Manuela Ferreira Leite, numa intervenção sobre justiça, disse...
"Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se", observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: "E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia". (PÚBLICO).
Entretanto, o circo à volta desta declaração está montado.
Basta ver na televisão a intervenção de MFL para se perceber o que ela quis dizer. Certamente que não foi uma forma muito cuidada de o dizer. E a diferença desta frase, lida num jornal ou ouvida na televisão, é enorme. No papel, o sentido não fica claro.
Não terá sido ironia, como o PSD veio agora dizer. Mas também não tem a gravidade que o PS-Governo lhe quer dar. MFL quis evidenciar a dificuldade que existe em promover reformas. Tão simples quanto isso.
MFL é dura ao dizer as coisas, basta ver a forma como ataca Sócrates. Mas não tem jeito para a política, não sabe seduzir. E isso é fundamental em política.
Sobre isto, subscrevo o João Villalobos do Corta-fitas ipsis verbis (e só li o que escreveu depois de ter publicado). Não façam de nós parvos.
Assim de repente, lembro-me de uma frase que escrevi no meu relatório de estágio sobre modernização administrativa, nos idos de Outubro de 2000: um dos constrangimentos da modernização administrativa é que não é possível fechar todos os serviços públicos, como se se tratasse de uma loja, modernizar tudo, e reabrir passado algum tempo.
O sentido da afirmação de MFL é rigorosamente o mesmo. Mas há quem goste de carnaval.
"Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se", observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: "E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia". (PÚBLICO).
Entretanto, o circo à volta desta declaração está montado.
Basta ver na televisão a intervenção de MFL para se perceber o que ela quis dizer. Certamente que não foi uma forma muito cuidada de o dizer. E a diferença desta frase, lida num jornal ou ouvida na televisão, é enorme. No papel, o sentido não fica claro.
Não terá sido ironia, como o PSD veio agora dizer. Mas também não tem a gravidade que o PS-Governo lhe quer dar. MFL quis evidenciar a dificuldade que existe em promover reformas. Tão simples quanto isso.
MFL é dura ao dizer as coisas, basta ver a forma como ataca Sócrates. Mas não tem jeito para a política, não sabe seduzir. E isso é fundamental em política.
Sobre isto, subscrevo o João Villalobos do Corta-fitas ipsis verbis (e só li o que escreveu depois de ter publicado). Não façam de nós parvos.
Assim de repente, lembro-me de uma frase que escrevi no meu relatório de estágio sobre modernização administrativa, nos idos de Outubro de 2000: um dos constrangimentos da modernização administrativa é que não é possível fechar todos os serviços públicos, como se se tratasse de uma loja, modernizar tudo, e reabrir passado algum tempo.
O sentido da afirmação de MFL é rigorosamente o mesmo. Mas há quem goste de carnaval.
3 comentários:
"é rigorosamente o mesmo" é uma frase muito pouco rigorosa. em que altura do ano for.
A "culpa" não é só da incapacidade de Manuela Ferreira Leite para a política. Também é da imprensa que temos... que não esclarece nem procura esclarecimentos quando são necessários. Pelo contrário, especula e investe em notícias sensacionalistas... exagerando e/ou subvertendo o que foi dito ou o que aconteceu.
E por fim... a culpa também é nossa... que nos deixamos arrastar neste carnaval, sem parar para pensar um pouco e perceber que há notícias que devem ser ignoradas... e outras devem aprofundadas em várias fontes de informação, para percebermos o contexto e o verdadeiro alcance/significado da notícia em questão.
Mas num país onde se lêem jornais como o 24 Horas ou o Correio da Manhã estão à espera de quê? Dá-se ao povo o carnaval que ele gosta.
vocês só vão dar o valor a esta mulher quando ela para o ano for 1ª ministra aí sim toda a gente vai dizer que é uma passoa séria e honesta, agora os jornalistas qua vão aos alomoços do ps claro que tudo aproveitam para descredibilizar a Senhora mas para o ano 2009, o ultimo a rir é o que ri melhor, é só fazer as contas... milhares de professores que não vão votar PS, milhares de militares que não vão votar PS milhares de reformados que naõ vão votar PS. há duas hipoteses ou ganha o Bloco de esquerda ou o PSD
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