sábado, 25 de julho de 2009

Os programas eleitorais

Um dos assuntos do momento político tem sido a falta de programa do PSD. Acusação esta saída sobretudo da boca do PS e de alguns meios de comunicação social e jornalistas.
No entanto, que conste, nenhum partido - sublinho, NENHUM - apresentou até agora qualquer programa para as legislativas. Mas só se "bate" na falta de programa do PSD. Alguém explica esta fixação?

HOJE a Comissão Política do PS aprovou as bases programáticas dos socialistas. "Bases programáticas", não "programa eleitoral". Portanto... o PS também não tem ainda qualquer programa.
Na conferência de imprensa após a CP, Sócrates disse uma série de coisas (sim, "coisas," porque conteúdo e medidas concretas... nada). Por exemplo:
- "O programa eleitoral vai definir muitas metas e objectivos económicos. Metas precisas de emprego e crescimento económico devem ter em conta todas as incertezas da situação em que vivemos"
- "O programa do PS tem a ambição que o partido sempre teve para o país. O programa do PS não é de nenhum optimismo estouvado, mas próprio de um partido determinado que tem a ambição de combater e de resolver a crise com confiança"

António Vitorino ainda precisou o seguinte:
o programa tem três prioridades: "relançar o crescimento económico e promover o emprego (a grande questão do pós crise); reforçar a competitividade da economia portuguesa, retomando os objectivos de reforma e de modernização; e desenvolvimento de uma nova geração de políticas sociais para o combate à desigualdades e para a qualificação dos serviços públicos".

V. Exas importam-se de dizer o que estas coisas querem dizer em concreto?
Ah... o PS também ainda não tem programa eleitoral.

Subscrevo o que Pacheco Pereira disse na "Quadratura do Círculo" desta semana: a diferença do PSD e de Manuela Ferreira Leite em relação ao PS e a Sócrates é que pode apresentar só 20 medidas e garantidamente serão cumpridas, e não 500 medidas que são só propaganda.

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