sábado, 22 de dezembro de 2007

Feliz Natal... e óptimo 2008!


Ainda ontem era início do ano... e 2007 já está no fim.
Agora é tempo de festejar mais um Natal e fazer projectos para um novo ano.
2007 não foi nada de especial.
Mas teve algumas coisas de que gostei MUITO:
- reencontrar amigos que não via há anos. O tempo passou, a amizade manteve-se e está mais sentida e profunda. Cá estão a S., a A., a D., o N., o E., o P....
- conhecer algumas pessoas que se tornaram importantes e especiais muito rapidamente. Cá está a I.
- reatar uma amizade que por cega estupidez ia perdendo. Obrigado S.!
Espero em 2008 ter as oportunidades e a energia necessárias para algumas mudanças. Que seja um ano sinónimo de sonhos realizados.
(a senhora astrologia diz... "Caranguejo: Outro signo que está a receber boas influencias do Céu. Urano representa o progresso e futuro, as suas vidas são ser abençoadas pela sorte. Irá existir muitos casamentos nos nativos deste signo").
Fazer mais, conhecer mais pessoas, aprender mais, ler mais, mudar mais... tudo MAIS. Viver mais!
Agora.... àqueles que lêem este recanto da blogosfera (seja por gosto, por engano, ou porque sim!), "A TODOS UM BOM NATAAAAALLLLL" (by Coro de Santo Amaro de Oeiras, claro!), e um ÓPTIMO ANO DE 2008!!


Férias...

Natal

.... a cidade que se esvazia de pessoas.
Pessoas que vão encher o coração...

Imagem sem palavras - 56

Anoitecer hoje....

Natal quente


O Verão também tem direito ao Natal...

Geração gadget

Ou será o choque tecnológico?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

The 80's



Sempre gostei da agilidade deste vídeo…
Como alguém comentou: “Assim qualquer coisa de fabulástico o vídeo e a música!”
E não consigo ouvir esta música apenas uma vez...

Bananices


Há frutas fantásticas....

"Depois de leres isto, tu nunca mais vais olhar para uma banana da mesma maneira. Contendo três açúcares naturais; sacarose, frutose e glucose, combinados com fibras a banana dá-te uma reserva instantânea de energia.
Pesquisas provam que somente 2 bananas dar-te-ão energia para 90 minutos de trabalho pesado. Não admira a banana ser o fruto mais consumido entre os atletas. Mas energia não é o único benefício que a banana nos traz, ela ajuda-nos a prevenir um substancial número de doenças.

Depressão
De acordo com recentes estudos, a maioria das pessoas que habitualmente sofrem com depressões sentiram-se substancialmente melhor depois de comerem uma banana. Isto acontece porque a banana contém um tipo de proteína que o corpo converte em serotonina, substância que se sabe que ajuda a relaxar e te faz sentir melhor.

Anemia
Fortes em ferro, as bananas estimulam a produção de hemoglobinas e ajudam em caso de anemia.

Pressão Arterial
Este fruto tropical é muito rico em potássio e pobre em sal, sendo perfeito para descer a pressão arterial. A "Food and Drug Administration", nos Estados Unidos, até permitiu aos produtores de bananas usarem isso como publicidade.

Cérebro
200 estudantes comeram uma banana ao pequeno-almoço, ao almoço e ao lanche. Provou-se que o potássio presente no fruto ajudou-os a melhorar a sua concentração.

Obstipação
Ricas em fibras, a inclusão de bananas nas dietas ajuda a normalizar o trânsito intestinal, permitindo debelar os problemas sem o uso de laxantes.

Dor de Cabeça
Uma das maneiras mais rápidas de curar uma dor de cabeça é fazer um batido de banana com mel. A banana acalma o estômago e com a ajuda do mel aumenta os níveis de açúcar no sangue, enquanto o leite acalma e hidrata todo o teu sistema.

Cansaço Matinal
Comer uma banana entre as refeições ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue elevados, combatendo o cansaço.

Picadas de Insectos
Quando fores picado por um insecto, experimenta esfregar a zona afectada com a parte de dentro duma casca de banana. Verás como a irritação vai acalmar.

Nervos
As bananas são ricas em vitamina B, que acalmam o sistema nervoso. Pesquisas em 5.000 pacientes, chegaram à conclusão que os mais obesos são aqueles que têm trabalhos de muita pressão. O relatório concluiu que para combater isto, devemos controlar os nossos níveis de açúcar no sangue, devendo consumir comida com muitos hidratos de carbono, como a banana.

Úlceras
A banana é usada nas dietas contra as desordens intestinais pela sua textura suave e por causa de ser um fruto muito macio. É o único fruto que pode ser comido sem causar distúrbios mesmo nos casos mais graves. Ela também neutraliza a acidez excessiva e reduz a irritabilidade criando uma camada nas paredes do estômago.

Controlo de Temperatura
Muitas culturas vêm a banana como um fruto "calmante" porque consegue baixar a temperatura, quer física quer emocional, nas mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, é hábito as mulheres grávidas comerem bananas para se assegurarem de que o seu filho nasce com a temperatura correcta.

Fumar
As bananas podem ajudar quem quer deixar de fumar. As vitaminas B6 e B12, o potássio e o magnésio que contêm, ajudam o corpo a recuperar dos efeitos da falta de nicotina.

Stress
O potássio é um mineral vital que ajuda a normalizar o batimento cardíaco; auxilia a ida do oxigénio para o cérebro e regula a repartição de água pelo corpo. Quando estamos "stressados" o nosso metabolismo altera-se reduzindo os níveis de potássio. Podemos ajustá-los com a ajuda deste fruto, rico em potássio.

Cortes
De acordo com o "New England Journal of Medicine", comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por cortes até mais de 40%!

Assim, a banana é um remédio natural para muitos males.
Acrescentado só uma coisinha: a banana ajuda a ajustar o organismo no chamado "jet leg". Para quem viaja de um continente para outro, com muitas horas de diferença do fuso horário, comendo bananas, devido as propriedades do potássio, o organismo consegue ajustar mais depressa ao novo horário.
Comparando-a com a maçã: tem o quádruplo das proteínas, o dobro dos hidratos de carbono, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro, e o dobro das outras vitaminas e minerais. É um fruto rico em potássio e uma das mais saudáveis comidas existentes."
Obviamente que a melhor banana é a da Madeira!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Brancuras

Depois da "noite branca" no Porto, chegou o "dia branco" a vários pontos de Portugal continental... Há quem diga que nevou.

