"Tony Blair anunciou oficialmente a sua saída (que será a 27 de Junho) num discurso de grande qualidade, onde mostrou mais uma vez os seus enormes dotes de orador. Penso que Blair foi um dos melhores primeiros-ministros britânicos do pós-guerra e, certamente, um líder que ficará na história (onde muitos só conseguem acesso às tradicionais notas de rodapé). É ainda cedo para fazer um balanço, mas o Reino Unido é hoje um país mais próspero e influente, sem ter perdido o seu lugar na Europa. Blair também mostrou novos caminhos à esquerda e não é de todo líquido que Gordon Brown, o seu sucessor, não possa vencer as próximas legislativas. Há ainda outro ponto: após dez anos no poder, e apesar das controvérsias (sobretudo o erro do Iraque), o primeiro-ministro britânico deixa o seu país numa situação política sólida, sem divisões insustentáveis ou excessos ideológicos." (Corta-Fitas).
Concordo com tudo, excepto com o alegado "erro do Iraque". Tenho dúvidas se foi um erro, mas a História o dirá.
Foi, sem qualquer dúvida, um grande Primeiro-Ministro. Quer a nível interno, quer a nível europeu e internacional.
E com coragem - e humildade - para dizer algo tão simples como isto: "Agradeço ao povo britânico as vezes em que as coisas correram bem. Peço desculpa pelas vezes em que não estive à altura de resolver os problemas". (PÚBLICO)
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