Via Corta-fitas:
«A globalização não pode servir apenas para dizer que as novas condições de competitividade das economias ocidentais mudaram radicalmente, e que isso justifica (impõe) os bónus ofensivos dos CEO, a redução até níveis nunca vistos dos impostos sobre o capital e as empresas ou a "compressão" crescente dos rendimentos da vasta classe média que foi o sustentáculo do modelo de desenvolvimento económico e social do Ocidente. Competir com os outros não pode querer dizer apenas aumentar as desigualdades, desmantelar a protecção social e, sobretudo, pôr em causa a base do contrato social que permitiu o extraordinário desenvolvimento ocidental. A resposta à crise de 29 foi o New Deal. Não basta, desta vez, dizer que é preciso fazer sacrifícios e que vamos passar muitos anos a pagar o excesso de endividamento dos últimos vinte. A questão é: como é que se renova o contrato social nas novas condições da globalização?»
Teresa de Sousa, no Público
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