quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

As perturbadoras fugas de Assange

As revelações que a Wikileaks tem feito por interpostos meios de comunicação social têm estado no centro da atenção mundial nas últimas semanas.
De absolutas irrelevâncias até coisas que mais parecem conversa de café, o site especializou-se em revelações "bombásticas". Entretanto, fragiliza a diplomacia de vários países, levanta ondas de supostos defensores do bem supremo, e põe em perigo milhares de vidas em todo o mundo.
Facto interessante: o site não pode ser acusado de nada, uma vez que as divulgações são feitas por vários jornais do mundo.
Os arautos da liberdade de imprensa seguramente que não gostariam de ver divulgadas por todo o mundo conversas privadas, documentos privados, um sem número de informações reservadas. No entanto, neste caso fazem manifestações pela liberdade de imprensa.

Em termos de relações internacionais, estas revelações baralham tudo. As relações diplomáticas, que se devem basear na confidencialidade e na confiança, ficam profundamente abaladas. 
Obviamente que entre países não há amigos, há interesses, mas as relações diplomáticas têm as suas regras e cortesias.

Julian Assange, o rosto por detrás do Wikileaks, já foi escolhido como personalidade do ano 2010 pela Times. Não será certamente pelos melhores motivos.
E estar preso por alegada violação não é um atentado contra a liberdade de imprensa nem perseguição pelos danos que ele tem causado a nível internacional.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom dia,

Sem entrar na questão das revelações da wikileaks gostaria de alertar que Assange não está acusado de violação. Isso é uma acusação grave de se fazer, e muito longe da verdade.

De acordo com o que se pode ler em muitos locais (incluindo o Público) a acusação que pende sobre Assange é que depois de uma noite de sexo com duas Suecas, na manhã seguinte voltaram a fazer sexo os três e que na altura Assange não usou preservativo.

As duas mulheres, depois de terem feito sexo voluntariamente com ele novamente, e obviamente vendo que não estava a usar preservativo, questionaram depois sobre a segurança de Assange o ter feito sem protecção e exigiram que ele fosse fazer um teste ao HIV, como se elas próprias não pudessem ser as portadoras do vírus...

Perante uma eventual resistência ou recusa fizeram queixa à policia por motivos de "violência sexual".

Esta é a história do que se passou. Pode parecer-nos estranho, mas na lei Sueca isto está contemplado. Por isso, em momento nenhum houve violação, nem sequer abuso sexual. Foram as mulheres que "mudaram" as regras do jogo depois de ele ter sido "jogado".

Curiosamente, umas das mulheres, veio a saber-se foi agente da CIA em Cuba, integrada no corpo diplomático Sueco. Coincidência ou conveniência?...

Cptos.
José