Secretas amizades

O jornalismo anda mesmo muito mal.
Agora já não se pode sair com amigos, sob pena de esses jornalistas publicarem umas coisas que eles acham que assim são.
Vem isto a propósito do alegado romance entre o presidente francês Sarkozy e a cantora Carla Bruni. Os jornalistas apanharam-nos a passear pela Disneylândia, portanto, têm um acaso.
E dizem isto tal como já disseram que ele andou com mais quatro mulheres nas últimas semanas. Onde está a verdade?
Digamos que... este jornalismo enoja-me!
Portanto, se não queremos a vida nos jornais, o melhor é andar sempre sem companhia...

Macacos me mordam...

Há descobertas científicas que, parecendo surpreendentes, não o são. É o caso da seguinte:
Tendo em conta que há humanos que não sabem, o título correcto da notícia seria apenas “os macacos sabem somar”

domingo, 16 de dezembro de 2007

Moleskine: puzzle de vidas

Ainda será cedo, mas já recebi prendas de Natal. Uma delas é um Moleskine, aqueles bloquinhos que servem para quase tudo. Já tinha olhado para eles, mas contive-me em espalhar rabiscos por mais um suporte – já basta ter um blogue, alguns cadernos, papelinhos… Agora vou ter oportunidade de me juntar à elite que usa um Moleskine.
Lembro-me de, há poucos anos, usar um bloco pequenino no bolso, que me acompanhava para todo o lado. Ali ficaram frases, comentários, lembranças, idiotices, relatos de situações…
O Moleskine, conta a história, acompanhou artista e escritores ao longo do tempo. “Em formato de bolso e companheiro de viagem, guardou esboços, apontamentos, histórias e sugestões antes de se converterem em imagens famosas ou em páginas de livros míticos”.
Pedaços de pessoas, quais puzzles da vida, que se juntam em páginas que se congregam sob uma capa preta. Sem dúvida, uma preciosa peça para os estudiosos do comportamento humano.
Com isto só apetece pegar numa mochila e em alguns, poucos, amigos, num bilhete de comboio e partir à descoberta por trilhos que se estendem por essa Europa fora. Uma espécie de Michael Pallin pobre. Mas com a expectativa da descoberta e aberto à magia das possibilidades que o inesperado sabe trazer.
Um inter-rail, um Moleskine, uma máquina fotográfica e alguns amigos. Um dia…
Ver aqui site com imagens e conteúdes de vários Moleskine.

Marginalidades

Ao passar na Rua do Carmo, junto ao Chiado, lá está um “jovem”, drogado até dizer “chega!”, que costuma lá estar, acompanhado por um cão. Tal como das outras vezes, a cambalear pela rua, ia ensaiando um acordes natalícios na sua flauta. Todos o ignoravam e tentavam manter à distância.
Num canto do passeio, o cão deitado, abafado com o casado do “artista”. E uma caixa para contribuições.
Ele magríssimo. O cão bem tratado.
Mas escrevo isto pelo seguinte: o artista no meio da rua a tentar angariar uns trocos; o cão, no canto, a olhar para ele com um ar inteligente e a falar com os olhos. Para mim, o cão dizia: “coitado! Ao que as pessoas chegam…”
Gostaria de ter tirado uma fotografia.

Misterioso tempo

Fui pôr pilhas novas em dois relógios. Tendo fechado a “Caravela” do Rossio (agora é mais uma loja de roupa… bah!), tive de ir a outro recanto que conheço em Arroios. Nada mais que três metros quadrados, um cubículo.
Enquanto o senhor trocava as pilhas, dei por mim a olhar para a parede, forrada de relógios de parede. Alguns, poucos, ainda a bater compassadamente; outros, a maioria, sem tempo, parados.
Extraordinário como o tempo pára para alguns, enquanto continua a passar para outros. Dois tempos. Movimento e paragem. Mas o mesmo tempo. Duas sensações.
Quais dos relógios estarão certos?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Tratado de Lisboa - 3

Há alguns anos, quando foi concluído o tratado de Nice, este era A solução da União Europeia.
Agora, a cura milagrosa, envolta no "espírito de Lisboa", é o tratado de Lisboa.
SE... algum governo tiver a coragem (daqueles em que não é constitucionalmente obrigatório, como a Irlanda) de submeter o tratado a referendo, e ele for chumbado, este momento-maravilha da UE, sob presidência do sumo sacerdote Sócrates, como deve ser lido?
Ou irão todos os governos suicidar-se nessa noite?
Nota de rodapé: costa que a Bélgica está sem governo há 6 meses e ainda não fechou...

Tratado de Lisboa - 2

Do pouco que li, vi e ouvi sobre a cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa...
1 - gostei imenso de ver a descontraída chegada de Sarkozy à cerimónia. Ao quebrar o protocolo para ir falar com os jornalistas, e dando uma pequena corrida para chegar aos anfitriões Sócrates e Luís Amado. Na Europa sisuda isto é quase uma ofensa. Nos EUA, todos os anos - sim, todos os anos! - o presidente goza consigo próprio. Já viram o filme de Natal deste ano da Casa Branca? Cada vez gosto mais do estilo Sarkozy...
2 - mau jornalismo, sobretudo a imprensa nacional, a dar aleluias e hossanas a Sócrates e a cada palavra que diz, por mais banalidades que o senhor diga. Deplorável! Em inglês técnico: disgusting!
3 - péssimas as leituras rebuscadas para justificar o atraso de Gordon Brown para a assinatura do tratado. Ontem li num jornal qualquer que a presença dele era obrigatória - sim, obrigatória! - num qualquer debate ou comissão no parlamento inglês. Em Portugal é que reina a balda perante o parlamento.

