta."

Não duvido disso. E isso é que é perigoso.
Na Europa, Portugal deve ser o único país em que as forças comunistas têm mais de 20% dos votos.
Perigoso. Muito perigoso.


Já dizia Sá Carneiro que a melhor forma de combater os comunistas era governar bem...

domingo, 7 de junho de 2009

Falta escolher um deputado.

PSD: 8
PS: 7
CDU: 2
BE: 2
CDS: 2

São 22h30.

Resultados by CDS

O CDS tem um bom resultado.
Mais uma vez "bate" as sondagens.
E, proporcionalmente, ganha em número de deputados e em votos. Nestas eleições, fruto da redução de deputados para Portugal, cada deputado precisava de mais votos para ser eleito.
O CDS mantém dois deputados. Tem mais votos.

A Europa by Portugal

Hummm... digamos que a projecção de resultados nesta eleições agrada-me.
Antes de mais, é necessário ter em conta que Portugal passa de 24 deputados no PE para 22, fruto do Tratado de Nice.
Feito este enquadramento, o seguinte:
- o PSD ganha as eleições, provavelmente com o mesmo número de deputados que em 2004, quando concorreu em coligação com o CDS; e há projecções a apontar entre 8 e 9 mandatos.
- o CDS poderá manter os mesmos 2 deputados que em 2004, ano em que concorreu coligado com o PSD;
- o PS sofre uma forte penalização. Desce dos 12 deputados para os 6 ou 7. Este resultado tem de ser enquadrado com a redução de representantes nacionais no PE, e com a perda para os outros partidos. Para todos os outros partidos. Que mantém, ou aumentam as respectivas representações.
- a CDU manterá os mesmo deputados ou irá conquistar o terceiro;
- o BE crescerá claramente face a um único deputado actual. Há projecções a indicar a possibilidade do terceiro deputado.

Hoje houve procura de alternativa; houve voto de protesto; houve os milhares de novos eleitores que o Bloco já reclamou como seus; houve uma abstenção gigantesca; houve o genial candidato Vital Moreira pelo PS...
E Sócrates, que hoje era apontado como o único chefe de governo na Europa a não ser penalizado nestas eleições, não pode cantar vitória.

Entretanto, começou a campanha para as legislativas...
Estes resultados, embora sendo um interessante indicador, não podem ser extrapolados para qualquer outra eleição. Hoje, Portugal é um único círculo eleitoral. Nas legislativas, o país é retalhado em vários círculos (que este não têm alterações no número de representantes), pelo que o resultado depende do que cada partido consegue em cada um desses círculos.

Escolher a Europa que queremos

Depois de passada a palermice que é o "dia de reflexão", hoje é dia de ir a votos. De escolher o quê e quem queremos para a União Europeia nos próximos cinco anos.
Parece que o grande vencedor será a abstenção.
Uma pena, uma irresponsabilidade, uma vergonha. Depois não se queixem.
Subscrevo inteiramente o que Cavaco Silva disse ontem na sua mensagem: "E pergunto: com que direito nos poderemos queixar depois das políticas europeias se, na hora em que fomos chamados a decidir, no momento em que pudemos escolher, optámos por não comparecer?"

Ao fecho das urnas, as televisões terão previsões, sondagens, comentários, análises... Gosto de seguir intensamente estas noites. E hoje estou particularmente curioso para ver Ricardo Araújo Pereira a comentar na SIC/SICNotícias.

Site do Parlamento Europeu aqui.

sábado, 6 de junho de 2009

Dia de reflexão...

Hoje é aquele dia que os políticos decidiram que se destina aos cidadãos pensarem neles, e amanha, esclarecidos, irem votar.
Enfim, há quem ache que os cidadãos eleitores são infantis...

Pronto, hoje todos para frente do espelho. Reflectir.


Este trocadilho é irresistível... :))

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sondagens

Numa sondagem vinda hoje a público, o PSD está à frente do PS nas eleições europeias uns 3%. Diz-se que é um empate técnico.
Há uma semana, com um resultado semelhante, mas mais próximo, estando o PS à frente, dizia-se que o PS vencia o PSD.

