O Eduardo Cintra Torres, crítico de televisão, também discorda da paranóia futeboleira que vai nos canais de sinal aberto. Escreveu isso mesmo, a dado passo, no PÚBLICO de 18 de Junho:
"Há dois anos, as expectativas com a selecção, a originalidade do marketing político de Scolari e o facto de o Euro se realizar no país motivaram um ambiente que proporcionou o vendaval patriótico nos escrãs, nunca antes levado tão longe na história da TV portuguesa. Em 2006, estamos demasiado próximo de 2004. Ainda não digerimos. Além disso, o Mundial realiza-se na Alemanha; e já conhecemos o marketing Scolari. Os lençois patrióticos de horas consecutivas nos canais generalistas não funcionam da mesma maneira. Percebe-se que são fabricados mas não genuínos. Este telepatriotismo é uma produção televisiva para ganhar audiência e proporcionar receitas, não é para engrandecer a tiffosa pátria minha amada."
A frase destacada por mim é o que sempre disse desta "alegria" do Mundial: não é genuína como o era no Euro 2004. E vê-se: há menos bandeiras à janela.
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