quinta-feira, 25 de maio de 2006

Futebolândia. Ou um país chamado Portugal

Há coisas que eu não percebo!
Por que é que, agora que o Mundial de futebol se aproxima, todas as marcas e produtos fazem publicidade com o dito Mundial? Desde as batatas fritas à Toshiba. Desde os sumos não-sei-quê até aos canais de televisão. Dos bancos aos supermercados.
Está tudo maluco?!
Não há mais nada neste País para além de futebol?!
E os cidadãos consumidores são assim tão cegos que embarquem nesta onda de publicidade desenfreada?!

A viver nesta Futebolândia permanente, Portugal não vai longe.
E agora, com a segunda derrota consecutiva da equipa Sub-21, o sentimento de crise/depressão nacional recrudesce. Porque a economia, e a crise, são também um fenómeno psicológico.
Citar Jorge de Sena, na sua correspondência com a poetisa Sophia de Mello Breyner, vem mesmo a propósito (ABRUPTO), apesar do profundo sentimento de desilusão que evoca:
"Cada vez mais penso que Portugal não precisa de ser salvo, porque estará sempre perdido como merece. Nós todos é que precisamos que nos salvem dele."

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