Tratado de Lisboa


Escrevi isto poucos dias depois de o Tratado de Lisboa ter sido aprovado em Outubro. Na altura não publiquei. Agora, a pretexto da pomposa e circunstancial assinatura, cá deixo o que escrevi:

Alguns dos visitantes deste humilde recanto blogosférico devem ter estranhado não ter escrito ainda uma palavra sobre a forma como o Tratado de Lisboa deve ser ratificado.
O assunto merece-me algumas reflexões:

1 –
o que TODOS os políticos europeus querem é seguir em frente com os tratados que aprovam, sejam de Lisboa, Nice, Maastrich ou outro sítio qualquer.

2 – se assim é, e, caso o resultado seja contrário às suas vontades, hão-de repetir o referendo até obterem a resposta que querem (ver casos dos referendos em França e na Holanda em 2005, ou do aborto em Portugal), nem vale a pena gastar um cêntimo aos cidadãos contribuintes para promover uma coisa que eles chamam de referendo, mas que de facto querem que seja um plebiscito.

3 – se houver um referendo, seja em Portugal, seja noutro qualquer país da União Europeia, a campanha irá ser sobre tudo menos sobre o conteúdo do tratado aprovado em Lisboa, e assinado hoje com pompa e circunstância. Ou seja, ruído e lixo.

4 – irrita-me – é essa a palavra – que certas forças políticas sejam contra o referendo quando há o risco de vencer a posição contrária à que defendem, e favoráveis ao referendo quando a situação é inversa. Veja-se o PCP: era contra o referendo sobre o aborto, com medo de o resultado ser contrário às suas ideias; agora é a favor, fazendo fé que os portugueses se irão lembrar de votar contra o tratado.

5 – não sou grande fã de referendos. Portugal é uma democracia representativa, o que significa que elege os seus representantes, nos quais delega poderes decisórios. Democracias referendárias lembram-me o sistema Chávez: “vocês escolhem, mas escolhem o que eu quero!”

6 – apesar disto, dou importância a um argumento do Carlos Magno sobre o eventual referendo ao Tratado de Lisboa: vamos referendar, para mostrar aos opositores que somos pró-Europa.

7 – ao mesmo tempo, acho patético o argumento lançado por alguns políticos nacionais (não sei se Sócrates) de que os portugueses aprovariam o tratado por uma questão patriótica: o tratado tem o nome de Lisboa. Se o cerne do debate em Portugal for sobre esta superior questão, por favor não se incomodem em promover o referendo.

8 – era importante que em Portugal se debatesse a UE, a sua evolução, as suas perspectivas, as suas implicações, as transferências de soberania. De forma real e aprofundada, sem ser contagiada por questões laterais, demagogias e afins. Para tal, porque não organizar uma série de debates (televisivos, radiofónicos…) com especialistas e/ou políticos imparciais que não sejam caixas de ressonância de direcções partidárias, sejam elas quais forem? Acredito que é possível tratar estas questões captando a atenção dos cidadãos e tendo boas audiências. Em vez de encherem as televisões com novelas e concursos idiotas (é que nem filmes dão a horas dignas!)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Carta ao Pai Natal


O clone do Pai Natal que aterrou no Campo Pequeno dizia ontem “sem cartinha, não há prendinha”. Vai daí, vou-lhe fazer a vontade para ele não reclamar.


Meu querido e nunca esquecido Pai Natal,

É com saudade que lanço a mão à pena (neste caso, os dedos ao teclado…) para te dizer que gosto muito de ti e que és um modelo para a minha humilde personalidade.

Imagino que o teu tempo deve ser pouco para elogios e lambe-botismos à tua gorducha bondade, pelo que passo ao que interessa: a “prendinha”, como disse o teu clone-delegado no Campo Pequeno.

Assim, e sendo indiferente a ordem, a minha wishlist (deves saber inglês):
- um singelo talão do euro-milhões PREMIADO com os milhões. Só tens de investir 2,00€ e ofereceres o talão premiado. Prendinha barata, portanto.
- uma humilde casinha, seja ou não na versão dos Xutos & Pontapés.
- um carrito. Não precisa de ser um BMW ou similar. Basta-me um Toyota Yaris ou um WV.
- ia falar num trabalho de luxo, mas sendo rico já não preciso dessas sinecuras.
- humm…. Assim de repente não me lembro de mais nada. Mas já deves ter experiência suficiente no ramo para me poderes SURPREENDER!
O teu confesso admirador e amigo,
Eu

Mais uma VITÓRIA!


domingo, 9 de dezembro de 2007

Beleza dominical

Show Sarko

Do Corta-fitas:
"Ontem tive a oportunidade de assistir à conferência de imprensa de Nicolas Sarkozy, na Cimeira UE-África, e só pode dizer-vos que o Presidente francês confirmou, ao vivo, grande parte das ideias que tinha sobre ele. É um político de excepção. Em primeiro lugar, o respeito pela imprensa internacional: não fugiu a uma única pergunta, não foi arrogante uma única vez e houve pelo menos dez "últimas questões" que lhe foram colocadas. Em vez de despachar aquilo em dez ou quinze minutos com frases vazias, Sarkozy esteve praticamente 40 minutos a falar com a comunicação social internacional. E não se ficou por matérias exclusivamente ligadas à cimeira em curso.

Explicou em pormenor os encontros bilaterais que teve, em especial com Zapatero (sobre o combate ao terrorismo). "Sarko" foi claríssimo: disse que os inimigos da democracia espanhola são os inimigos da França, numa alusão aos terroristas da ETA, a quem chamou de "assassinos". Sarkozy disse concordar com tudo o que Merkel tinha dito do Zimbabwe e de Mugabe, falou no Darfur e não se esqueceu do que se está a passar ali ao lado no Chade. Para o Presidente francês não faz sentido haver "forças híbridas" num lado e forças da UE noutro. Para ele, a UE tem que estar pronta para intervir em qualquer cenário.

