Há alguns dias o meu computador teve ser formatado, e a minha principal preocupação ao ouvir o fatal diagnóstico foi salvar as fotografias. Adquiri um disco externo para ter um backup do que paira nesta caixa informática, sobretudo as fotografias.
Agora, ao passar as fotografias para esse disco, não pude deixar de pensar um pouco sobre a persistência da memória fixada através da fotografia. Passam os anos e é agradável rever momentos, agarrar a memória colada à imagem, trazer sensações de volta.
Enquanto guardava as minhas fotografias, tive um susto: faltavam as fotos da segunda metade de 2007. Senti um aperto… como se uma parte de mim tivesse sido amputada. Depois de revirar alguns CDs em que guardei fotos mais antigas (e onde só tinha guardado a primeira parte de 2007), lembrei-me de um disco também antigo mas no qual não confio… estava lá toda a memória de 2007! Um alívio!!
Sempre gostei de fotografia, e sou absolutamente impulsivo quando tenho a máquina fotográfica comigo. Apenas sou vencido quando a bateria chega ao fim, e me deixa a tristeza agarrada à máquina.
Por outro lado, transformar em palavras tudo o que vemos, seja num convívio com amigos, seja num passeio ou numa viagem, é incompleto. E por vezes não é possível fazer uma espécie de diário de viagem das sensações. Nestas situações o melhor é agarrar momentos através da objectiva. Faltarão as palavras, mas ficam as imagens que irão trazer de volta recordações no futuro. Uma espécie de slides da vida.
Lembro-me de há alguns anos, quando trabalhava a 15-20 minutos de casa, aproveitar muitos finais de tarde para organizar e legendar fotografias nos “velhinhos” álbuns. A tarefa não ficou concluída, mas essas fotografias ficaram com alguma ordem cronológica. Os álbuns estão ali na prateleira, assinalados por anos nas lombadas.
Entretanto a tecnologia evoluiu e o suporte em papel caiu
Sem comentários:
Enviar um comentário