sexta-feira, 13 de julho de 2007

Esta Lisboa

(caricatura na VISÃO desta semana)

No próximo domingo, Lisboa tem eleições intercalares marcadas. Quanto ao “ir a votos”, já tenho algumas dúvidas. Embora, quanto ao tempo, a temperatura vá descer 10º no dia das eleições. O São Pedro deve ter algum interesse nisto.

Campanha?
Uma pobreza confrangedora. Nenhum candidato apresentou um projecto de cidade, o que desejam que Lisboa seja daqui a 5, 10 ou 15 anos.
Só hoje o previsível futuro presidente António Costa apresentou 10 medidas de emergência para a cidade. São medidas apenas instrumentais.
(Em parte, faz sentido. Eu sou dos que diz há vários anos que era preciso começar a fazer obras num lado da cidade e acabar no outro extremo, numa medida de requalificação de todo o tecido urbano)
Outros candidatos divagaram entre a “acupunctura urbana”, a “extinção das empresas municipais”, a “limpeza de graffitis”,… o nada.
Propostas ad hoc, sem uma ideia de cidade para o futuro próximo.
Lisboa tem perfil para ser uma grande cidade europeia, reconhecida como, por exemplo, Barcelona. Assim haja AMBIÇÃO e PROJECTO.

Apesar do desinteresse da campanha, irei votar. Até porque desta vez tenho uma responsabilidade acrescida, na medida em que estarei numa mesa de voto. (Será uma experiência interessante). A abstenção irá ganhar. Como sempre. E ficam dois anos para António Costa (é o vencedor evidente) mostrar o que vale. Parece-me que vai dar bem conta do recado.
(E não faço leituras nacionais de eleições locais!)
Sobre esta Lisboa (câmara), ler o artigo da Fernanda Câncio, no DN de hoje. Vale a pena.

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