quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Adolescentes radicais


A revista SÁBADO desta semana traz como tema de capa “As novas festas de sexo e droga aos 14 anos”. E neste título não falam de álcool…
Lendo esta interessante - e preocupante - reportagem, longe vão os anos de inocência.

Começa logo assim: ”Tudo é preparado ao milímetro para não levantar suspeitas junto dos pais (nessas ocasiões estão a viajar ou na primeira habitação) nem na vizinhança (a música está sempre num volume baixo e é retirada do MP3).
Entre as 16h e as 19h, elas tocam à campainha com um visual irreconhecível, tal a produção de maquilhagem, decotes e penteados. Eles adoptam um estilo mais casual, com roupas largas…”
A reportagem esclarece: “Eles pertencem à classe média e média alta e as idades rondam os 12 e 14 anos”.

Em curtos textos destacados são feitos retratos bastantes reveladores.
“Sara
O que fez aos 12 anos
SEXO: teve práticas sexuais mais agressivas com um chicote, viu filmes porno e observou várias vezes a irmã mais velha a ter relações no quarto. Perdeu a virgindade aos 10 anos num local público e competia com as amigas para ver quem arranjava mais rapazes – diz que a acham “boazona”.
DROGAS: já frequantou festas onde circula cocaína.”

Outro caso:
“Margarida
O que fez aos 14 anos
SEXO: perdeu a virgindade numa festa com amigos, depois de fazer uma coreografia erótica com um rapariga onde se acariciavam e tiravam peças de roupa, até ficarem em lingerie. A plateia masculina tirava fotos com o telemóvel.
DROGAS: nessa farra começou por fumar charros e depois snifou cocaína com palhinhas de sumo.”

Ainda outro:
“Inês
O que fez aos 16 anos
SEXO: ménage à trois com dois rapazes mais velhos na sala de casa. Eram 3h da manhã.
DROGA: já experimentou ácidos, ecstasy, haxixe, pólen, bolota, canábis: “sou uma frita com cultura”, diz. Em média fuma cinco charros por dia.
ÁLCOOL: sangria, vinho e shots.”

“Tiago
O que fez aos 15 anos
DROGAS: não ia às aulas para fumar charros e perdeu o ano com 250 faltas. A mão fez-lhe testes caseiros à urina, mas ele arranjou um esquema para a enganar: “guardava a urina da minha irmã em garrafas de água”
ÁLCOOL: na última passagem de ano bebeu shots e mais de 15 cervejas. Depois dos vómitos, espumou da boca”.

A certa altura na reportagem diz-se isto:
“Por vezes, é a falta de atenção dos pais ou o excesso de permissividade que levam a estes comportamentos dos adolescentes.”
E está tudo dito.
Eu, com 30 anos, serei um conservador, retrógrado, o que quiserem, mas há coisas que eu não consigo perceber. Como se chega a esta realidade degradante?
Hoje comentava no trabalho esta realidade e a conclusão a que chegávamos era a mesma: se com estas idades já têm esta andamento, com 20/25 estão mortos.

1 comentário:

Cris disse...

São jovens do seu tempo, com tudo o que de bom e mau esse tempo traz. Infelizmente parece que quem os traz a este mundo não se preocupa e, em alguns casos, até acredito que nem sequer queiram saber.
Da maneira como esta juventude vai, tenho muito orgulho em ser conservadora e retrógada como tu.
Bjocas doces...