"A aplicação da regra mínima dos 10 mil habitantes por município faria ‘desaparecer’ um em cada três concelhos em Portugal. No Alentejo só manteriam a sua identidade quatro municípios. Mas de Norte a Sul, muitas freguesias escapam a este critério.
Com uma estrutura de governação local diferente da portuguesa, porque sem freguesias, a Grécia reduziu para um terço os seus municípios, passando de 1.034 para 325. É este o nível de administração local mais próxima dos cidadãos.
Em Portugal 110 dos 308 municípios têm menos de 10.000 habitantes, muitos no sul do país, e a maioria (62) tem mais do que um presidente de junta por cada mil habitantes." (SOL)
É claro que, mais do que uma lógica territorial-administrativa-financeira, muitos concelhos existem por questões emocionais.
Quem não se lembra das guerras, no fim dos anos 90, para criação de concelhos em vários pontos do país? Seriam (serão?) viáveis economicamente?
A última grande reforma concelhia do país ocorreu no séc. XIX. Entretanto, o país mudou, as populações têm outra distribuição, as actividades económicas alteraram-se. Faz sentido manter a mesma configuração territorial? Não faz.
Além das resistências de milhares de pessoas por perderem o seu concelho, outro empecilho a esta reforma são as estruturas partidárias. As autarquias empregam muita gente.
De qualquer forma, esta reforma terá de ser feita mais cedo ou mais tarde.
1 comentário:
Portugal não é só Lisboa como era no tempo do antigo Regime.Portugal é também o interior que precisa de ser dinamizado para que não passe a ser daqui a muito pouco tempo, uma coutada para os sehores ricos caçarem.Tome nota disto!
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