Pacheco Pereira, no seu modo Abrupto, talvez pessimista para alguns iluminados, escreveu hoje no PÚBLICO:
"Ficamos mal amados, mal lembrados, pouco estimados no mundo e Welsh lembra-nos com crueldade que ainda estamos pior, que estamos num caminho descendente. Lembrá-lo é negativismo dos intelectuais, traço típico desde os "Vencidos da Vida" das nossas elites ou outro defeito qualquer que faça parte do problema e não da solução? Talvez. Também. Mas não só. E não deixo de pensar que mais vale uma boa dose de realidade, cruel que seja, do que a ilusão das bandeirinhas, que ao fim do primeiro jogo, ao fim de uma qualquer derrota no relvado, se transforma em azedume, zanga e justificação de impotência para nada se fazer."
Este é uma infeliz realidade. Que Jack Welch nos veio lembrar a semana passada. Por isso vale a pena ler todo o texto de Pacheco Pereira. Que, embora pareça desiludido com este País, é apenas um chamar de atenção para realidades que, de tão entranhadas na nossa maneira de ser, ja nem damos por elas. Mas que não deixam de ser realidades dramáticas. E que nos estão a conduzir, enquanto País, enquanto sociedade, enquanto cidadãos, para o abismo. Um pouco ao jeito do "de vitória em vitória até à derrota final". E assim não há D. Sebastião que nos valha. Seja com que nome for.
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