sábado, 5 de agosto de 2006

Quem diria?

As obras para o novo aeroporto da Ota mal começaram (se é que já começaram…) e já há o pré-anúncio da primeira derrapagem do custo previsto. O contribuinte agradece tamanha preocupação pelo aviso.
Se numa obra desta envergadura - que até admito que seja necessária - já vamos assim, o que dizer de uma outra obra absolutamente inútil: o TGV? Como até somos um país rico, podemos nos dar ao luxo destes desperdícios...
Admito a necessidade da Ota, devido à saturação da Portela (só gostaria de saber antecipadamente o que se vai passar com a Portela: especulação imobiliária? jardim? destino para voos domésticos?...), mas fazer um TGV para andar às moscas é um verdadeiro achado. Ninguém, em seu perfeito juízo, vai pagar uma fortuna para ir de comboio para Espanha, podendo ir muito mais rapidamente através de avião e por um preço comparativamente mais favorável. Depois, quem é que vai usar mesmo o TGV? Os 500 empresários portugueses com negócios em Espanha? Quantas vezes por ano? E, durante o resto do ano, quem vai pagar o TGV?

Se não conseguem ter mais ideias para aplicar o dinheiro pago pelos contribuintes portugueses, perguntem. Mas não o desperdicem. É que nós não somos assim tão ricos. Nem precisamos de tantas obras de fachada nem de tanto show-off.

Um contribuinte agradecido.

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