Numa lição de diplomacia, alta diplomacia, Sarkozy explicou ainda por que razão fala com Khadafi (e vai recebê-lo em Paris) e com Chávez. Lembrou que, no primeiro caso, só foi à Líbia depois de serem libertadas as enfermeiras e de o ditador ter reconhecido a sua responsabilidade no atentado de Lockerbie, indemnizando a família das vítimas. Nessa altura, citou um por um os chefes de Estado que visitaram antes dele a Líbia (até o seu antecessor, Chirac). E disse isto: "A França tem os seus aliados, os seus amigos e os países com quem tem que falar". Estes últimos para resolver problemas importantes. Por isso fala com Chávez (e desenvolveu a loucura da escalada dos preços de petróleo) e com Uribe, empenhado que está na libertação pelas FARC de Ingrid Betancourt. "A França fala com todo o mundo", disse a certa altura.

Para verem o que é alta diplomacia, Sarkozy chegou ao ponto de dizer que "os mesmos que diziam que eu era (e sou) um amigo do Bush são os mesmos que dizem que sou amigo dos inimigos do Bush". Por estas e por outras razões é que Sarkozy foi verdadeiramente o único que ontem se sentiu à vontade para alinhar com as palavras de Merkel sobre a situação política no Zimbabwe. A França tem dimensão e tem um político com dimensão."

Cimeira UE - África


A Cimeira UE-África chegou ao fim.
Quase todos os noticiários centraram as suas “notícias” em baboseiras laterais como o trânsito, uns ensaios de manifestações nas imediações da FIL, as refeições e as tendas. E centraram o circo nas personalidades de Mugabe e de Kadhafi.
O que se discutia de concreto dentro da FIL? Pouco se sabe.
Basta ler esta notícia sobre uma declaração do chefe de Governo espanhol, Zapatero. O título da notícia é uma baboseira. O relevante está no meio: "A imigração ilegal é um grande fracasso colectivo. Foi proposto um grande acordo entre a União Europeia e África para combater a imigração irregular". E nesta declaração explicou que desenvolvendo África evita-se a imigração ilegal (“Imigração irregular” é o quê?). Em vez de se centrar no fundamental, noticia o acessório.

Esta manhã, na rádio, ouvi que tinha sido proposto uma abertura mútua de fronteiras entre UE a África, facilitando assim trocas comerciais. A bondade europeia é tocante. Entram matérias-primas africanas, e os países europeus vendem os produtos. É uma imposição da Organização Mundial do Comércio… mas a liberalização não funciona igualmente para os dois lados. Lembro-me os famosos “14 pontos de Wilson”, no início do séc. XX… Como esta questão comercial foi polémica, a Comissão europeia, atráves da presidência, disponibilizou-se para continuar as negociações ao mais alto nível nos próximos anos, por forma a desbloquear a situação.

As declarações de Sócrates na sessão de encerramento são de uma vacuidade absoluta.
A entrevista do José Manuel Mestre, na SIC Notícias, a Durão Barroso, no fim da cimeira, esclareceu mais que vários dias de pseudo-notícias.

Mas, após ter lido “Portugal – o pioneiro da globalização”, não podemos deixar de sorrir ao ouvir tanta declaração bem intencionada dos vários líderes presentes na cimeira. Tendo presente alguma análise histórica, estes eventos só podem ser vistos em perspectiva.
Claro que a Parceria Estratégica EU-África é importante. Claro que os entendimentos alcançados são importantes (Durão Abrroso disse: "Desta cimeira sai um plano de acção para os próximos três anos, contemplando as áreas das migrações, da energia, dos direitos humanos, das alterações climáticas e da investigação científica"). Mas uma perspectiva histórica relativiza tudo isto.
No ABRUPTO:
1-
2 -

sábado, 8 de dezembro de 2007

Fantástico!

Hoje passei pelo Campo Pequeno ao fim da tarde e, por mero acaso, estava a decorrer um concerto de um coro qualquer de gospel português. Fiquei a ver. E fiquei maravilhado!!
Quero mais! E quero saber o nome do coro!
Jovens, bem dispostos, a transmitir energia… fantástico!!

O coro é o St. Dominic’s Gospel Choir.

Na próxima semana há mais…

Assim conhecidas, cantaram "Oh Happy Day"… e esta canção celebrizada pelo Nescafe… alguém sabe o nome e quem canta?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Blogosferando por aí - 7


A Origem das Espécies analisa "la victória de mierda", do democrata do momento, Chávez....

O meu companheiro de viagem

Quando vinha hoje para casa, o meu companheiro de viagem MP3 vinha a cantarolar a “Canção do beijinho”, de Herman José, e dei comigo quase a rir à gargalhada. Aquela letra é genial!
Sim, é estranho, mas esta é uma das preciosidades que constam do meu MP3… Ah, também lá está o “Serafim Saudade”! É importante para manter a sanidade mental.
Mas há muito mais naquele quarto portátil de 1Gb.
Destacadíssimos estão The Gift. Como fã confesso, tinha de ser. Mas ainda há espaço para Queen. Estas duas bandas são sagradas.


Para além destes, há para todos os gostos: Rui Veloso (Porto Covo e Porto Sento, e tantas outras), Pedro Abrunhosa, Adriana Calcanhoto, Ney Matogrosso, Diana Krall, Michael Bublé, Jorge Palma, José Cid (sim, está lá a Cabana…), Shakira, Carlos do Carmo, U2, Frank Sinatra (My Way é My Way), Nelly Furtado, Pearl Jam, Robbie Willians, Rodrigo Leão (Pasión é qualquer coisa…), Rolling Stones, Sérgio Godinho, Eric Clapton, Guns’n’Roses, a boa sorte de Vanessa da Mata e Ben Harper, Damien Rice, David Fonseca… há até Amistades Peligrosas e umas coisas dos Wham!


É uma salganhada? Pois é!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Quem os atura?

É esta a capa da Executive Digest neste mês de Dezembro. Útil. E não apenas para aspectos profissionais.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Imagem sem palavras - 55

Apetece fazer isto muitas vezes...

