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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Um tratado de vantagens...

Ontem entrou em vigor o Tratado de Lisboa.
O Tratado de Lisboa é muito bonito.
Eu gosto muito do Tratado de Lisboa.
Eu não sei o que traz de novo o Tratado de Lisboa.

Que alterações traz o Tratado de Lisboa em termos de projecção internacional da UE?
Para além dos novos cargos (presidente e MNE europeu), o que muda com o Tratado de Lisboa?
O que muda no funcionamento interno da UE?
E na relação de forças entre países e órgãos da UE?

Mas pronto, o Tratado de Lisboa é muito bom.

sábado, 3 de outubro de 2009

Irlanda: agora em versão democrática...

Neste segundo referendo na Irlanda para aprovar o Tratado de Lisboa, foi obtida a resposta pretendida: sim.

É tão bonito este momento democrático a nível europeu...

Se a resposta dos cidadãos só pode ser uma, para quê fazer referendos?!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Tratado de Lisboa - 3

Há alguns anos, quando foi concluído o tratado de Nice, este era A solução da União Europeia.
Agora, a cura milagrosa, envolta no "espírito de Lisboa", é o tratado de Lisboa.
SE... algum governo tiver a coragem (daqueles em que não é constitucionalmente obrigatório, como a Irlanda) de submeter o tratado a referendo, e ele for chumbado, este momento-maravilha da UE, sob presidência do sumo sacerdote Sócrates, como deve ser lido?
Ou irão todos os governos suicidar-se nessa noite?
Nota de rodapé: costa que a Bélgica está sem governo há 6 meses e ainda não fechou...

Tratado de Lisboa - 2

Do pouco que li, vi e ouvi sobre a cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa...
1 - gostei imenso de ver a descontraída chegada de Sarkozy à cerimónia. Ao quebrar o protocolo para ir falar com os jornalistas, e dando uma pequena corrida para chegar aos anfitriões Sócrates e Luís Amado. Na Europa sisuda isto é quase uma ofensa. Nos EUA, todos os anos - sim, todos os anos! - o presidente goza consigo próprio. Já viram o filme de Natal deste ano da Casa Branca? Cada vez gosto mais do estilo Sarkozy...
2 - mau jornalismo, sobretudo a imprensa nacional, a dar aleluias e hossanas a Sócrates e a cada palavra que diz, por mais banalidades que o senhor diga. Deplorável! Em inglês técnico: disgusting!
3 - péssimas as leituras rebuscadas para justificar o atraso de Gordon Brown para a assinatura do tratado. Ontem li num jornal qualquer que a presença dele era obrigatória - sim, obrigatória! - num qualquer debate ou comissão no parlamento inglês. Em Portugal é que reina a balda perante o parlamento.

Tratado de Lisboa


Escrevi isto poucos dias depois de o Tratado de Lisboa ter sido aprovado em Outubro. Na altura não publiquei. Agora, a pretexto da pomposa e circunstancial assinatura, cá deixo o que escrevi:

Alguns dos visitantes deste humilde recanto blogosférico devem ter estranhado não ter escrito ainda uma palavra sobre a forma como o Tratado de Lisboa deve ser ratificado.
O assunto merece-me algumas reflexões:

1 –
o que TODOS os políticos europeus querem é seguir em frente com os tratados que aprovam, sejam de Lisboa, Nice, Maastrich ou outro sítio qualquer.

2 – se assim é, e, caso o resultado seja contrário às suas vontades, hão-de repetir o referendo até obterem a resposta que querem (ver casos dos referendos em França e na Holanda em 2005, ou do aborto em Portugal), nem vale a pena gastar um cêntimo aos cidadãos contribuintes para promover uma coisa que eles chamam de referendo, mas que de facto querem que seja um plebiscito.

3 – se houver um referendo, seja em Portugal, seja noutro qualquer país da União Europeia, a campanha irá ser sobre tudo menos sobre o conteúdo do tratado aprovado em Lisboa, e assinado hoje com pompa e circunstância. Ou seja, ruído e lixo.

4 – irrita-me – é essa a palavra – que certas forças políticas sejam contra o referendo quando há o risco de vencer a posição contrária à que defendem, e favoráveis ao referendo quando a situação é inversa. Veja-se o PCP: era contra o referendo sobre o aborto, com medo de o resultado ser contrário às suas ideias; agora é a favor, fazendo fé que os portugueses se irão lembrar de votar contra o tratado.

5 – não sou grande fã de referendos. Portugal é uma democracia representativa, o que significa que elege os seus representantes, nos quais delega poderes decisórios. Democracias referendárias lembram-me o sistema Chávez: “vocês escolhem, mas escolhem o que eu quero!”

6 – apesar disto, dou importância a um argumento do Carlos Magno sobre o eventual referendo ao Tratado de Lisboa: vamos referendar, para mostrar aos opositores que somos pró-Europa.

7 – ao mesmo tempo, acho patético o argumento lançado por alguns políticos nacionais (não sei se Sócrates) de que os portugueses aprovariam o tratado por uma questão patriótica: o tratado tem o nome de Lisboa. Se o cerne do debate em Portugal for sobre esta superior questão, por favor não se incomodem em promover o referendo.

8 – era importante que em Portugal se debatesse a UE, a sua evolução, as suas perspectivas, as suas implicações, as transferências de soberania. De forma real e aprofundada, sem ser contagiada por questões laterais, demagogias e afins. Para tal, porque não organizar uma série de debates (televisivos, radiofónicos…) com especialistas e/ou políticos imparciais que não sejam caixas de ressonância de direcções partidárias, sejam elas quais forem? Acredito que é possível tratar estas questões captando a atenção dos cidadãos e tendo boas audiências. Em vez de encherem as televisões com novelas e concursos idiotas (é que nem filmes dão a horas dignas!)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

"Porreiro, pá!"

Foi desta forma efusiva que José Sócrates se dirigiu a Durão Barroso após a declaração de que tinha sido fechado o acordo sobre o futuro Tratado de Lisboa.



Será bom, será mau? É certamente o acordo possível após 6 anos de negociações e impasses, agravados pelas rejeições da anterior proposta de Constituição por parte do eleitorado francês e holandês.
Claro que não é um acordo perfeito. Será mais do agrado de uns do que de outros. Mas é assim que a humanidade – e a Europa – tem evoluído ao longo dos séculos. Se fosse tudo perfeito, a história do Homem seria uma rua de sentido único, sem expectativa. Um beco sem saída.
Um filósofo disse que o homem é ele e a sua circunstância. E isto é tanto mais verdade quando se fala de uma instituição da dimensão da União Europeia, com múltiplas culturas, múltiplos actores, e um sem-número de interesses.

A política é a arte do possível, e todos sabemos que em política não há amigos, há interesses.
Por isso, foi muito interessante ouvir, ao fim da tarde de hoje, o depoimento do jornalista António Esteves Martins no programa Contraditório, da Antena 1 (já disponível em podcast, para os interessados), sobre os meandros e as histórias das negociações. Vale a pena ouvir.

E, diga-se o que se dizer, este acordo trata-se de um vitória. Para a presidência portuguesa. Para José Sócrates. Para Luís Amado (Ministro dos Negócios Estrangeiros), Lobo Antunes e toda a sua equipa. E para Durão Barroso.

Já está!

De acordo com a Antena 1, já há acordo.
Com o Tratado de Lisboa por almofada, podemos ir dormir descansados...

Até amanhã.