Ando a reler "Os Maias", de Eça de Queirós.
Às tantas, João da Ega diz isto a Carlos da Maia:
" - (...) Aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes pelo paquete. A civilização custa-nos caríssima, com os direitos da Alfândega: e é em segunda mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas... Nós julgamo-nos civilizados como os negros de São Tomé se supõem cavalheiros, se supõem mesmo brancos, por usarem cm a tanga uma casaca velha do patrão... Isto é uma choldra torpe."
Para os mais distraídos, Os Maias foram publicados pela primeira vez em 1888...
Esta frase vem tão a propósito da entrevista de Medina Carreira, ali em baixo...
Nota de rodapé: se alguém dissesse uma coisa destas hoje o que lhe acontecia...? É automaticamente chamado de xenófobo e mais uma série de nomes bonitos...
Às tantas, João da Ega diz isto a Carlos da Maia:
" - (...) Aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes pelo paquete. A civilização custa-nos caríssima, com os direitos da Alfândega: e é em segunda mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas... Nós julgamo-nos civilizados como os negros de São Tomé se supõem cavalheiros, se supõem mesmo brancos, por usarem cm a tanga uma casaca velha do patrão... Isto é uma choldra torpe."
Para os mais distraídos, Os Maias foram publicados pela primeira vez em 1888...
Esta frase vem tão a propósito da entrevista de Medina Carreira, ali em baixo...
Nota de rodapé: se alguém dissesse uma coisa destas hoje o que lhe acontecia...? É automaticamente chamado de xenófobo e mais uma série de nomes bonitos...
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