Arranca este fim-de-semana a campanha para as eleições europeias. E, em Portugal, é também o tiro de partida para um ciclo de três eleições, com as legislativas e autárquicas mais para o Outono.
O PS e o PSOE juntaram os seus líderes (e primeiros-ministros de Portugal e Espanha) no arranque da campanha. Sócrates foi a Valência dar uma ajuda a Zapatero. Este vem a Coimbra ao início da noite. Sócrates, com meia dúzia de chavões, lá articulou um discurso em espanhol. Não acho mal, desde que não tivesse de dizer várias palavras em portunhol. Ou falava numa língua ou noutra. Convinha preparar melhor estas interveções com alguams horas de aprendizagem mínima da língua.
Pergunto-me se Zapatero, em Coimbra, irá hablar portugués... Ou pura e simplesmente na única língua que um espanhol conhece: a sua.
Por outro lado, convinha a Sócrates ter a noção da realidade e não se pôr em bicos dos pés colocando-se (a ele e ao seu amigo Zapatero) ao nível de líderes europeus da envergadura de Felipe González, Mário Soares, Mitterrand, Helmut Kohl... (Ler Portugal dos Pequeninos aqui)
Mas deixemos de parte o acessório.
Esta semana vieram a público, em Portugal, sondagens que dão um empate técnico entre as candidaturas de Paulo Rangel e Vital Moreira. Estão separados apenas por 2%.
Não deixa de ser curioso como o candidato que foi apresentado "fora de tempo" está a dar um baile ao super-candidato-apresentado-na-hora-certa Vital Moreira.
Paulo Rangel surpreendeu muitos. Tem-se revelado um bom candidato, preparado, combativo, a apresentar propostas... Para os cínicos, é ele que está a puxar o PSD. E já é visto como um futuro líder do partido. Pacheco Pereira tem razão quando escreve isto. E o próprio Expresso, na edição de hoje, deixa passar a mesma ideia pela voz de alguns analistas políticos e deputados socialistas.
Este empate técnico para as europeias (Expresso: PS - 34,3%; PSD - 32,1%) pode ser lido como um possível momento de viragem para o PS, que achava que a maioria absoluta já estava garantida. E também funciona, por outro lado, como um balão de oxigénio para Manuela Ferreira Leite à frente do PSD.
É um facto que as europeias não são um indicador fiável das intenções de voto para outas eleições, mas não deixam de ser um elemnto de análise.
Com o agravar da crise, com o desemprego a caminho dos dois dígitos, com o descontentamento a alastrar, com os cidadãos a abrirem os olhos para os truques deste governo (ler texto de Pacheco Pereira aqui), não é líquido que este governo seja sólido para além das legislativas.
Para acompanhar as eleições europeias, o PÚBLICO criou o site ELEIÇÕES2009.
O PS e o PSOE juntaram os seus líderes (e primeiros-ministros de Portugal e Espanha) no arranque da campanha. Sócrates foi a Valência dar uma ajuda a Zapatero. Este vem a Coimbra ao início da noite. Sócrates, com meia dúzia de chavões, lá articulou um discurso em espanhol. Não acho mal, desde que não tivesse de dizer várias palavras em portunhol. Ou falava numa língua ou noutra. Convinha preparar melhor estas interveções com alguams horas de aprendizagem mínima da língua.
Pergunto-me se Zapatero, em Coimbra, irá hablar portugués... Ou pura e simplesmente na única língua que um espanhol conhece: a sua.
Por outro lado, convinha a Sócrates ter a noção da realidade e não se pôr em bicos dos pés colocando-se (a ele e ao seu amigo Zapatero) ao nível de líderes europeus da envergadura de Felipe González, Mário Soares, Mitterrand, Helmut Kohl... (Ler Portugal dos Pequeninos aqui)
Mas deixemos de parte o acessório.
Esta semana vieram a público, em Portugal, sondagens que dão um empate técnico entre as candidaturas de Paulo Rangel e Vital Moreira. Estão separados apenas por 2%.
Não deixa de ser curioso como o candidato que foi apresentado "fora de tempo" está a dar um baile ao super-candidato-apresentado-na-hora-certa Vital Moreira.
Paulo Rangel surpreendeu muitos. Tem-se revelado um bom candidato, preparado, combativo, a apresentar propostas... Para os cínicos, é ele que está a puxar o PSD. E já é visto como um futuro líder do partido. Pacheco Pereira tem razão quando escreve isto. E o próprio Expresso, na edição de hoje, deixa passar a mesma ideia pela voz de alguns analistas políticos e deputados socialistas.
Este empate técnico para as europeias (Expresso: PS - 34,3%; PSD - 32,1%) pode ser lido como um possível momento de viragem para o PS, que achava que a maioria absoluta já estava garantida. E também funciona, por outro lado, como um balão de oxigénio para Manuela Ferreira Leite à frente do PSD.
É um facto que as europeias não são um indicador fiável das intenções de voto para outas eleições, mas não deixam de ser um elemnto de análise.
Com o agravar da crise, com o desemprego a caminho dos dois dígitos, com o descontentamento a alastrar, com os cidadãos a abrirem os olhos para os truques deste governo (ler texto de Pacheco Pereira aqui), não é líquido que este governo seja sólido para além das legislativas.
Para acompanhar as eleições europeias, o PÚBLICO criou o site ELEIÇÕES2009.
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