sábado, 27 de agosto de 2011

O Estado alimenta-se...

Cavaco Silva a propósito das ideias dos imposto sobre os ricos:

Esclarecendo logo a minha posição: sou contrário a impostos sobre heranças.

Dito isto... é curioso o argumento de Cavaco: uma pessoa, ao receber uma herança, tem de dar uma parcela ao Estado por não ter ajudado a construir essa riqueza. No entanto, o Estado, que fez muito menos para construir essa riqueza, e que nem é da família, pode sacar uma parcela dessa riqueza ao cidadão. 
E se fosse à fava?!

O problema do Estado - em Portugal ou em qualquer outro sítio - é que tem sempre onde ir buscar dinheiro para pagar tudo o que lhe der na real gana.
Por cá, há escalões de IRS em fatias para buscar mais e mais receitas. Ter 40 escalões de IRS não é um bocadinho exagerado/abusivo?
Há muitos anos ouvi Manuel Monteiro propor uma simplificação para esta coisa: uma taxa única de IRS de 10%, igual para todos. Agrada-me a ideia. Talvez isenta-se valores abaixo de 1000-1500€ por mês.
Simplificava tudo, conseguia receitas, e certamente evitava muita fuga ao fisco provocada pelas taxas mais altas (e abusivas).
Dirão que não é justo um pobre pagar tanto de IRS como um rico. Pergunta: e é legítimo e justo um rico entregar 20%, 30% ou mais do seu vencimento directamente ao Estado?

A causa do problema chama-se Estado. A sua voracidade é que tem de ser travada.

Repito o que já disse muitas vezes: enquanto a ideia for acabar com os ricos e não com os pobres, não vamos sair da cepa torta. E não pode ser considerado rico um cidadão que ganha dois ordenados mínimos (485€ x 2 = 970€) ou pouco mais.

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