quinta-feira, 29 de junho de 2006

ISRAEL...

Desde que no fim-de-semana foi raptado um militar israelita....
No PÚBLICO:
O Exército israelita deteve entre ontem e hoje 64 elementos do Hamas, entre os quais dez ministros e 20 deputados, depois de ter sido encontrado o cadáver do civil israelita Eliyahu Asheri, 18 anos, capturado no domingo passado. Um responsável do Hamas já classificou a operação israelita como um sequestro, mas não avançou se o seu Governo está disposto a trocar a libertação dos responsáveis pelo soldado israelita também capturado no domingo.
De acordo com o diário israelita "Haaretz", o jovem colono israelita foi executado pelos Comités de Resistência Popular, um grupo ligado ao Hamas.
Os 64 elementos do Hamas detidos ontem pelo Exército israelita, entre os quais dez ministros e 20 deputados, são os mais recentes protagonistas da crise desencadeada pela captura do soldado israelita, que ontem levou a um raide militar sobre Gaza e a uma nova escalada da violência entre israelitas e palestinianos."
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, anunciou hoje que está disposto a "adoptar medidas extremas" para libertar o soldado sequestrado por militantes palestinianos. Esta tarde, a aviação israelita voltou a atacar posições no norte e no sul da Faixa de Gaza, onde as forças hebraicas entraram na noite passada.
"Estamos decididos usar medidas extremas para chegar até Gilad [Shalit, o militar sequestrado], mas não temos intenção de reocupar a Faixa de Gaza", afirmou o chefe do Governo, em declarações à rádio pública israelita.
Olmert voltou a recusar qualquer negociação com os sequestradores para a libertação de Gilad – numa altura em que o próprio Governo palestiniano defende a troca de prisioneiros – e garante que as operações "vão prosseguir nos próximos dias".
"Não queremos atingir a população palestiniana e até ao momento não houve qualquer vítima", sublinhou o primeiro-ministro, que voltou a acusar o Governo do Hamas de ser "o responsável pela actual situação e por todas as suas consequências".
O braço armado do Hamas foi uma das três milícias que reivindicou o ataque contra um posto militar junto à fronteira com a Faixa de Gaza, na madrugada de domingo, durante o qual Gilat foi sequestrado e dois dos seus companheiros foram mortos.
Por seu lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, Tzipi Livni, lembrou que a incursão militar em Gaza só foi lançada "porque todos os esforços diplomáticos desencadeados para conseguir a libertação do soldado fracassaram"."
Para quem tinha dúvidas de que Olmert não estaria à altura de substituir o bulldozer Ariel Sharon, cá está à resposta!
Há uns espíritos sensíveis que consideram Israel um Estado terrorista... Claro que não há Estados politicamente assépticos e puros. Isso não existe: no tabuleiro da política internacional as regras são a feitas com base na real politic.
E um Estado democrático tem de defender-se. Por isso, Israel tem de tentar travar a onda de violência de que tem sido vítima por parte dos seus vizinhos palestinianos. E se não vai a bem, vai a mal.

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