sábado, 29 de agosto de 2009

O programa laranja

Esta semana o PSD apresentou o programa que tanta tinta fez correr.
(Curioso é o seguinte: o Bloco de Esquerda está reunido este fim-de-semana para fazer o seu programa, e não consta que haja histéricos a dizer que o BE ainda não tem programa...).

Pelo que li, o programa do PSD é curto e tem como ponto relevante reduzir o "dirigismo asfixiante" do Estado. Só por si, isso já é óptimo.
Na declaração inicial, Manuela Ferreira Leite afirma: "no Programa Eleitoral do PSD fazem-se escolhas para transformar Portugal. Mais do que ganhar eleições temos que ganhar o País.
Daí que as nossas escolhas incidam sobre o que entendemos indispensável e urgente, desde logo, para travar a trajectória de declínio acelerado em que o governo socialista colocou o País."
As prioridades sociais-democratas são as seguintes: economia, solidariedade, justiça, educação, e segurança.

Hoje, no Expresso, o ex-super-ministro socialista Pina Moura afirma que o programa do PSD "é clarificador", "mais duro e mais focado". É bonito... o "cardeal" socialista não acredita nas soluções socialistas.
O clima de fim de festa socialista é gigante...

Há pouco, na universidade de verão do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa dizia que o programa é "inteligente" e pensado também para eventuais eleições daqui a dois anos. Com a forte probabilidade de não haver maioria absoluta em 27 de Setembro, o comentador já antecipa cenários de novas eleições. Dois anos: porque o Parlamento não pode ser dissolvido nos primeiros 6 meses após a sua eleição, tal como não pode sê-lo nos últimos 6 meses de mandato do Presidente da República. A janela de oportunidade é muito pequena.

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