Bento XVI acabou hoje a sua viagem à Turquia.
Houve polémica antes. O "durante" foi uma viagem mais ou menos normal de um Papa a um país com uma cultura diferente, caracterizado por ser um país-fronteira de civilizações.
Se Ratzinger era contrário à adesão da Turquia à UE, já Bento XVI é favorável. Quer seja por uma questão de "posição institucional" (o Vaticano nunca se opôs), quer seja para não levantar novas ondas de contestação. (Eu sou parcial nesta situação, porque sou claramente favorável à adesão da Turquia).
O homem é acusado de ser mais reaccionário que João Paulo II, mas os sinais que tem dado (debates sobre o celibato dos padres, sobre o uso do preservativo, a sua primeira encíclica sobre o eros...) parecem vir em sentido contrário. Bento XVI vai surpreender mais do que se estava à espera: dêem-lhe tempo. É apenas menos sensível à questão mediática que o seu antecessor, menos one man show, mas firme nas suas posições. Quer qualidade em vez de quantidade. Mas isso não o impede de juntar multidões, como fez, por exemplo, nas Jornadas da Juventude, que decorreram na Alemanha.
Um improvável revolucionário?