domingo, 16 de dezembro de 2007

Marginalidades

Ao passar na Rua do Carmo, junto ao Chiado, lá está um “jovem”, drogado até dizer “chega!”, que costuma lá estar, acompanhado por um cão. Tal como das outras vezes, a cambalear pela rua, ia ensaiando um acordes natalícios na sua flauta. Todos o ignoravam e tentavam manter à distância.
Num canto do passeio, o cão deitado, abafado com o casado do “artista”. E uma caixa para contribuições.
Ele magríssimo. O cão bem tratado.
Mas escrevo isto pelo seguinte: o artista no meio da rua a tentar angariar uns trocos; o cão, no canto, a olhar para ele com um ar inteligente e a falar com os olhos. Para mim, o cão dizia: “coitado! Ao que as pessoas chegam…”
Gostaria de ter tirado uma fotografia.

Sem comentários: