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domingo, 1 de abril de 2012

Os candidatos pós-Jardim

Na Madeira, pela primeira vez, perfilam-se candidatos oficiais à sucessão de Alberto João Jardim na liderança do PSD-Madeira.
Um deles é o eterno pré-candidato Miguel Albuquerque, presidente da Câmara do Funchal desde 1994. E em muitas situações discordante de Jardim.
Além dele, um outro jovem, cujo nome não encontro, também já se disponibilizou para avançar caso Jardim não o faça.
A laranja da Madeira começa a mudar...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tolerância de ponto?!


O despacho assinado por Alberto João Jardim determina a dispensa ao serviço, a partir das 14h de amanhã, dos trabalhadores dos serviços públicos e dos institutos e empresas públicas sob tutela do Governo Regional. A ‘tolerância’ é dada para “permitir aos mesmos assistirem, pessoalmente ou através dos meios de comunicação social”, ao acto solene marcado para as 17h, na Assembleia Legislativa da Madeira, com transmissão em directo pelo centro regional da RTP. A dispensa não abrange os serviços que, pela sua natureza, tenham de manter-se em actividade, casos das escolas e unidades de saúde."

Com a situação em que o país - e a região - está, há tolerância de ponto?
Está tudo louco?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Madeira, essa desconhecida

O caso da Madeira tem alimentado as notícias e comentários nos últimos dias. 
Hoje ao almoço tive de puxar dos galões para defender a Madeira e Jardim perante uma colega que, nunca tendo metido os pés na ilha, afirmava convicta que só há obra na "capital" (presumo que saiba que se chama Funchal) e que o homem é um "ladrão". 

Nem sequer é preciso ser residente na Madeira para se saber que a evolução da região é gigantesca. Eu, que vou lá de seis em seis meses, fico espantado com tantas mudanças num período tão curto! Há zonas que ficam quase irreconhecíveis em apenas seis meses.
E não é só na "capital". Todos os concelhos têm um nível de desenvolvimento espantoso devido, principalmente, à acção do governo regional.
Há desperdícios e obras desnecessárias? Claro que há. Até sou capaz de citar uma série delas.
O CDS, por exemplo, tem denunciado nesta campanha essa situação permanentemente na região. Acompanhem a campanha de José Manuel Rodrigues, líder regional do partido.

A questão do "ladrão"... argumento justificativo: "o homem irrita-me". Sem comentários.
Adiante.

Alberto João Jardim, em privado, é um gentleman. Pública e politicamente tem aquela personagem intempestiva e por vezes desagradável. Pode-se gostar ou não. Também tenho alturas em que não gosto nada. Mas daí a chamar "ladrão" e que se "anda a encher"... Não ponho as mãos no fogo, mas parece-me que há mais pessoas a encherem-se à volta dele do que ele.

A propósito: hoje, no Jornal da Noite da SIC, o Rodrigo Guedes de Carvalho, ao fazer um directo para a Madeira, atira com "os apaniguados de Jardim"... E que tal fazer jornalismo com respeito, hein?

Já agora: por que não pôr as televisões nacionais, que estão todas na Madeira, a cobrir as acções de campanha de todos os partidos para as eleições de Outubro?

Num momento de humor do Delito de Opinião, vejam a Lista de Justificações de Jardim.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Madeira é um Jardim?

A situação financeira na Madeira é gravíssima. Não apenas por estar descontrolada, mas pela ocultação da real situação das contas.
Como se diz no Corta-fitas, não deixa de ser pertinente que seja um Governo do PSD a revelar o descalabro financeiro escondido da Madeira. Revela uma independência rara neste país.
O facto de a actual maioria legislativa que suporta o governo PSD-CDS não precisar dos deputados da Madeira ajuda.
Por outro lado, ouvir Pedro Passos Coelho afirmar, com todas as letras, que “o que se passou desde 2004 na Madeira é uma irregularidade grave, que não tem compreensão”, e logo de seguida remeter a questão da confiança política para o PSD-Madeira e para os madeirenses, revelam uma coragem que não é frequente ver num primeiro-ministro face a Alberto João Jardim.


