sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Um mau que até não o é

Em contraponto com a dramática notícia anterior, o PÚBLICO titulava isto:
Antes de mais, vale pena ler os comentários da notícia no site...
De qualquer forma, uma notícia destas só pode significar que:
- a bandeira dos iluminados da esquerda, de que o aborto era uma libertação para a mulher, não tinha conteúdo;
- a liberalização do aborto não terá significado uma passagem dos "vãos de escada" para a rede hospitalar. Embora, obviamente, não haja números da clandestinidade. As idiossincracias de um povo não se mudam por decreto.
- as políticas de planeamento familiar e afins têm sido um sucesso.
Nos últimos meses/anos tenho sabido de casos de gravidezes não programadas. A lógica libertária acima, levaria a crer que se iriam traduzir em abortos. A realidade diz o contrário: a mulher tem decidido avançar com a gravidez.
Po um lado, 6000 abortos em seis meses não deixa de ser dramático. Por outro, um número tão "baixo" é um aspecto positivo.

1 comentário:

Cris disse...

O aborto continua a ser uma libertação para a mulher. Dessas 600 que abortaram algumas teriam feito o aborto na mesma (em "vãos" de escada), mas uma parte delas se calhar teria seguido com a gravidez contra vontade. Assim tiveram uma opção.
Claro que os abortos clandestinos não acabaram. Mas diminuiram certamente e deixaram de representar um perigo tão grande para a saúde pública.
As políticas de planeamento familiar continuam a ser uma treta.
Confesso que a notícia me surpreendeu pela positiva. O ideal era não ser necessário recorrer ao aborto, mas sempre pensei que os números (mesmo os oficiais) fossem bem maiores. Que no futuro se faça para que sejam cada vez menores.