segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A paranóia da ASAE


A paranóia fundamentalista da ASAE chegou este fim-de-semana à Ginginha do Rossio. E fechou esta fantástica e típica tasca lisboeta.

Ler o excelente artigo de Francisco José Viegas, no JN de hoje. Deixo apenas um excerto:

"A Ginjinha do Rossio era um monumento nacional. Uma referência que amigos italianos, brasileiros e alemães procuravam para provar uma das melhores ginjinhas portuguesas. Aquele espaço tresandava a história e a convivialidade, a sorrisos largos e a um leve ondular de fígados conservados em ginja. Pois que se varrese o seu chão com mais frequência. Que se pusesse um médico à porta. O mal, porém, não é apenas o encerramento da Ginjinha do Rossio, esse parapeito da história da cidade e do país. O mal é a onda de lixívia sintética que vai passando por tudo quanto é "segurança alimentar" nas vetustas tascas onde vinhos fatais fizeram literatura e, certamente, doenças hepáticas. Essa onda que prega a normalização dos costumes alimentares acabará com a pequena alma dessas nobres instituições de pecado, como a Ginjinha do Rossio. Portugal aplica estas leis melhor do que ninguém. A breve prazo, agentes policiais entrarão nas nossas casas apreendendo bacalhau com excesso de sal e ginja da Beira Alta. Seremos saudáveis e faremos jogging. Tudo o resto será encerrado."

Concordo com ele quando diz que não tarda nada temos a ASAE em nossas casas a ver as nossas cozinhas... Está tudo louco!
Não ía lá todas as semnas, nem sequer todos os meses, mas é uma imagem que se perde. Às tantas mandam pôr aquele minúsculo espaço todo forrado em alumínio e mais não-sei-quê.
Eu quero voltar a pedir uma ginginha "sem elas"... é que leva mais!

1 comentário:

A Vilhena disse...

Se a ASAE fosse a Madrid... fechava(m) a ASAE