Com eleições no início de Outubro, não parece que a vitória folgada de Jardim esteja garantida. Só assim se compreendem as declarações que ele já fez depois de revelada esta situação.
Não acho que ele vá perder as eleições, mas não ficaria espantado se a maioria absoluta ficasse pelo caminho.

terça-feira, 29 de março de 2011

Acalmar os mercados

Cavaco Silva, em entrevista o Bloomberg, assegura que os três principais partidos lhe garantiram que se comprometem a cumprir as metas do défice definidas pelo Governo e a prosseguir a estratégia de consolidação orçamental.
A juntar a isto, a notícia publicada pelo SOL no fim-de-semana de que Cavaco só dará posse a um Governo de maioria.

Muitos não gostarão, mas é preciso colocar a máquina nos carris.
Já esta noite, na TVI24, Alberto João Jardim defendia uma maioria constitucional, ou seja, um entendimento a 2/3 no Parlamento

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Jardim nunca teve tantos votos como Coelho"

Lemos, e eis que se percebe o erro: estão a comparar universos eleitorais diferentes. 
Coelho teve 180.000 votos a nível nacional; Jardim só tem concorrido a nível regional, e o máximo que teve foram 90.377 votos em 2007.
Portanto, o título é uma pura barbaridade. Como diria Pacheco Pereira no seu programa da SIC-N, um mau trabalho.

Pergunto-me qual o motivo de tão brilhante texto (notícia?) neste jornal de referência...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Temporal na Madeira

Um temporal abateu-se sobre a Madeira. Funchal destruído. Outras zonas também bastante danificadas. Por várias vezes tento falar com familiares por lá, no Funchal e em Machico, mas sem sucesso. As ligações estão em baixo. Finalmente consigo falar com familiar no Funchal. Está bem, apesar da chuva. Habitação não está danificada. A baixa do Funchal é que está destruída e debaixo de água. De Machico consigo saber por interposto familiar. Tudo bem, apesar do temporal. No MSN, uma amiga confirma que nos Maroços está tudo controlado, apesar das enxurradas.

No que vou acompanhando na RTP-N, vejo muitas pessoas na rua, simplesmente movidas pela curiosidade, a ver a zona do Campo da Barca, por exemplo, e a tirar fotografias. Apesar dos avisos para as pessoas ficarem em casa, estes idiotas (sim, é este o nome) vão para ali. Põem a vida em risco e atrapalham a acção das autoridades.

Por outro lado, o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, espera uma aberta para seguir de Falcon para a Madeira, inteirar-se in loco do estado da situação. Irá acompanhado por responsáveis da protecção civil e engenheiros civis. José Sócrates também vai.
Pergunto-me: o que vão lá fazer? Nestas horas, ajuda de todos é necessária, sem dúvida. Mas acho que podiam inteirar-se da gravidade da situação a partir de Lisboa. E iam à região daqui a alguns dias, com o tempo melhor e com alguns trabalhos de recuperação já feitos. (Lembro-me que foi este ministro que fez uma reunião de emergência de madrugada, com a protecção civil, no dia do sismo. Serviu para quê? Para aparecer na televisão).
Tanto Sócrates como Rui Pereira já manifestaram a consternação e solidariedade com a situação na Madeira. É suficiente. A região tem governo próprio, e portanto este é o interlocutor para resolver a situação.

Entretanto a RTP-N avança já com 31 mortos. Jardim confirma 30.
Gostei de ver Jardim a fazer ponto de situação para a comunicação social. Ao trabalho.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A falsa polémica atribuída a Jardim

Ouvem-se os comentários e parece que Alberto João Jardim disse alguma barbaridade. Vamos ler a notícia no DN, e percebe-se que anda tudo histérico com nada. E que aquilo que lhe é atribuído faz todo o sentido.
E o próprio jardim, com uma ironia notável, já veio responder às análises fazendo uma série de questões que desmontam muitas dessas mesmas análises.

1 -
o que o PSD/Madeira propõe é que, em matéria de regimes políticos, "a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de direita, caso do fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional em vigor, como igualmente de esquerda, caso do comunismo". Isto é ligeiramente diferente daquilo que se ouve nos comentários.
Pergunto-me: o que está mal aqui? Que se saiba, fascismo e comunismo são duas ideologias autoritárias e totalitárias, embora de sinal contrário. Portanto, se o fascismo é "proibido" constitucionalmente, porque não o mesmo tratamento em relação ao comunismo?
Já o tenho afirmado: politicamente, somos um país hemiplégico. A complacência com que o comunismo e afins é tratado é que não faz sentido.
O que o PSD/M defende não é nada estapafúrdio.

