quarta-feira, 26 de abril de 2006

EQUADOR - fim

Acabei de ler EQUADOR.

Um livro absolutamente apaixonante. Uma história de missão, de patriotismo, de coragem, de amor, de traição, de desilusão.
Um homem rico de Lisboa é convidado pelo rei D. Carlos para tentar impedir medidas de boicote da Inglaterra contra S. Tomé e Príncipe, onde havia trabalho escravo nas roças. Ele vende tudo o que tem, e aceita partir e aplicar aquilo que tem defendido nos jornais.
Tem uma dificil tarefa pela frente. Habituar-se a um clima húmido, quente, pesado. Preparar o terreno para receber o cônsul inglês, e tentar mudar os hábitos dos proprietários das roças face aos trabalhadores (na realidade, escravos).
Com a chegado do cônsul, o governador português estabelece uma excelente relação quer com ele, quer com a sua lindísssima mulher. São os únicos habitantes com “mundo”, com hábitos civilizados que ele também tem, ali naquela ilha perdida no oceano, na linha do Equador.
Com o passar do tempo, ele acaba por envolver-se com a mulher do cônsul. E nunca foi aceite pelos proprietários das roças, que o vêem como alguém que vem com ideias “de Lisboa”, que não conhece a realidade de África, e que lhes quer dar cabo dos negócios. Começa um conflito latente, que a pouco e pouco vai crescendo, e que acaba por engoli-lo. E destruir-lhe a vida. Que já tinha ficado presa devido à relação secreta que mantém com a mulher do cônsul.
O próprio governador irá concluir, já no final, que “... o destino de certos homens é o de nunca amarem quem deviam amar!”

Um homem armadilhado pelo seu próprio destino.

PS: nos próximos dias vou tentar citar aqui algumas frases deste notável romance.

Sem comentários: