sábado, 29 de julho de 2006

Casa de Fado

Ontem fui a uma casa de fado, ali para os lados de Alfama ou Mouraria (desculpem, mas nunca soube qual a diferença, ou onde é a fronteira... Ignorante!), de seu nome Mesa dos Frades, na Rua dos Remédios.
Um espaço pequeno. Com as paredes feitas de azulejos. Percebi que aquelas paredes eram uma relíquia, embora não as tivesse observado convenientemente – havia coisas bem mais bonitas para ver! E a iluminação também era reduzida de vez em quando, para ficar em ambiente fadista.
Na esquina do balcão uma peça tão simples quanto criativa: um castiçal feito com garrafas de vinho já muito usadas, e nas quais caía como cascata a cera de imensas velas já ali consumidas. Era um conjunto de três garrafas juntas, que fazia um belo efeito. Sobretudo quando desciam a luz para se cantar o fado. Silêncio!
Os fadistas fadaram várias vezes, à porta do recinto, acompanhando assim também os que estavam na esplanada fronteira.
Ontem foi a noite, entre outros, dos irmãos do Camané: Pedro Moutinho e Hélder. O estilo é rigorosamente igual ao Camané, mas eu não percebo nada de fado. Só faltou cantar o “Maria Albertina”….

Fomos ter com uns amigos que lá iam jantar. Como já tínhamos jantado, fomos só fazer companhia e ouvir os fados. Pedimos umas entradas (pastéis de bacalhau, pão – que não havia, tal como chouriço ou caldo verde... -, umas águas, duas garrafas de vinho). No fim tivemos um susto: só isto custou quase 55€! Ficámos a pensar que quem jantou mesmo ia pagar uns 100€ cada….

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