Numa manhã de nevoeiro...

Hoje acordei cedo. Apetecia-me passear, andar a pé. Fui para os lados de Belém. Ao passar por Alcântara começou-se a ver o que eu queria: estava uma manhã branca de nevoeiro! Yes!!
Comecei a passeata junto ao Centro de Congressos. Atravessei para o lado do rio, e fui seguindo assim, no meio do nevoeiro. A ouvir rádio, a ver as (poucas) pessoas também a passear, a fazer exercício. E os pescadores a amadores espalhados por toda a marginal. Mais para os lados de Belém decorria um concurso qualquer de pesca.

Não sabia que ia encontrar o amigo predilecto do rei D. Sebastião, mas adorei ver a brancura que abraçava a costa de Lisboa.

Levava comigo a máquina fotográfica. E tirei uma série de fotos, como seria de esperar.

Muitos estarão a pensar: “este é completamente maluquinho!”. Seja!
Gosto de andar no meio do nevoeiro, com a visibilidade reduzida, com um frio que se entranha, com um cheiro estranho que nos entra nas narinas, com a constante descoberta do que está mais além a cada passo. E é bom para mandar o stress embora, para pensar (como dizia um miúdo de 4 ou 5 anos, hoje na SIC, quando perguntado sobre o que é a Filosofia, respondeu esta coisa espantosa: "é pensar com a cabeça"...)

Mais tarde, pelas 11h, passei pela baixa. Também coberta de nevoeiro junto ao Tejo. Mas ao subir a Rua Áurea, o sol já começava a brilhar e a abraçar Lisboa. Era um soalheiro dia de Inverno que estava a chegar.