domingo, 22 de maio de 2011

Reorganização administrativa dos concelhos

"A aplicação da regra mínima dos 10 mil habitantes por município faria ‘desaparecer’ um em cada três concelhos em Portugal. No Alentejo só manteriam a sua identidade quatro municípios. Mas de Norte a Sul, muitas freguesias escapam a este critério.
Com uma estrutura de governação local diferente da portuguesa, porque sem freguesias, a Grécia reduziu para um terço os seus municípios, passando de 1.034 para 325. É este o nível de administração local mais próxima dos cidadãos.
Em Portugal 110 dos 308 municípios têm menos de 10.000 habitantes, muitos no sul do país, e a maioria (62) tem mais do que um presidente de junta por cada mil habitantes." (SOL)

É claro que, mais do que uma lógica territorial-administrativa-financeira, muitos concelhos existem por questões emocionais.
Quem não se lembra das guerras, no fim dos anos 90, para criação de concelhos em vários pontos do país? Seriam (serão?) viáveis economicamente? 
A última grande reforma concelhia do país ocorreu no séc. XIX. Entretanto, o país mudou, as populações têm outra distribuição, as actividades económicas alteraram-se. Faz sentido manter a mesma configuração territorial? Não faz.
Além das resistências de milhares de pessoas por perderem o seu concelho, outro empecilho a esta reforma são as estruturas partidárias. As autarquias empregam muita gente.
De qualquer forma, esta reforma terá de ser feita mais cedo ou mais tarde.

1 comentário:

Anónimo disse...

Portugal não é só Lisboa como era no tempo do antigo Regime.Portugal é também o interior que precisa de ser dinamizado para que não passe a ser daqui a muito pouco tempo, uma coutada para os sehores ricos caçarem.Tome nota disto!