terça-feira, 17 de março de 2009

Volta ao mundo em curtas - 2

Algumas notícias do dia que me provocam comichão no céu da boca, como diria o outro:

1 - a caminho dos Camarões, Bento XVI afirma que a SIDA não se combate com preservativos. (PÚBLICO) Será... apesar de não colar com a realidade dos dias de hoje, seja ou não da vida dos jovens.
Muito menos é assim em culturas diversas da ocidental, com outros valores e tradições (por exemplo, poligamias, poliandrias, etc, etc...), sem condições higiénico-sanitárias, sem assistência médica, sem informações básicas sobre planeamento familiar, educação sexual... Nestes casos, a melhor maneira de travar o alastramento do vírus é mesmo o preservativo.

2 - o presidente russo anuncia o rearmamento em grande escala. (PÚBLICO)
Parece que o causador de todos os males do mundo não era George W. Bush... Por outro lado, é bonito de ver as prioridades políticas em tempos de crise.

3- o líder da CGTP, Carvalho da Silva, avisa que "os ataques aos sindicatos podem ser perigosos". (SOL)
Sou um bocado avesso a sindicatos, ainda para mais com os perfis dos portugueses, mas desta vez Carvalho da Silva tem razão. Aos poucos, vão sendo silenciados os focos de resistência contra os abusos de muitos patrões.
Isto na mesma semana em que José Sócrates clama contra as ligações partidárias dos sindicatos, mas vai à UGT dar orientações e conversa. Bonito. Bem prega Frei Tomás...

4 - Na revista SÁBADO desta semana, Alexandre Pais, na sua habitual coluna de opinião, escreve sobre Manuel Alegre. Às tantas escreve isto: "quando acabar este ciclo socialista, teremos à nossa frente uma geração de robôs sem cultura cívica, sem programa de acção, sem uma ideia para Portugal - e completamente incapazes de dizer não".
Temo que tenha razão.

Ainda sobre Manuel Alegre e a sua novela com o PS, vale a pena ler o artigo de João Miguel Tavares hoje no Diário de Notícias: "pode o grilo falante algum dia ser pinóquio?"
Facto é este: "Se Manuel Alegre conseguisse pôr a render o seu dinheiro como tem posto a render os votos das últimas presidenciais, por esta altura seria multimilionário"

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