(actualizado em 22 Abril)
A polémica estalou nas eleições europeias mais uma vez, e agora devido à Lei da Paridade. Guilherme Silva, deputado do PSD pela Madeira, terá afirmado o seguinte: "Há duas candidatas que não vão assumir funções no Parlamento [Europeu], pelo que Sérgio Marques será 6º e, como tal, a sua eleição não estaria em causa".
Entretanto, o deputado já desmentiu a afirmação, mas vamos ao que interessa:
Se a lei permite este truque, é porque a lei foi feita assim pelos deputados na Assembleia da República. Portanto, este "espanto" é, no mínimo, uma sem vergonhice.
Por outro lado, ouvir o PS, pela voz de Edite Estrela, clamar pureza nesta matéria é confrangedor. Então não é este PS, de cujas listas às europeias faz parte a própria Edite Estrela, que tem Ana Gomes e Elisa Ferreira também como candidatas às câmaras de Sintra e do Porto? Isso dá o quê?
Como uma vez alguém disse, é preciso ter topete.
Depois queixam-se de falta de credibilidade e mais não-sei-quantos...
Entretanto, Ana Gomes escreve isto no Causa Nossa:
"Sou, sim, candidata ao PE e espero ser eleita. Serei também candidata à Câmara de Sintra nas eleições que decorrerão mais tarde. Sem falsidade, sem duplicidade, sem querer enganar ninguém, com total transparência assumi as duas candidaturas.
Eu, que nunca acumulei quaisquer cargos - com muita honra, sou formada na escola de serviço público do MNE - já disse e redisse que nunca acumularei os dois cargos, se os munícipes de Sintra me elegerem Presidente da sua Câmara. Nesse caso, abandonarei o PE e dedicar-me-ei exclusivamente à Câmara de Sintra."
Vital Moreira, cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, escreve no mesmo blogue:
"A ver se eu percebo bem: se alguém, depois de eleito eurodeputado, se candidatar a (ou aceitar) outro cargo político e por causa disso deixar (ou não) o Parlamento europeu, como sucedeu várias vezes, não há nisso nada de mal. Mas se um candidato a eurodeputado, anunciar antecipadamente, por razões de transparência democrática, a sua intenção de se candidatar proximamente a outro cargo político, então tudo mal. É isto, não é?"
Ou seja... esclarecedor.
Eles acham mesmo que nós, cidadãos eleitores, somos parvos.
A polémica estalou nas eleições europeias mais uma vez, e agora devido à Lei da Paridade. Guilherme Silva, deputado do PSD pela Madeira, terá afirmado o seguinte: "Há duas candidatas que não vão assumir funções no Parlamento [Europeu], pelo que Sérgio Marques será 6º e, como tal, a sua eleição não estaria em causa".
Entretanto, o deputado já desmentiu a afirmação, mas vamos ao que interessa:
Se a lei permite este truque, é porque a lei foi feita assim pelos deputados na Assembleia da República. Portanto, este "espanto" é, no mínimo, uma sem vergonhice.
Por outro lado, ouvir o PS, pela voz de Edite Estrela, clamar pureza nesta matéria é confrangedor. Então não é este PS, de cujas listas às europeias faz parte a própria Edite Estrela, que tem Ana Gomes e Elisa Ferreira também como candidatas às câmaras de Sintra e do Porto? Isso dá o quê?
Como uma vez alguém disse, é preciso ter topete.
Depois queixam-se de falta de credibilidade e mais não-sei-quantos...
Entretanto, Ana Gomes escreve isto no Causa Nossa:
"Sou, sim, candidata ao PE e espero ser eleita. Serei também candidata à Câmara de Sintra nas eleições que decorrerão mais tarde. Sem falsidade, sem duplicidade, sem querer enganar ninguém, com total transparência assumi as duas candidaturas.
Eu, que nunca acumulei quaisquer cargos - com muita honra, sou formada na escola de serviço público do MNE - já disse e redisse que nunca acumularei os dois cargos, se os munícipes de Sintra me elegerem Presidente da sua Câmara. Nesse caso, abandonarei o PE e dedicar-me-ei exclusivamente à Câmara de Sintra."
Vital Moreira, cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, escreve no mesmo blogue:
"A ver se eu percebo bem: se alguém, depois de eleito eurodeputado, se candidatar a (ou aceitar) outro cargo político e por causa disso deixar (ou não) o Parlamento europeu, como sucedeu várias vezes, não há nisso nada de mal. Mas se um candidato a eurodeputado, anunciar antecipadamente, por razões de transparência democrática, a sua intenção de se candidatar proximamente a outro cargo político, então tudo mal. É isto, não é?"
Ou seja... esclarecedor.
Eles acham mesmo que nós, cidadãos eleitores, somos parvos.
1 comentário:
Claro que não acumula os dois... não pode! Mas largar um para ficar com o outro não é correcto! O mínimo que pode fazer é, caso seja eleita para o PE, permanecer lá. Agora ser eleita para um cargo e depois assumir outro (provavelmente mais conveniente para si) é enganar - e abusar - as pessoas que a elegerem para as primeiras funções.
Há algum político neste país que sirva realmente os interesses do seu povo???
Pois, também me parece que não...
Cris
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