2 -
para além deste ponto, a proposta do PSD/M vai mais longe: "que a referência a regiões autónomas no texto constitucional se faça em maiúsculas, que a expressão Estado Unitário seja substituída por Estrutura do Estado"; "a extinção do "vigilante oficial", representante da República; a possibilidade de candidaturas independentes às eleições legislativas regionais; a existência de partidos regionais; a possibilidade de as assembleias legislativas regionais, deputados e grupos parlamentares, bem como grupos de cidadãos eleitores, e o próprio presidente da Região Autónoma - nova figura proposta pelo PSD - poderem convocar referendos regionais sobre matérias de interesse regional que devam ser decididas pelos órgãos do Estado ou das Regiões Autónomas. Tudo isto "sem interferência de órgãos estranhos, como são os órgãos de soberania".
O texto apresenta mais de 30 alterações, entre elas a reconfiguração dos órgãos de Governo Regional, surgindo, deste modo, o cargo de presidente da Região Autónoma, que cumula a posição de chefe do Governo Regional com poderes de promulgação e veto dos diplomas regionais, entre outras. O PSD pretende, ainda, o reforço da superioridade dos estatutos político-administrativos, "verdadeiras constituições regionais em relação aos demais actos legislativos ordinários, do Estado ou das Regiões Autónomas", refere.

Claro que propostas concretas e de alguma ruptura no sistema constitucional incomodam alguns espíritos. E Alberto João Jardim sempre propôs alterações constitucionais de largo alcance.
A esquerda (e só ouvi Francisco Louça...) acha que esta proposta é intolerante, mas aceita ser intolerante em relação ao outro lado. Não me venham é dizer que aquilo que o PCP e o BE defendem é, em última análise, tolerante e democrático. Por muito embrulho que tenham as suas ideias, aquilo não é democrático.
A direita, condicionada sociologicamente em Portugal, nem comenta. Ou manda para altura da revisão constitucional (foi o que o PSD fez). Devia era deixar de ter receio de defender coisas que o puro bom senso aprova.

Portugal é um país bloqueado politicamente.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Curtas

1 -
Ontem, a SIC inaugurou o programa "Mário Crespo Entrevista", com Alberto João Jardim. Grande entrevista!
Sem papas na língua, Jardim falou do edifício político-constitucional, dos partidos e do PSD. Cada vez mais acho que Portugal precisava de alguém com o perfil de Jardim - de levar tudo pela frente - para dar a volta a isto. E não precisava de mais que um mandato. Precisava apenas de determinação.

2 -
A agência internacional de notação financeira Standard & Poor’s anunciou hoje que colocou o "rating" atribuído à República portuguesa em situação de alerta “com pendor negativo”.
"Uma das consequências de uma descida do "rating" (risco de crédito) é o aumento dos custos de financiamento do Estado português." (PÚBLICO)
Em tempo de crise, isto é das piores coisas que podiam acontecer ao país: perder a credibilidade.

3 -
Nos últimos dias, o país foi varrido pela ronaldite.
Ontem, no Prós e Contras, inesperadamente o Cristiano Ronaldo entra em directo. A conversa de chacha foi conduzia pela Fátima Campos Ferreira. Às tantas, esta pergunta qualquer coisa como:
- o Cristiano, ao ser anunciado vencedor, dobrou-se e pôs as mãos para baixo. O que significou esse gesto?
Resposta do futebolista:
- foi só para endireitar as calças!
Resposta absolutamente impagável!
Sobretudo para aqueles que se armam em psicólogos da ronaldite e dão interpretações superiores a um mínimo mexer de dedo do puto prodígio.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Filosofia política