Password rejeitada

Recebi esta anedota feminista... que até tem piada:
Uma engenheira de informática estava a ajudar um colega da empresa a configurar o computador e perguntou-lhe que password ele queria utilizar. O homem, tentando atrapalhá-la, disse:
- Pénis.
Ela, sem dizer uma palavra e sem se rir ou dar parte de fraca, introduziu a password. Mas não conseguiu resistir e quase que morria de riso quando o computador deu a resposta:
" PASSWORD REJEITADA: NÃO TEM TAMANHO SUFICIENTE"

Afinal não aconteceu... para já

Chávez foi derrotado no referendo. Embora por uma unha negra. Vamos ver por quanto tempo, pois o supra-sumo da democracia há-de arranjar forma de ultrapassar este contratempo e impôr-se como senhor omnipotente da Venezuela.
Ler A Origem das Espécies aqui. Subscrevo inteiramente.
A frase de hoje no Citador, de Erich Fromm, é perfeita para a situação: "A ânsia de poder não é originada da força, mas da fraqueza".

domingo, 2 de dezembro de 2007

Imagem sem palavras - 54

Democracia ditatorial de Chávez


Hoje a Venezuela referenda – de facto, trata-se de um plebiscito… - as alterações à Constituição propostas por esse grande democrata Hugo Chávez.
Passei os olhos por alto no documento que é submetido à apreciação dos cidadãos venezuelanos. Contém uma série de coisas inócuas, uns disparates, uns politicamente correctos (a designação de o “Presidente o Presidenta de la República, el Primer Vicepresidente o Primera Vicepresidenta, los Vicepresidentes o Vicepresidentas, los Ministros o Ministras”. Tanto respeito pelo género…), e o dedo do Presidente (ou Presidenta) em tudo o que mexe na República Bolivariana de Venezuela.

Citando alguns preciosismos:

- No artigo 21. “Todas las personas son iguales ante la ley; en consecuencia:
1. Se prohíbe discriminaciones fundadas en lo étnico, género, edad, sexo, salud, credo, orientación política, orientación sexual, condición social o religiosa o aquellas que, en general, tengan por objeto o por resultado anular o menoscabar el reconocimiento, goce o ejercicio, en condiciones de igualdad, de los derechos y libertades.”
Claro que este articulado não impede que, por exemplo, hoje um ex-ministro lá do sítio, após declarações em que acusa Chávez de ditador, tenha sido vítima de um prmeditado acidente automóvel.

- No artigo 90, e na sequência da redução do horário de trabalho para 6h diárias: “Ningún patrono o patrona podrá obligar a los trabajadores o trabajadoras a laborar horas o tiempo extraordinario. El Estado promoverá los mecanismos para la mejor utilización del tiempo libre en beneficio de la educación, formación integral, desarrollo humano, físico, espiritual, moral, cultural y técnico de los trabajadores y trabajadoras, de acuerdo con la ley respectiva.”
Quanta bondade! Quem tem algunas noções de ciência política sabe que há umas coisas chamadas mecanismos ideológicos de opressão.

- No artigo 230 a ditadura – perdão, democracia do povo – é estabelecida (antes havia um limite de dois mandatos): “El período presidencial es de siete años. El Presidente o Presidenta de la República puede ser reelegido o reelegida.”

E muito mais, mas o documento está disponível na net para os interessados.

Sobre estas democracias, muito bem embrulhadas em populismos (por exemplo, hoje Chávez foi votar com o seu filho nos braços), convém olhar com muita desconfiança, vendo o que é de facto a sua prática.
Tenho lido que “na Venezuela, a pobreza diminui, o emprego cresce e, com ele, o PIB (12%!).” E se o preço do petróleo cair para 30% do valor actual? Gostava de ter o parecer de um organismo independente e credível sobre esta informação de desenvolvimento. Pão e circo também alegravam os romanos…
Os Gato Fedorento foram geniais e certeiros:

sábado, 1 de dezembro de 2007

Cantinho do hooligan

Citando A Origem das Espécies, de Francisco José Viegas:

"1. Depois de ter sido assobiado de cada vez que tocava na bola, Ricardo Quaresma explicou o que é a trivela.

2. O FC Porto é tão bom que 60.000 benfiquistas foram vê-lo jogar no Estádio da Luz.

3. Primeira parte do FC Porto absolutamente impecável, competente e engenhosa. A segunda parte foi branda, e chegou. O golo dos 90' minutos não veio; a bola não entrou.

4. Quaresma marcou; mas Lisandro esteve cinco estrelas. Lucho como sempre, um meteorologista detectando o jogo.

5. Obrigado a todos."

Venha o próximo!

Imagem sem palavras - 53








Um sereno gato que estava hoje nas traseiras...

Amistosas indefinições

Rever amigos que não via há 5 ou 6 anos é… qualquer coisa.
Fantástico!
Todos dizem que envelheceram. E que eu estou na mesma.
Bah!
Mas... amizade rejuvenesce.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Blogosferando por aí - 6


1 - N'Os Canhões de Navarone, uma análise certeira sobre as posições de certa esquerda perante Chávez, esse modelo de democrata...
2- O 31 da Armada e o sistema que beneficia sempre o Porto. Quem é bom, é bom!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Imagem sem palavras - 52

Elevador de Santa Justa - Lisboa

Sopa de letras

Tendo saído já tarde, e sem vontade para ainda ir cozinhar, fui jantar ao Campo Pequeno. Enquanto pagava, pousei o livro que ando a ler ("Portugal - o pioneiro da globalização") no balcão. O brasileiro agarra-o para ver o título e atira esta pérola:
"Leitura também é cultura"

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Eles estão doidos!

