segunda-feira, 23 de março de 2009

Gravado na pele

Shelley Jackson, uma escritora norte-americana de 46 anos, escreveu um conto em que cada palavra é inscrita para sempre na pele de um voluntário. O conto, apropriadamente chamado Skin (pele), começou a ser tatuado na própria autora em 8 de Setembro de 2003.
Os candidatos a uma palavra do conto "assinam um contrato em que desresponsabilizam a autora de qualquer problema médico, profissional ou social que possa ser provocado pela tatuagem e só então recebem, em carta registada, a palavra a tatuar."
"Os participantes podem escolher o local a tatuar e só o podem fazer a negro e com um tipo de letra usado em livros." A autora chama os tatuados de suas "palavras".
"A seguir, as "palavras" recebem um certificado de autenticidade e uma cópia do conto. Os cerca de 510 participantes já tatuados estão proibidos de revelar a história. Muitos entraram em contacto entre si e até criaram comunidades online" 1780 candidatos já foram aceites. E, para completar o conto, faltam apenas 315 pessoas que aceitem tatuar uma palavra no seu corpo.
"Para Shelley Jackson, Skin é a primeira obra literária mortal. "É uma história viva, que muda com a passagem dos anos. Eventualmente quando a última palavra morrer, a história também morrerá." Pela idade da maioria das duas "palavras", "o mais provável é que Jackson seja a primeira escritora a ser velada pelas palavras que escreve"

Será uma simples americanice, mas tem qualquer coisa de mágica.

Ver artigo na revista SÁBADO a seguir:

Sábado, nº 254, de 12 a 18 de Março 2009

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