quarta-feira, 21 de março de 2007

Botânica, envelhecer, primavera... e outros

Excelentes e interessantíssimas duas reportagens que a SIC apresentou no Jornal da Noite. Uma sobre “saber envelhecer”, outra no Jardim Botânico, a propósito do início da primavera, tendo como guia Bagão Félix.
Na primeira, abordaram as questões que se põe aos “velhotes”, para se manterem ocupados, para terem interesses, terem relações sociais, terem momentos de lazer…. e não ficarem em casa à espera do fim.
Um técnico qualquer lembrou que ir para o jardim jogar às cartas não é solução. Pois as pessoas ficam entretidas, mas não têm nem desenvolvem verdadeiras relações afectivas e sociais. As conversas andam sempre à volta do jogo e nada mais.
E mostraram também os casos das universidades da terceira idade. Em que, ao mesmo tempo que estão ocupados, os reformados aguçam a curiosidade, aprendem coisas diferentes. Exercitam a cabeça.

E aqui faço a passagem para a conversa com Bagão Félix, no Jardim Botânico. Este diz q ler e aprender tanta coisa sobre as plantas, os seus nomes, características, e outros, são uma forma de exercitar o cérebro. Coisa muito importante na sua idade.
É magnífica a forma como Bagão Félix disserta sobre botânica, com à-vontade, ligando natureza e realidade social e política.


Dando mais um salto… esta juventude de espírito põe-me a pensar no passar dos anos. Isto deve ter a ver com a crise dos pré-trintas… Sim, está quase… e o tempo não pára.
Há alguns dias a Nocas escreveu sobre essa barreira psicológica. E deixou-me aliviado. Será mais um dia como outro qualquer. E uma amiga minha disse, há algumas semanas, que nós homens não devemos ligar a essa idade: a nossa fronteira são os 40. Portanto, ainda tenho 10 anitos de jovialidade pela frente. Os 30 só contam para as mulheres.
Mas como não sou propriamente o génio das relações sociais, tenho um bocado de receio da solidão. E esse é uma característica que, dizem, se acentua com a velhice.
Se nesse tempo ainda houver blogues, faço mais alguns. E aproveito para desenvolver uns heterónimos ou pseudónimos, ao melhor estilo de Fernando Pessoa.

1 comentário:

Cris disse...

Concordo com a amiga:)
Quanto ao resto... poemas já escreves! Inventas uns heterónimos giros e... toca a bombar!
E quando te cansares do exercício mental, há sempre uma mini-maratona para desentorpecer as pernas:)
Bjocas