Para quem gosta de pensar a política, de questionar as opções, de analisar este mundo, acabou de acontecer uma notável entrevista na SIC-N a Ângelo Correia.
Lúcido, sem bichinhos na cabeça, descomplexado, pensando a filosofia política e a sua prática, analisando os principais partidos portugueses, projectando o que poderá acontecer em Outubro de 2009.
Não terá grandes repercussões na comunicação social adormecida no marketing socrático, mas Ângelo Correia foi certeiro ao criticar o anúncio do primeiro-ministro, hoje: desde o início da legislatura, já criaram 133 mil posto de trabalho. Pena que não considere o emprego destruído entretanto, pois a taxa de desemprego não tem subido devido às alterações climatéricas. Este "emprego criado" tem sido alimentado por muito do emprego destruído nesta legislatura, mantendo-se um saldo deficitário nessa matéria.
Pelo que percebi, o pretexto para esta conversa com Mário Crespo foi a ideia avançada por Alberto João Jardim de criar um novo partido político em Portugal. Não sei se será a solução tendo em conta o estado a que isto chegou, mas não deixa de ser uma questão com alguma pertinência. O problema é que, goste-se ou não do senhor, muitos insistem em considerar Jardim como um o pateta, coisa que ele manifestamente não é. E tem posto o dedo em muitas feridas em que ninguém quer mexer.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Liberal sim, parvos não!

Alberto João Jardim vai fixar administrativamente os preços dos combustíveis na Madeira. (Lusa)
A Galp não terá descido os preços na ilha como fez no continente, vai daí o governo da Madeira resolve o problema.
Tendo em conta o que disse há alguns dias aqui, concordo.
Até porque a liberalização em Portugal parece só funcionar para um lado e ser sinónimo de aumento de preços para o consumidor. E o caso dos combustíveis é flagrante: sabem subir, mas esquecem de descer. Com o curioso pormenor de que o combustível vendido agora a preços altíssimos foi adquirido há meses a preços bem mais baixos.

domingo, 27 de abril de 2008

Cacos? só se for o bolo...

Há pouco Jardim mostrou novamente vontade e disponibilidade para se candidatar à liderança do PSD.
Condição: como Manuela Ferreira Leite é a candidata "do regime" e não vai desistir, todos os outros candidatos eram federados sob a candidatura do próprio Jardim.
Mas ele não avança com "os cacos" em que está actualmente o PSD. Peremptoriamente, disse: "ir no meio daqueles cacos todos, não vou!".
E já ameaçou nem sequer ir votar.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Jardim candidato?

Ao longo do dia de hoje a hipóteses de Alberto João Jardim avançar para a liderança do PSD ganhou adeptos.
Não sei se acredite.
..
Mas uma coisa é certa: se avançar, ganhar o partido e chegar ao governo, Alberto João Jardim faria em apenas um mandato de quatro anos tudo aquilo que vários governos não fizeram nos últimos dez.

E já disse qual o caminho há alguns dias:
«Jardim propõe uma liderança que se concentre em oito grandes questões "sem perder tempo com coisas laterais" - Educação, Saúde, Segurança, Justiça, Impostos, combate ao capitalismo selvagem, Emprego e recuperação da classe média.»

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Episódios da política portuguesa

1 -
A semana passada, com o episódio da jornalista Fernanda Câncio, o PSD - este PSD - pôs em evidência o que já se sabia: não tem estratégia, não tem ideias, atira a tudo o que mexe, e é rasca.
A jornalista pode ter o relacionamento que tiver com o primeiro-ministro, mas isso não pode impedi-la de trabalhar. E, como há pouco dizia a Maria João Avillez na SIC Notícias, não pode fazer oposição - se é que é - com base na suspeição e na má-fé.
É vergonhoso vindo de um partido com a história e importância do PSD.
Fernanda Câncio escreveu sobre este episódio que a atinge pessoalmente no DN da passada sexta-feira: "A qualidade desta democracia".
A propósito, ler no Corta-fitas: "Dos "colos" ao favorecimento", "Canhestra oposição", "Chamem o Dr. House" e "Morituri nos saúdam"
Ler ainda, sobre o mesmo assunto, o texto de Francisco José Viegas em A Origem das Espécies: "Ah, era isso. Uma baixaria"
2 -
A visita do Presidente da República à Madeira está a ser marcada por um desagradável episódio: a recusa da Assembleia Legislativa Regional em ter uma sessão solene com a presença de Cavaco Silva.
O disparate dito por Jardim, de que os deputados da oposição são um "bando de loucos", é deplorável.
Primeiro, porque são deputados, e ele como presidente do governo regional deve-lhes respeito;
Segundo, porque como em qualquer regime político parlamentar como o nosso, é o governo que emana da assembleia, e não a assembleia do governo;
Terceiro, porque quem elege os deputados são os cidadãos, e insultando os deputados está a desrespeitar a vontade dos seus os eleitores.
Eu, se fosse o presidente da república, impunha uma sessão solene. E recebia os partidos da oposição dentro da Assembleia Legislativa Regional.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Blogosferando - 10


1 - no Corta-fitas: o início do reconhecimento de Alberto João Jardim como "corajoso dirigente pela sua ímpar carreira ao serviço dos madeirenses e da sua ilha da Madeira". Jaime Gama remexeu as águas.