Há coisas que me ultrapassam nas sondagens...

Facto é que, graças aos candidatos escolhidos por cada um dos partidos, o resultado agrada-me.
O PS encaminha-se para uma derrota. Só lhe fará bem.
O PSD ruma a um bom resultado. Ainda bem.

Lembro apenas os títulos do Expresso da semana passada, analisando as candidaturas do PS e do PSD: "Um candidato que acertou no líder..." e "... e uma líder que acertou no candidato".

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um dia em revista

1 - Mark Malkoff, comediante nova-iorquino que sofre de uma fobia aos aviões, decidiu passar um mês inteiro em voo para tentar curar-se (Expresso).
Eu, cidadão não comediante e com fobia de andar de avião, não fui à Madeira no Natal passado devido a isso. E nunca optaria por um tratamento assim idiota.
E não me venham com a conversa que é o avião é o meio de transporte mais seguro e bla bla bla...
No I:
"Como em todas as fobias, ter medo de andar de avião é uma situação que resulta de um temor excessivo, incontrolável, provocado pela antecipação de tudo o que possa acontecer de negativo numa determinada situação". Segundo o psicólogo clínico Fernando Lima Magalhães, acidentes como o que aconteceu ontem "aumentam a fobia de andar de avião em muita gente." "Uma pessoa que não tenha receio de voar consegue racionalizar estas notícias e perceber que é um acidente muito raro. Mas quem tem fobia de entrar num avião vê nestes acidentes a prova que justifica o seu medo", explica o psicólogo. É tudo uma questão de perspectivas: quem sofre de fobia a aeronaves, usa estes acidentes para "maximizar o negativo".
Pois... Uma coisa é certa: se eu fosse andar de avião na próxima semana, podiam ficar sentados à espera.

2 - Musical em Lisboa pede rapazes nus a cantar (SOL)
Hummm... ainda estou a pensar se me inscrevo para as audições... Depois é sempre a subir (esta palavra aqui...ops!... eheheheh): convites para revistas, novelas, filmes... E a conta bancária a ficar aconchegada.
Os candidatos deverão ter algum look específico? Haverá algum predilecto?

3 - a campanha para as eleições europeias está a ser... má.
Vital Moreira, que só queria falar da Europa, trouxe a campanha para o nível mais baixo e não diz nada; Paulo Rangel tem sido uma revelação; Nuno Melo não tem chama, apesar do excelente trabalho na comissão de inquérito ao BPN, quase não aparece, e só se vê o líder do partido; Ilda Figueiredo é a cassete de sempre do PCP; Miguel Portas é o homem do Bloco e contra o capitalismo e mais não-sei-quantos.
Ontem ainda ouvi Orlando Alves, do PCTP-MRPP, propor o disparate de 30h semanais (para combater o desemprego)... Fui rir. E depois ainda disse que o salário mínimo devia ser harmonizado a nível europeu.

4 - o desemprego em Portugal atingiu o nível mais elevado dos 25 anos: 9,3%.(I) Ainda bem que as soluções apresentadas pelo governo de Sócrates estão a resolver o problema...

sábado, 23 de maio de 2009

Europeias: tiro de partida

Arranca este fim-de-semana a campanha para as eleições europeias. E, em Portugal, é também o tiro de partida para um ciclo de três eleições, com as legislativas e autárquicas mais para o Outono.
O PS e o PSOE juntaram os seus líderes (e primeiros-ministros de Portugal e Espanha) no arranque da campanha. Sócrates foi a Valência dar uma ajuda a Zapatero. Este vem a Coimbra ao início da noite. Sócrates, com meia dúzia de chavões, lá articulou um discurso em espanhol. Não acho mal, desde que não tivesse de dizer várias palavras em portunhol. Ou falava numa língua ou noutra. Convinha preparar melhor estas interveções com alguams horas de aprendizagem mínima da língua.
Pergunto-me se Zapatero, em Coimbra, irá hablar portugués... Ou pura e simplesmente na única língua que um espanhol conhece: a sua.
Por outro lado, convinha a Sócrates ter a noção da realidade e não se pôr em bicos dos pés colocando-se (a ele e ao seu amigo Zapatero) ao nível de líderes europeus da envergadura de Felipe González, Mário Soares, Mitterrand, Helmut Kohl... (Ler Portugal dos Pequeninos aqui)

Mas deixemos de parte o acessório.