António Barreto escreveu esta semana, no seu habitual "Retrado da Semana" do Público, sobre o fundamentalismo da ASAE.
O texto está tão bom que aqui fica:
"A meia dúzia de lavradores que comercializam directamente os seus produtos e que sobreviveram aos centros comerciais ou às grandes superfícies vai agora ser eliminada sumariamente. Os proprietários de restaurantes caseiros que sobram, e vivem no mesmo prédio em que trabalham, preparam-se, depois da chegada da “fast food”, para fechar portas e mudar de vida. Os cozinheiros que faziam a domicílio pratos e “petiscos”, a fim de os vender no café ao lado e que resistiram a toneladas de batatas fritas e de gordura reciclada, podem rezar as últimas orações. Todos os que cozinhavam em casa e forneciam diariamente, aos cafés e restaurantes do bairro, sopas, doces, compotas, rissóis e croquetes, podem sonhar com outros negócios. Os artesãos que comercializam produtos confeccionados à sua maneira vão ser liquidados.
A solução final vem aí. Com a lei, as políticas, as polícias, os inspectores, os fiscais, a imprensa e a televisão. Ninguém, deste velho mundo, sobrará. Quem não quer funcionar como uma empresa, quem não usa os computadores tão generosamente distribuídos pelo país, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer-se de produtos e matérias-primas industriais e quem não quer ser igual a toda a gente está condenado. Estes exércitos de liquidação são poderosíssimos: têm Estado-maior em Bruxelas e regulam-se pelas directivas europeias elaboradas pelos mais qualificados cientistas do mundo; organizam-se no governo nacional, sob tutela carismática do Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho; e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelas multinacionais da gordura, pelo cartel da ração e pelos impérios do açúcar.
Em frente à faculdade onde dou aulas, há dois ou três cafés onde os estudantes, nos intervalos, bebem uns copos, conversam, namoram e jogam às cartas ou ao dominó. Acabou! É proibido jogar!
Nas esplanadas, a partir de Janeiro, é proibido beber café em chávenas de louça, ou vinho, águas, refrigerantes e cerveja em copos de vidro. Tem de ser em copos de plástico.
Vender, nas praias ou nas romarias, bolas de Berlim ou pastéis de nata que não sejam industriais e embalados? Proibido.
Nas feiras e nos mercados, tanto em Lisboa e Porto, como em Vinhais ou Estremoz, os exércitos dos zeladores da nossa saúde e da nossa virtude fazem razias semanais e levam tudo quanto é artesanal: azeitonas, queijos, compotas, pão e enchidos.
Na província, um restaurante artesanal é gerido por uma família que tem, ao lado, a sua horta, donde retira produtos como alfaces, feijão verde, coentros, galinhas e ovos? Acabou. É proibido.
Embrulhar castanhas assadas em papel de jornal? Proibido.

Trazer da terra, na estação, cerejas e morangos? Proibido.
Usar, na mesa do restaurante, um galheteiro para o azeite e o vinagre é proibido. Tem de ser garrafas especialmente preparadas.

Vender, no seu restaurante, produtos da sua quinta, azeite e azeitonas, alfaces e tomate, ovos e queijos, acabou. Está proibido.
Comprar um bolo-rei com fava e brinde porque os miúdos acham graça? Acabou. É proibido.

Ir a casa buscar duas folhas de alface, um prato de sopa e umas fatias de fiambre para servir uma refeição ligeira a um cliente apressado? Proibido.
Vender bolos, empadas, rissóis, merendas e croquetes caseiros é proibido. Só industriais.

É proibido ter pão congelado para uma emergência: só em arcas especiais e com fornos de descongelação especiais, aliás caríssimos.
Servir areias, biscoitos, queijinhos de amêndoa e brigadeiros feitos pela vizinha, uma excelente cozinheira que faz isto há trinta anos? Proibido.

As regras, cujo não cumprimento leva a multas pesadas e ao encerramento do estabelecimento, são tantas que centenas de páginas não chegam para as descrever.
Nas prateleiras, diante das garrafas de Coca-Cola e de vinho tinto tem de haver etiquetas a dizer Coca-Cola e vinho tinto.

Na cozinha, tem de haver uma faca de cor diferente para cada género.
Não pode haver cruzamento de circuitos e de géneros: não se pode cortar cebola na mesma mesa em que se fazem tostas mistas.

No frigorífico, tem de haver sempre uma caixa com uma etiqueta “produto não válido”, mesmo que esteja vazia.
Cada vez que se corta uma fatia de fiambre ou de queijo para uma sanduíche, tem de se colar uma etiqueta e inscrever a data e a hora dessa operação.

Não se pode guardar pão para, ao fim de vários dias, fazer torradas ou açorda.
Aproveitar outras sobras para confeccionar rissóis ou croquetes? Proibido.

Flores naturais nas mesas ou no balcão? Proibido. Têm de ser de plástico, papel ou tecido.
Torneiras de abrir e fechar à mão, como sempre se fizeram? Proibido. As torneiras nas cozinhas devem ser de abrir ao pé, ao cotovelo ou com célula fotoeléctrica.

As temperaturas do ambiente, no café, têm de ser medidas duas vezes por dia e devidamente registadas.

As temperaturas dos frigoríficos e das arcas têm de ser medidas três vezes por dia, registadas em folhas especiais e assinadas pelo funcionário certificado.

Usar colheres de pau para cozinhar, tratar da sopa ou dos fritos? Proibido. Tem de ser de plástico ou de aço.
Cortar tomate, couve, batata e outros legumes? Sim, pode ser. Desde que seja com facas de cores diferentes, em locais apropriados das mesas e das bancas, tendo o cuidado de fazer sempre uma etiqueta com a data e a hora do corte.

O dono do restaurante vai de vez em quando abastecer-se aos mercados e leva o seu próprio carro para transportar uns queijos, uns pacotes de leite e uns ovos? Proibido. Tem de ser em carros refrigerados.

Tudo isto, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde. Para modernizar a economia. Para apostar no futuro. Para estarmos na linha da frente. E não tenhamos dúvidas: um dia destes, as brigadas vêm, com estas regras, fiscalizar e ordenar as nossas casas. Para nosso bem, pois claro."

Ora bem...

Alberto João Jardim, hoje:
"O senhor Engº Sócrates pode ser esperto, mas os outros também não são burros."

Um Presidente

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Falar de assuntos...

Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da Confederação da Indústria Portuguesa e presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, disse isto em entrevista ao PÚBLICO: "Salário mínimo nos 500 euros pode gerar mais desemprego."
Pois...
O que diria se conhecesse Enzo Rossi?
O patrão das massas La Campofilone (Itália) "tentou viver com o ordenado que pagava aos empregados. Ao fim de 20 dias percebeu que ia começar a passar fome e tomou uma decisão radical: aumentou-os em 200 euros.". Nota importante: o salário anterior era de 1000€. (revista Sábado, nº 186)
Era muito bom que certos iluminados descessem à terra. Mas há quem fale de assuntos, citando o outro....

domingo, 25 de novembro de 2007

Parafraseando - 6

"Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic."

Parafraseando - 5

"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença."

Parafraseando - 4

"Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo."

