sábado, 18 de fevereiro de 2006

"BASTA!"


"A 11 de Setembro de 2001, dois aviões comerciais esmagaram-se contra as Twin Towers em Nova Iorque, matando mais de 800 pessoas. Em 11 de Março de 2004, várias bombas explodem na estação de Atocha, em Madrid. 191 pessoas perecem. Em 7 de Julho de 2005, outras bombas matam 56 pessoas no metro de Londres. Três atentados, todos com a assinatura da Al Qaeda, praticados em nome de Alá.
Não obstante, ninguém se lembrou de exigir desculpas ao mundo islâmico, que celebrou os atentados, nem de o culpar pelas atrocidades.
Em contrapartida, por estes dias, multidões em fúria no Irão, Síria, Indonésia, Paquistão, vandalizam e destroem empresas da UE e o fundamentalismo islâmico exige à Europa desculpas públicas por doze "cartoons" publicados num jornal privado. E a Europa desculpa-se, ajoelha-se, penitencia-se, enquanto o Irão avança com o projecto nuclear e o seu embaixador em Lisboa duvida dos seis milhões de mortos do holocausto.
Há muitos seguidores de Chamberlain na Europa. Mas não é com pedidos de desculpa que se trava os que nos querem destruir. Entre quase mil mortos e 12 carticaturas de Maomé não há nada para escolher.
Chegou a altura de dizer "basta!" - ou de passarmos a viver de joelhos."
- Nicolau Santos, Expresso (18 Fevereiro 2006)
Para além destes 3 atentados "principais", houve muitos outros com a mesma assinatura:
- Bali (Indonésia, 2002): 2 atentados, 202 mortos.
- Mombassa (Quénia, 2002): 1 atentado, 18 mortos.
- Casablanca (Marrocos, 2002): 45 mortos.
- Riade (Arábia Saudita, 2002): 17 mortos
- Istambul (Turquia, 2002): 4 atentados, 63 mortos
- Jacarta (Indonésia, 2003): 1 atentado, 12 mortos
- Bagdad (Iraque, 2003): 1 atentado, 17 mortos (incluindo o representante da ONU, Sérgio Vieira de Melo).
- Khobar (Arábia Saudita, 2004): tomada de reféns, 22 mortos.
- Hilla (Iraque, 2005), 118 mortos.
- e muitos outros de "menor" importância...
A única coisa que a Europa deve fazer é parar com a re-publicação dos cartoons, pois agora não passam de provocação gratuita e de combustível, no qual os islâmicos estão a arder e com o qual querem incendiar-nos.
Pedir desculpas - NÃO!
Vivemos em democracia, com liberdade de expressão. E de pensamento!
Não podemos fazer o jogo dos fundamentalistas!

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