Esta semana vieram a público, em Portugal, sondagens que dão um empate técnico entre as candidaturas de Paulo Rangel e Vital Moreira. Estão separados apenas por 2%.
Não deixa de ser curioso como o candidato que foi apresentado "fora de tempo" está a dar um baile ao super-candidato-apresentado-na-hora-certa Vital Moreira.
Paulo Rangel surpreendeu muitos. Tem-se revelado um bom candidato, preparado, combativo, a apresentar propostas... Para os cínicos, é ele que está a puxar o PSD. E já é visto como um futuro líder do partido. Pacheco Pereira tem razão quando escreve isto. E o próprio Expresso, na edição de hoje, deixa passar a mesma ideia pela voz de alguns analistas políticos e deputados socialistas.

Este empate técnico para as europeias (Expresso: PS - 34,3%; PSD - 32,1%) pode ser lido como um possível momento de viragem para o PS, que achava que a maioria absoluta já estava garantida. E também funciona, por outro lado, como um balão de oxigénio para Manuela Ferreira Leite à frente do PSD.
É um facto que as europeias não são um indicador fiável das intenções de voto para outas eleições, mas não deixam de ser um elemnto de análise.

Com o agravar da crise, com o desemprego a caminho dos dois dígitos, com o descontentamento a alastrar, com os cidadãos a abrirem os olhos para os truques deste governo (ler texto de Pacheco Pereira aqui), não é líquido que este governo seja sólido para além das legislativas.

Para acompanhar as eleições europeias, o PÚBLICO criou o site ELEIÇÕES2009.

domingo, 3 de maio de 2009

PS: a conveniente vitimização

(actualizado às 21h15)

Vital Moreira foi insultado no 1º de Maio, versão CGTP.

Minutos depois, o próprio dá a entender que este tinha sido o seu "momento Marinha Grande", aludindo aos episódios de 1986 com Mário Soares. O mote para a instrumentalização pelo PS estava dado.
Entretanto, todos os partidos lamentaram o sucedido. O PCP demorou, mas lá emitiu uma declaração em que também repudiava o sucedido. Ontem, na RTPN, Bernardino Soares voltou a lamentar o episódio. Manuel Santos (PS), que também estava no debate, não ouviu o "lamento" comunista.
O PS não ouviu. Não quis ouvir. Dava-lhe jeito ser vítima. Assim daria visibilidade a um candidato cinzento, apesar do reconhecido mérito académico. Um candidato que, de cada vez que abre a boca (quando abre), tem de rever o que disse.
O próprio líder do PS embandeirou a vitimização socialista. Foi assim nos últimos quatro anos, afirmou.
Enquanto se discute este episódio, ninguém trata da Europa. Ninguém precisa apresentar ideias, alternativas, soluções. Quem não tem nada apresentar, agradece. O PS, em vez de se vitimizar, devia agradecer ao "PCP" esta oportunidade para o vazio de ideias.

E parece que há-de ser assim até às legislativas.

Vital Moreira, como não tem nada para dizer aos eleitores, numa visita à Ovibeja perguntou novamente: "alguém tem dúvidas de que eram militantes do PCP?"
"
Durante a visita à Ovibeja, Vital esclareceu que logo após os acontecimentos não acusou explicitamente o PCP pelo incidente – “nunca disse que o PCP foi o responsável” -, mas afirmou entender que devem ser os comunistas a “pedir desculpas pelas malfeitorias”. E argumentou: “Alguém tem dúvidas de que eram militantes do PCP? Há coisas notórias que não precisam de sustentação. Bastaram-me as invectivas de que fui objecto, tipo 'traidor’, 'vendido’ e 'traíste o partido’.”