Imagem sem palavras - 51

Ponta de São Lourenço, a partir de Machico

Politicamente correcto

"Vivemos sobre um despotismo 'iluminado' que não aceita a irregularidade, a dissidência, o direito de cada um à sua própria vida e ao uso irrestrito da sua própria cabeça."

Vasco Pulido Valente, no PÚBLICO de 25-11-2007

Debatendo ideias...

Juan Masiá, teólogo e padre jesuíta espanhol, deu uma interessante entrevista ao caderno P2 do Público. “Manifesta opiniões sobre temas como o aborto, o divórcio ou a bioética que, dentro da Igreja, estão muito longe das teses oficiais.”

Alguns excertos:

“Tanto ao ciência como a mística, que parecem opostas, coincidem em deixar-se mudar pela realidade. O autêntico cientista não presume ter a totalidade da verdade, está disposto a mudar. E o autêntico teólogo tem que ser humilde e admitir que a realidade vai mudando. Religião e ciência têm que ter uma atitude de busca e de caminho e não de dizer que têm as respostas todas.”

“A religião ou a ética, quando querem impor as suas respostas, também estão a fazer ideologia. O problema não é a religião ou a ciência, mas a ciência e a religião convertidas em ideologia. Isso é fundamentalismo. O autêntico cientista e o autêntico religioso são abertos a uma ética de perguntas: descobrimos algo novo, como usá-lo para bem da humanidade e da vida?”
"É muito interessante a maneira como os bispos japoneses falaram do problema (do divócio). Primeiro, dedicam várias páginas ao ideal. Depois referem: dito isto, por circunstâncias que são culpa de ambos ou de nenhum. E dizem três coisas: que os casais sejam acolhidos como Cristo os acolheria; que sejam acolhidos calorosamente; e que se caminhe com eles nos passos que dão para refazer a vida".
E termina citando o padre Pedro Arrupe: "o cristianismo, mais que religião do amor, é religião de esperança".

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Eu gosto!

Gosto da música, da letra, do vídeo. Gosto!

PROTESTO!

O CDS-PP está a promover um abaixo assinado para obrigar o Estado a publicar as suas dívidas para com os cidadãos, tal como faz com os cidadãos que devem ao Estado.

Para obrigar a discussão no plenário da Assembleia da República eram necessárias 4000 assinaturas. Em apenas uma semana já vai em 4650!

Para acabar com este abuso do Estado que exige tudo a todos, mas que não se vê ao espelho, assinar O Estado Mau Pagador.

Não me parece que este caminho seja o mais correcto, porque exacerba o pior da cidadania, e põe de lado o que seria um comportamento normal de cidadãos responsáveis e conscientes, mas este Estado só funciona desta maneira. É um problema cultural.

Este planeta fantástico...


A Terra "tal como ela é"

É um momento histórico: pela primeira vez, uma fotografia da Terra mostra as verdadeiras cores do nosso planeta. Muito azul, menos castanho do que se pensava e – na parte inferior da imagem – o continente australiano em claro destaque. Esta Terra “tal como ela é” foi captada pela sonda Rosetta no dia 15 de Novembro, às 03h30. (PÚBLICO)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Verdade abrupta

"QUEM FICA MAIS POBRE DEVAGAR ACEITA CADA VEZ MAIS O MANDO
Porque é que já estivemos melhor e agora estamos pior e há retrocesso? Porque estamos a ficar mais pobres, com menos esperança, mais presos ao pouco que temos, mais confinados ao mesmo espaço minúsculo, todos em cima dos bens cada vez mais escassos a patrulhar para que os outros não fiquem com eles. Estamos a pagar o preço de um modelo “social” único, de uma Europa única, de um pensamento único que racionaliza este caminho para a pobreza como não tendo alternativa e pune a dissidência.
Só se pode ser pessimista e agir como pessimista, até porque a ideia de que os pessimistas não fazem nada é típíca dos optimistas na sua beatitude."
Pacheco Pereira, no ABRUPTO

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A paranóia da ASAE


A paranóia fundamentalista da ASAE chegou este fim-de-semana à Ginginha do Rossio. E fechou esta fantástica e típica tasca lisboeta.

Ler o excelente artigo de Francisco José Viegas, no JN de hoje. Deixo apenas um excerto:

"A Ginjinha do Rossio era um monumento nacional. Uma referência que amigos italianos, brasileiros e alemães procuravam para provar uma das melhores ginjinhas portuguesas. Aquele espaço tresandava a história e a convivialidade, a sorrisos largos e a um leve ondular de fígados conservados em ginja. Pois que se varrese o seu chão com mais frequência. Que se pusesse um médico à porta. O mal, porém, não é apenas o encerramento da Ginjinha do Rossio, esse parapeito da história da cidade e do país. O mal é a onda de lixívia sintética que vai passando por tudo quanto é "segurança alimentar" nas vetustas tascas onde vinhos fatais fizeram literatura e, certamente, doenças hepáticas. Essa onda que prega a normalização dos costumes alimentares acabará com a pequena alma dessas nobres instituições de pecado, como a Ginjinha do Rossio. Portugal aplica estas leis melhor do que ninguém. A breve prazo, agentes policiais entrarão nas nossas casas apreendendo bacalhau com excesso de sal e ginja da Beira Alta. Seremos saudáveis e faremos jogging. Tudo o resto será encerrado."

Concordo com ele quando diz que não tarda nada temos a ASAE em nossas casas a ver as nossas cozinhas... Está tudo louco!
Não ía lá todas as semnas, nem sequer todos os meses, mas é uma imagem que se perde. Às tantas mandam pôr aquele minúsculo espaço todo forrado em alumínio e mais não-sei-quê.
Eu quero voltar a pedir uma ginginha "sem elas"... é que leva mais!

Consta que cresceram...


sábado, 17 de novembro de 2007

A Estranha em Mim


O filme já está em exibição há várias semanas, e, embora estivesse curioso, só agora o fui ver, após ter lido várias críticas.

Originalmente chamado The Brave One, a tradução portuguesa dá-lhe um título particularmente feliz e apropriado: A Estranha em Mim.

