Só pode ser analfabetismo funcional.
Toda a gente com espírito responsável percebe a diferença entre "2º resgate" e "programa cautelar". O primeiro afunda-nos de vez; o segundo é o começo da saída desta situação.
O secretário-geral do PS exigiu hoje que o primeiro-ministro venha a público «urgentemente» esclarecer se Portugal vai ou não ter um segundo programa de assistência financeira.
«O primeiro-ministro tem que vir prestar contas aos portugueses, tem que vir esclarecer, de uma vez por todas, se está ou não a preparar um novo programa de ajuda externa a Portugal», referiu, reagindo a declarações do ministro da Economia, Pires de Lima, em Londres.
«Ainda temos algum trabalho pela frente, algum progresso que tem de ser alcançado. Mas o nosso objetivo é começar a negociar um programa cautelar nos primeiros meses de 2014», afirmou António Pires de Lima, em entrevista à agência Reuters em Londres.
Para António José Seguro, Portugal «não pode continuar nesta incerteza, com o primeiro-ministro a dizer uma coisa, os senhores ministros a dizerem outra» e, por isso, considerou que o primeiro-ministro «tem de vir esclarecer rapidamente e urgentemente o que é que o governo está a fazer» e as razões, caso se confirme, pelas quais o está a agir desta forma.
«Queremos saber, no caso de estar a ser preparado, o que é que está por detrás, que condições estão a ser negociadas porque esta negociação não se pode fazer nas costas dos portugueses», insistiu.
Segundo o líder socialista «o que é necessário, neste momento e de uma forma muito clara, é que o primeiro-ministro venha esclarecer os portugueses, venha prestar contas ao país e venha, de uma vez por todas, dizer: é necessário ou não é necessário um segundo programa de ajuda externa».
Recordou que no último debate quinzenal na Assembleia da República, realizado a 4 de outubro, «o primeiro-ministro disse que não era necessário e, agora, temos um ministro a dizer que está a ser preparado?», questionou.
«Nós não podemos viver nesta instabilidade, nesta irresponsabilidade e nesta incompetência porque estamos a tratar da vida dos portugueses o primeiro-ministro precisa urgentemente vir esclarecer os portugueses», considerou.
«Ainda não foi discutido o Orçamento de 2014, entretanto já está um retificativo para o Orçamento de 2013, é uma autentica trapalhada sobretudo uma enorme irresponsabilidade e incompetência por parte deste Governo», concluiu.
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