terça-feira, 20 de maio de 2008

Barraca livreira

Sobre a "guerra" sobre as barracas na feira do livro de Lisboa, João Miguel Tavares escreveu a sua crónica no DN de hoje: "A minha barraca é maior que a tua".

Alguns excertos:

"É um desconsolo, mas é mesmo assim: estar próximo dos livros não torna as pessoas mais inteligentes.Basta olhar para o conflito entre a APEL e a Leya a propósito da Feira do Livro e verificar como essa gente que faz da literatura a sua profissão consegue revelar uma tão grande falta de senso, consumindo-se em conflitos internos que deixaram de fazer sentido há pelo menos 20 anos.

(...)

No espaço de um ano, a Leya transformou-se no maior grupo editorial português. Se isso será positivo ou negativo para quem consome livros em Portugal ainda é cedo para saber. Mas a verdade é que vivemos numa sociedade que acredita no mercado livre e estamos a falar num investimento de dezenas de milhões de euros. Chegada a altura do maior evento literário do País, a Leya agiu de forma profissional: requisitou um espaço diferenciado na Feira do Livro, para impor a sua marca. Que argumentos utilizou a APEL para o negar? Que "o regulamento da feira não o permite", sempre a melhor desculpa para não mexer uma palha. Que outro tipo de stands iria criar uma discriminação entre os editores mais ricos e os mais pobres, como se essa discriminação não existisse já em função do número de stands que cada editora possui. Que a modernização da feira "não pode ser imposta à pressa", esquecendo-se de que há mais de uma década que toda a gente fala na necessidade de renovar a Feira do Livro e a única coisa que muda de ano para ano é a cor das barracas."

Concordo!

1 comentário:

Cris disse...

Fui à Feira do Livro duas vezes e nunca mais lá voltei a por os pés. Aquilo nunca muda, é sempre a mesma coisa... cada vez mais desinteressante a cada ano que passa.
Gosto muito mais do espaço e dos preços da Fnac.