E assim vai a campanha para as eleições europeias...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Truque europeu

(actualizado em 22 Abril)
A polémica estalou nas eleições europeias mais uma vez, e agora devido à Lei da Paridade. Guilherme Silva, deputado do PSD pela Madeira, terá afirmado o seguinte: "Há duas candidatas que não vão assumir funções no Parlamento [Europeu], pelo que Sérgio Marques será 6º e, como tal, a sua eleição não estaria em causa".
Entretanto, o deputado já desmentiu a afirmação, mas vamos ao que interessa:
Se a lei permite este truque, é porque a lei foi feita assim pelos deputados na Assembleia da República. Portanto, este "espanto" é, no mínimo, uma sem vergonhice.
Por outro lado, ouvir o PS, pela voz de Edite Estrela, clamar pureza nesta matéria é confrangedor. Então não é este PS, de cujas listas às europeias faz parte a própria Edite Estrela, que tem Ana Gomes e Elisa Ferreira também como candidatas às câmaras de Sintra e do Porto? Isso dá o quê?
Como uma vez alguém disse, é preciso ter topete.

Depois queixam-se de falta de credibilidade e mais não-sei-quantos...

Entretanto, Ana Gomes escreve isto no Causa Nossa:
"Sou, sim, candidata ao PE e espero ser eleita. Serei também candidata à Câmara de Sintra nas eleições que decorrerão mais tarde. Sem falsidade, sem duplicidade, sem querer enganar ninguém, com total transparência assumi as duas candidaturas.
Eu, que nunca acumulei quaisquer cargos - com muita honra, sou formada na escola de serviço público do MNE - já disse e redisse que nunca acumularei os dois cargos, se os munícipes de Sintra me elegerem Presidente da sua Câmara. Nesse caso, abandonarei o PE e dedicar-me-ei exclusivamente à Câmara de Sintra."

Vital Moreira, cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, escreve no mesmo blogue:
"A ver se eu percebo bem: se alguém, depois de eleito eurodeputado, se candidatar a (ou aceitar) outro cargo político e por causa disso deixar (ou não) o Parlamento europeu, como sucedeu várias vezes, não há nisso nada de mal. Mas se um candidato a eurodeputado, anunciar antecipadamente, por razões de transparência democrática, a sua intenção de se candidatar proximamente a outro cargo político, então tudo mal. É isto, não é?"

Ou seja... esclarecedor.
Eles acham mesmo que nós, cidadãos eleitores, somos parvos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Dia de anúncios

No dia em que o PSD apresentou Paulo Rangel como seu cabeça de listas às europeias, ficamos a saber que o PIB nacional vai recuar 3,5%.

O candidato do PSD parece-me bom, apesar de ter uma imagem de intelectual. Vamos ver em campanha. Que antecipo duríssima. Portanto, interessante.
E... mais uma vez, um anúncio do PSD é abafado por outra notícia. Desta feita, a que já se esperava. E que foi anunciada pelo descredibilizado governador do bando de Portugal, Vítor Constâncio.

Entretanto, vou ali ao séc. XIX ver Portugal através dos olhos de Eça de Queirós n'"Os Maias".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Os candidatos-fantasma do PS

À excepção do PSD, já todos os partidos apresentaram os seus candidatos às eleições europeias. Bem ou mal, há candidatos europeus para todos os gostos. Há os experientes/repetentes. Há os novatos. Há os que irão dar um novo rumo às suas carreiras políticas.
O PS - de forma descarada - tem a particularidade de apresentar candidatos-fantasma, chamemos-lhe assim. Refiro-me, concretamente, a Ana Gomes e Elisa Ferreira. Estas notáveis socialistas são, também, as respectivas candidatas às câmaras de Sintra e do Porto.

