domingo, 24 de junho de 2012

Às portas de Lisboa

Manhã de domingo. 
Terreiro do Paço. Ou Praça do Comércio. O mesmo local, dois nomes.


Ali vou parar, depois de ter vindo do Rossio, descendo a quadrícula pombalina.


Sento-me na esplanada do Aura, na ala poente da Praça, onde antes havia uma estação de correios. Do meu lado esquerdo, o imponente arco da Rua Augusta. À minha direita, mais longínquo, o Tejo. 




O sol inclina-se para este lado, mas os chapéus são protecção suficiente. 
Algumas mesas ocupadas, aqui e na esplanada ao lado. Sobretudo turistas a aproveitar o espaço. 
O burburinho da praça, as pessoas a passar, os eléctricos sobre os carris, os autocarros. Palavras imperceptíveis, gargalhadas ao longe, ruído de chávenas. 
Está-se bem aqui. Na praça aberta ao Tejo, porta de Lisboa, sinto-me numa capital europeia. Europa. A elite do mundo. Apesar de tudo. 
Hoje a praça está limpa, aberta, livre. 



A semana passada estava ainda com os restos de um evento comercial. Um espaço desagradável. 
Nesse dia fui ainda a um dos novos recintos na ala nascente. Não gostei. Muito tempo para ser atendido. Muito tempo para chegar o meu café. Um café mau. Um preço exorbitante. Nunca mais lá irei. 
Hoje, pelo contrário, neste lado da praça, apetece estar. Ao ambiente junta-se o som da música. Agradável o piano que se ouve lá atrás, vindo das arcadas. 



A Praça do Comércio está renovada, num estilo clean. Os candeeiros históricos do século XIX, perfeitamente enquadrados pelos edifícios, foram substituídos por outros modernos, em forma de tubos. Não decidi ainda se gosto ou não. Mas a renovação da praça, o encerramento das faixas laterais ao trânsito, a abertura de esplanadas nas arcadas, são positivas. 
Lisboa ganha com esta novidade, trazendo as pessoas para aqui. 
A vida, as pessoas, Lisboa chegaram à Praça do Comércio. E não apenas para os turistas.



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