sexta-feira, 19 de outubro de 2007

"Porreiro, pá!"

Foi desta forma efusiva que José Sócrates se dirigiu a Durão Barroso após a declaração de que tinha sido fechado o acordo sobre o futuro Tratado de Lisboa.



Será bom, será mau? É certamente o acordo possível após 6 anos de negociações e impasses, agravados pelas rejeições da anterior proposta de Constituição por parte do eleitorado francês e holandês.
Claro que não é um acordo perfeito. Será mais do agrado de uns do que de outros. Mas é assim que a humanidade – e a Europa – tem evoluído ao longo dos séculos. Se fosse tudo perfeito, a história do Homem seria uma rua de sentido único, sem expectativa. Um beco sem saída.
Um filósofo disse que o homem é ele e a sua circunstância. E isto é tanto mais verdade quando se fala de uma instituição da dimensão da União Europeia, com múltiplas culturas, múltiplos actores, e um sem-número de interesses.

A política é a arte do possível, e todos sabemos que em política não há amigos, há interesses.
Por isso, foi muito interessante ouvir, ao fim da tarde de hoje, o depoimento do jornalista António Esteves Martins no programa Contraditório, da Antena 1 (já disponível em podcast, para os interessados), sobre os meandros e as histórias das negociações. Vale a pena ouvir.

E, diga-se o que se dizer, este acordo trata-se de um vitória. Para a presidência portuguesa. Para José Sócrates. Para Luís Amado (Ministro dos Negócios Estrangeiros), Lobo Antunes e toda a sua equipa. E para Durão Barroso.

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