Algumas questões mais ou menos pertinentes se levantam:
Primeira pergunta: elas são de facto candidatas a deputadas europeias ou candidatas às presidências das câmaras em causa? Que eu saiba, os cargos são incompatíveis...
2 - se forem eleitas para o Parlamento Europeu em Junho, abdicam das candidaturas autárquicas em Setembro/Outubro?
3 - ou, pelo contrário, vão para Bruxelas/Estrasburgo pensar em Sintra e no Porto? Isto é, aplicar aquele princípio da gestão que reza "pensar global, agir local", até serem eleitas para as respectivas autarquias?
4 - estarão elas apenas a pensar na sua vidinha, garantindo assim que têm uma ocupação para os próximos anos?
5 - ao apresentarem-se como candidatas autárquicas, e concorrendo logo de seguida para Bruxelas, isso não significa que não acreditam que possam ganhar as eleições a Rui Rio e a Fernando Seara?

Uma coisa parece-me certa: Rui Rio e Fernando Seara, eleitos inesperadamente há oito anos para o Porto e para Sintra, podem ficar descansados. Mudaram a forma de fazer política nesses concelhos. Já foram reeleitos e mostraram o que valiam como presidentes de câmara. Podem deixar ficar os papéis para mais um mandato. Ainda bem!

Eu, cidadão português, não quero ser representado por ninguém que escreve e tem atitudes políticas destas: "o PSD de verdade". De vez em quando, Ana Gomes passa-se.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Marcelo às europeias

E eis que já anda a correr um abaixo-assinado para que o cabeça de lista do PSD às europeias seja o prof. Marcelo Rebelo de Sousa (MRS). Interessante, a iniciativa.
Já tinha pensado em quem o PSD poderia apresentar, mas não me surgia nenhuma ideia que "saltasse". Só me lembrava de Pacheco Pereira que, embora brilhante intelectualmente, não me parecia ter os requisitos necessários para começar a dar a volta a isto.
Eis senão quando dou de caras com o Corta-fitas a remeter e publicitar o abaixo-assinado pro-MRS.

Assim de repente, e nos termos em que está escrita a petição, não desgostei... Seria um candidato forte, enérgico, mobilizador.

Há a petição, e há a página Marcelo 2009.

O "lançador do lançador" está no 31 da Armada: Vasco Campilho.

Entretanto, o BE apresentou hoje Miguel Portas como seu cabeça de lista às europeias. O candidato, logo na apresentação, começou a fazer o que não se deve: misturar as coisas. Disse logo de uma assentada que as europeias são ul julgamento para o governo de Sócrates. Disparate!

Eu lembro-me de ouvir Alberto João Jardim dizer para não votarem nos socialistas para o Parlamento Europeu porque eles acabavam com as reformas dos idosos...

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Virar à esquerda

Depois de o congresso do PS ter estado cheio de um discurso claro de esquerda, iniciado pelo próprio Sócrates, a aposta para cabeça de lista nas eleições europeias é alguém vindo desse lado, e até do PCP: Vital Moreira (escreve no Causa Nossa).

Quanto a mim, e tendo em conta o discurso esquerdizante do congresso, o nome de Freitas do Amaral não faria qualquer sentido. Apesar de este ter feito parte do governo de Sócrates.
Também nunca acreditei que Sócrates quisesse remodelar o governo a poucos meses de eleições, lançando Luís Amado, MNE e um dos ministros centrais do governo, na corrida para o Parlamento Europeu.

Nesta lógica, só podia ser uma personalidade conotadamente de esquerda. Assim, Sócrates tenta também trazer para junto do PS, tanto nas europeias como nas legislativas, os eleitores mais de esquerda e, também, procura esvaziar a força do Bloco de Esquerda e do PCP. Portanto, do ponto de vista do PS é uma excelente escolha.

Por outro lado, esta escolha tem esta leitura: o PS e Sócrates acham que ganham virando-se completamente para a esquerda, e alienando o eleitorado mais ao centro. Ou seja, esquecendo o eleitorado do PSD. Pode ser que o tiro lhes saia pela culatra.
Esta é uma oportunidade política de ouro para o PSD. Basta apresentar um candidato forte, que marque terreno e que lhe dê fôlego para as legislativas. Oxalá!

Agora estou cheio de curiosidade por saber quais serão os cabeças de lista do lado direito do espectro partidário, ou seja, PSD e CDS.