Começa num ambiente romântico, na preparação do casamento de Erica Bain e David, que uma tragédia brutalmente impede. E destrói a felicidade futura de ambos.
A partir daí, inicialmente por medo, depois de forma decidida, Erica irá fazer justiça pelas próprias mãos.

O trauma de sair à rua após o assalto e assassinato do namorado. Mais que receio, o medo de ir à rua. O medo das pessoas, dos lugares. Da repetição.
A lentidão da justiça para fazer justiça. O sentimento de que as autoridades nada fazem, protelam, envolvem tudo em burocracias…

O desempenho de Jodie Foster – fantástico! – traz à tona as personalidades secretas e desconhecidas que cada um tem. O estranho que mora dentro de nós, e que ignoramos até ao limite. Ou, visto de outra forma, as forças desconhecidas que descobrimos ter em tempos de provação, em situações limite.

Embora sem comparação possível com o enredo do filme, também já tive algumas destas sensações após ter sido assaltado no Metro no início do ano passado. E não me considero curado. Há receios que se entranham e permanecem.

Este filme tem algumas críticas e análises muito boas. Destaco a do Corta-fitas e a de Paulo Portas, no SOL.

Sem dúvida alguma, um filme a ver e a rever.

Leva 5 estrelas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Espreita-se neles a sombra do amor

Há quem escreva de forma mágica. A Inês é assim no seu Trambolhão.
"Espreita-se neles a sombra do amor. Abre-se uma nesguinha da porta e um coração quase que explode na nossa cara. Quando um homem ama, leva a sua amada em bicos de pés, como se se tratasse dum cristal. Pega nela devagarinho para não a partir ou magoar, leva-a na palma das mãos. Sentada na almofada ela sorri, e pode perder tempo com outros disparates. O homem às vezes vira costas e vai matar alguns inimigos, e atirar uns canhões e mostrar que é homem. E beber umas cervejolas. Mas se ele desistir de tudo só porque a sua mulher partiu uma unha, está condenado a amá-la durantes séculos de amor, reinventados em reencarnações supremas.
O amor dos homens é mais forte, é como uma rocha estável, é um amor feliz porque se resignou a amar aquela. E não a outra. As mulheres quando amam é mais fácil, sentem ondas de amor, que são contínuas, mas maleáveis, ondulam-se ao sabor do dia-a-dia, porque sabem que do outro lado existe um amor seguro, que as pemrite ondularem-se. Se alguns tempos atrás escrevi com raiva sobre o facto de os homens só me falarem de ex-namoradas, percebo agora, que o amor deles quando existe, é só um. Uno e indívisivel, para com aquela mulher. E que demora a passar, porque eles não querem largar o cristal, nem encontram espaço ou armários terrestres que o acolham facilmente."

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Perspectivas

A Terra nasce sobre a superfície da Lua, conforme se pode ver neste frame de um vídeo gravado a bordo do explorador lunar japonês Kaguya. (semanário SOL)
Para quem costuma ter o rei na barriga, a Terra vista de longe é tão pequena...

Para onde vamos?

Nos jornais gratuitos de hoje li dois artigos de opinião que me apetecia transcrever integralmente. Não sendo possível, deixo apenas algumas referências.

1-
No Meia Hora, Luciano Amaral comenta uma nova lei italiana feita propositadamente após um romeno ter violentado e assassinado a mulher de um alto oficial da marinha. Vai daí, o governo de Romano Prodi (novamente primeiro-ministro de Itália, após ter sido presidente da Comissão Europeia), “perante o horror público, decidiu que o problema era dos ciganos romenos em geral, pelo que fez passar no parlamento uma lei permitindo a deportação de estrangeiros “suspeitos” de perturbar a “segurança pública”. Num estado de direito todos são inocentes até prova em contrário. A lei inverte a lógica: os estrangeiros (ciganos romenos) são suspeitos sem sequer conseguirem provar o contrário. É típico da esquerda: vive tão convencida da sua razão que quando toma medidas não pára um segundo”.
Mais à frente acrescenta:
“O que levanta um problema, não apenas sobre a Itália mas sobre a Europa em geral. Tem-se expandido pelo continente um estranho consenso no ódio ao “estrangeiro”. A mais bem intencionada pessoa de esquerda está, num instante, a verberar a xenofobia e, no seguinte, a explicar quão horríveis são “os chineses”. O primeiro-ministro italiano Prodi, que tanto lutou pela liberdade de circulação na Europa quando Presidente da Comissão Europeia, no outro dia explicava que “ninguém previu o afluxo maciço de romenos a Itália””
Enfim….

2-
O outro texto era de Jaime Antunes, publicado no OJE, e, a propósito da polémica das Estradas de Portugal, versava assim: “Os contribuintes pagam os seus impostos para o Estado fazer face `s suas despesas, entre as quais se encontram os investimentos em infraestruturas. As estradas vão ser pagas com a nova taxa/imposto; na saúde cada vez mais se impõe e bem o princípio do utilizador pagador; no ensino superior vigoram as propinas e o básico e secundário é cada vez mais uma responsabilidade das câmaras; com a factura da electricidade pagamos a RTP. O Estado não paga nada. As receitas dos impostos servem para quê?”
3-
Ainda nos jornais diários, desta vez no Diário de Notícias, Pedro Lomba escreve sobre os recentes acontecimentos na Cimeira Ibero-americana protagonizados por Hugo Chávez e pelo rei Juan Carlos. Sob o título "O dia em que fomos monárquicos", acaba por afirmar que, não sendo monárquico (eu já tive mais alergia à monarquia...), "quando Juan Carlos saiu da mesa acho que me tornei num carlista. Quero um Rei destes. Até pode ser absoluto." Eu também!
* os destaques são meus.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

The Gift -- 645



Letra:
Want to tell you that I love you because I really do. Want to give you the answers if you ask me to. Want to leave your door for the last time, want to leave the floor for the first time.

Leave the boys, leave the girls, leave it all behind… Trust your dreams, your thoughts it’s a matter of time. Run right, run left just don’t look back… Take this trip as your first step. Because the tears that we waste only make us blow, why we keep in Repeat this Antony song “forgive me, forgive me”

You know why tried to be simple, I tried a lie… everything is perfect from there, and you know I need you there.