Comecei a ler LONGE DE MANAUS há alguns dias. Ainda não li o suficiente para avaliar a envergadura da obra de Francisco José Viegas. Mas foi este o livro que venceu a última edição do Grande Prémio do Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores.
O romance auto-intitula-se como "o romance da solidão portuguesa". Pelo que já li, parece vir a sê-lo.
O romance auto-intitula-se como "o romance da solidão portuguesa". Pelo que já li, parece vir a sê-lo.
Há um morto, numa casa em Gaia, em Santo Ovídio. Sem qualquer informação que permita ligá-lo seja a quem for ou ao que for.
A dado passo, o inspector Jaime Ramos (personagem principal do livro) diz:
- "Este homem não é deste mundo, Isaltino"
- "Já não é, não, chefe. Foi-se."
- " Não me refiro à morte. Refiro-me à vida. Ele não era deste mundo, não se dava com ninguém, não tinha família. Como teria vindo parar a Santo Ovídio, o pior cruzamento de Vila Nova de Gaia?"
A partir daqui começa a ser feita a teia do romance. Da solidão. Da falta de laços. Da ausência.
O que faria este homem? Quem será? De onde veio? Porque está/vive só?
É o que vou tentar saber agora. Vou continuar a minha leitura.
Sem comentários:
Enviar um comentário