2 - no Abrupto, Pacheco Pereira analisa "as mentiras" que levaram à última guerra do Iraque.

3 - no Estado Civil, do Pedro Mexia, "a lei do divórcio".

4 - Pedro Rolo Duarte diz que "palavras são acções". Concordo; e não é que são mesmo?

segunda-feira, 17 de março de 2008

Madeira: 30 anos de Jardim

Passam hoje 30 anos sobre a chegada de Alberto João Jardim ao governo da Madeira. Uma geração, portanto.
Estes anos são marcados por sucessos e fracassos. Mas quem conhece o arquipélago não fica indiferente ao enorme desenvolvimento de toda a região nos mais diversos domínios. Eu, que vou lá duas vezes por ano, de cada vez que vou vejo qualquer coisa irreconhecível, marcada pela mudança, por novas infraestruturas.
e houve desenvolvimento com algum cuidado em preservar a natureza. Basta lembrar que dois terços da ilha são reserva natural. E tem ainda um precioso tesouro mundial: a laurissilva.
Muitos dizem que Jardim é corrupto e afins, mas acho que a grande marca dele é o amor à sua ilha. Soube desenvolvê-la, aplicar bem dinheiros públicos, mostrar obra, apresentar resultados. Não subscrevo a tese de que Jardim é "mais um que foi para o poder para se encher". Acho mais provável estar cercado de vários colaboradores com esse epíteto. E com isto não estou a dizer que Jardim é um ingénuo, um inocente.
Tem contradições no seu percurso? Tem. Tem coisas mal feitas? Tem. Tem algum autoritarismo? Tem. Mas demonstrou ao longo do tempo e das circunstâncias ser um homem e um político de coragem, fora dos cânones cinzentos e politicamente correctos que se impuseram na política nacional.
Penso que a maior lacuna que se lhe pode apontar é o atraso da região ao nível das mentalidades. Mas que também é muito condicionado pelo facto de ser uma ilha, isolada dos grandes centros. E de até ao 25 de Abril ter vigorado um regime feudalista em toda a sociedade. Ainda hoje não é difícil encontrar marcas disso. Embora, em entrevista à Lusa, Jardim afirme:
"Era uma sociedade extremamente hierarquizada, feudalizada mesmo, sobretudo nas relações culturais, sociais, humanas. Hoje é uma sociedade moderna, sem preconceitos, europeizada".

Jardim, como qualquer político, mas com o descaramento que outros não têm, enfrenta e esmaga os adversários. Basta lembrar o que aconteceu com os concelhos de Machico e Porto Santo quando as câmaras eram da UDP (Machico, com Martins Júnior) ou do PS (Machico, com o mesmo Martins Júnior e com Bernardo Martins, e Porto Santo): não houve rigorosamente nada em termos de obras públicas patrocinadas pelo governo regional. E foi ver o salto de desenvolvimento mal voltaram a ter câmaras lideradas pelo PSD.

Tivesse Portugal, a nível nacional, alguém com a energia de Alberto João Jardim e não estávamos em crise de esperança há quase 10 anos. Um país num beco sem saída.

Para conhecer mais qualquer coisa da vida madeirense destes 30 anos, o caderno P2 do Público de hoje tem uma extensa reportagem. E ainda o SOL, e a SIC.

Biografia de Alberto João Jardim aqui.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

"Temos de ser uma máfia no bom sentido"


"Temos de ser uma máfia no bom sentido" - Alberto João Jardim



«O líder do Governo Regional, no entanto, garante que não se deixou afectar pelos cartazes. "Primeiro porque apareço bem na fotografia e em segundo lugar porque aquela frase tem muito que pensar - e reitero tudo aquilo - porque nós temos, todos, que ser uma espécie de máfia, mas no bom sentido, de nos ajudarmos uns aos outros, entre nós madeirenses, porque, para nos dificultar, já basta os outros de fora", argumentou Jardim.»

Será que este espírito também tem a ver com o facto de, na Operação Triunfo, ter ganho a madeirense Vânia...?