segunda-feira, 14 de abril de 2008

Episódios da política portuguesa

1 -
A semana passada, com o episódio da jornalista Fernanda Câncio, o PSD - este PSD - pôs em evidência o que já se sabia: não tem estratégia, não tem ideias, atira a tudo o que mexe, e é rasca.
A jornalista pode ter o relacionamento que tiver com o primeiro-ministro, mas isso não pode impedi-la de trabalhar. E, como há pouco dizia a Maria João Avillez na SIC Notícias, não pode fazer oposição - se é que é - com base na suspeição e na má-fé.
É vergonhoso vindo de um partido com a história e importância do PSD.
Fernanda Câncio escreveu sobre este episódio que a atinge pessoalmente no DN da passada sexta-feira: "A qualidade desta democracia".
A propósito, ler no Corta-fitas: "Dos "colos" ao favorecimento", "Canhestra oposição", "Chamem o Dr. House" e "Morituri nos saúdam"
Ler ainda, sobre o mesmo assunto, o texto de Francisco José Viegas em A Origem das Espécies: "Ah, era isso. Uma baixaria"
2 -
A visita do Presidente da República à Madeira está a ser marcada por um desagradável episódio: a recusa da Assembleia Legislativa Regional em ter uma sessão solene com a presença de Cavaco Silva.
O disparate dito por Jardim, de que os deputados da oposição são um "bando de loucos", é deplorável.
Primeiro, porque são deputados, e ele como presidente do governo regional deve-lhes respeito;
Segundo, porque como em qualquer regime político parlamentar como o nosso, é o governo que emana da assembleia, e não a assembleia do governo;
Terceiro, porque quem elege os deputados são os cidadãos, e insultando os deputados está a desrespeitar a vontade dos seus os eleitores.
Eu, se fosse o presidente da república, impunha uma sessão solene. E recebia os partidos da oposição dentro da Assembleia Legislativa Regional.

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